De volta aos comentários sobre o livro “Louco para ser Normal”, me peguei “viajando” ao ler uma parte do livro.
“Ou nada do que é humano nos é alheio – somos o que qualquer um de nós é capaz de imaginar -; ou nada do que é humano pode nos ser alheio – somos apenas aquilo que faz sentido para nós”. (página 39)
A passagem acima é extremamente interessante. Afinal de contas: O que realmente nos define? Aquilo que devemos rejeitar em nós, o que não deve ser aceito como “normal” ou somos tudo aquilo que descobrimos existir dentro de nós? É nosso dever exorcizar determinadas “características” encontradas em nós ou tão somente não devemos fazer nada e apenas aumentar o leque das descrições acerca do ser humano?
Muitas coisas são associadas à “loucura”. O livro cita fobias, depressão, vícios, paranóias, obsessões, superstições dentre outras. Todavia essas são “loucuras” tão comuns a tantos, que será que existe aquele que é “normal”? Dentre as citações feitas acima, pelo menos a uma delas me associo: fobia. Mais especificamente fobia de contato social. Tenho verdadeiro pavor de determinadas situações, principalmente aquelas que envolvem locais com muitas pessoas. Quer sejam shoppings, restaurantes, jantares, ou sei lá mais o que. A questão é tão séria para mim, que costumo almoçar todos os dias mais cedo, para evitar o refeitório em seu horário de pico. Outro dia mesmo estava em um shopping da capital, e procurando um lugar para lanchar na praça de alimentação. A sensação se torna quase que de desespero ao ver tanta gente, tantas filas, tanto tumulto ao meu redor. Chega até ser engraçado. E para piorar, ninguém consegue falar baixo...
Fazendo uma viagem ao TDAH, faço um paralelo com essa questão da “loucura”. No princípio achava que o transtorno deveria ser algo “combatido” dentro de mim. Deveria ter um remédio para me “curar”. Alguns anos depois, percebo ser necessário: aceitar, entender, conviver e crescer como um portador de TDAH. Procurar quais são os meios de contornar os “sintomas” de maneira a me tornar mais “normal” aos olhos de todos e tirar proveito daquilo que puder. Para se ter idéia, estava tomando café há poucos instantes atrás e alguém me disse: “para quieto Leo” (ou algo semelhante – acho que foi isso mesmo). Agora venhamos e convenhamos: já viu um TDAH quieto???? Depois eu que sou “louco” (risos).
Um abraço a todos.
“Ou nada do que é humano nos é alheio – somos o que qualquer um de nós é capaz de imaginar -; ou nada do que é humano pode nos ser alheio – somos apenas aquilo que faz sentido para nós”. (página 39)
A passagem acima é extremamente interessante. Afinal de contas: O que realmente nos define? Aquilo que devemos rejeitar em nós, o que não deve ser aceito como “normal” ou somos tudo aquilo que descobrimos existir dentro de nós? É nosso dever exorcizar determinadas “características” encontradas em nós ou tão somente não devemos fazer nada e apenas aumentar o leque das descrições acerca do ser humano?
Muitas coisas são associadas à “loucura”. O livro cita fobias, depressão, vícios, paranóias, obsessões, superstições dentre outras. Todavia essas são “loucuras” tão comuns a tantos, que será que existe aquele que é “normal”? Dentre as citações feitas acima, pelo menos a uma delas me associo: fobia. Mais especificamente fobia de contato social. Tenho verdadeiro pavor de determinadas situações, principalmente aquelas que envolvem locais com muitas pessoas. Quer sejam shoppings, restaurantes, jantares, ou sei lá mais o que. A questão é tão séria para mim, que costumo almoçar todos os dias mais cedo, para evitar o refeitório em seu horário de pico. Outro dia mesmo estava em um shopping da capital, e procurando um lugar para lanchar na praça de alimentação. A sensação se torna quase que de desespero ao ver tanta gente, tantas filas, tanto tumulto ao meu redor. Chega até ser engraçado. E para piorar, ninguém consegue falar baixo...
Fazendo uma viagem ao TDAH, faço um paralelo com essa questão da “loucura”. No princípio achava que o transtorno deveria ser algo “combatido” dentro de mim. Deveria ter um remédio para me “curar”. Alguns anos depois, percebo ser necessário: aceitar, entender, conviver e crescer como um portador de TDAH. Procurar quais são os meios de contornar os “sintomas” de maneira a me tornar mais “normal” aos olhos de todos e tirar proveito daquilo que puder. Para se ter idéia, estava tomando café há poucos instantes atrás e alguém me disse: “para quieto Leo” (ou algo semelhante – acho que foi isso mesmo). Agora venhamos e convenhamos: já viu um TDAH quieto???? Depois eu que sou “louco” (risos).
Um abraço a todos.
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