domingo, 31 de janeiro de 2010

Simple the Best.

Muitas das pessoas próximas a mim sabem da minha paixão pelo tênis. E também sabem do fato de ser eu um fã de carteirinha de Roger Federer. Na minha opinião, o melhor jogador de tênis de toda a história, mesmo estando ciente que é sempre difícil compararmos tenistas de épocas diferentes.

Mas isso não vem ao caso. Mesmo tendo dormido depois das 3 da manhã, não me furtei a levantar às 6 e 30 para acompanhar a final do Austrália Open (primeiro Grand Slam do ano). A final envolvia Roger Federer e o britânico Andy Murray. O jogo foi mais tranquilo do que eu esperava. Todavia o que interessa é o 16º título em torneios dessa grandeza obtidos pelo suíço. Agora, são 2 a mais do que Pete Sampras (outro ícone do esporte).

Abaixo coloco uma foto do mestre do tênis, após receber seu troféu. Ele realmente é simplesmente o melhor (simple the best). Claro que seu maior rival, Rafael Nadal, está contundido novamente. Porém isso não é da conta do suíço. Ele vem fazendo sua parte e mantendo o físico mais em dia do que muito garoto 6, 7 anos mais novo que ele. Por isso mesmo acho ele excepcional. Vamos ver se temos mais surpresas nesse ano, ou melhor, mais do mesmo...






sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sem palavras.

Ontem a noite se estendeu até próximo de 1 da manhã. Para quem acorda por volta das 4, isso não é muito animador. O interessante é que, apesar de ter várias coisas em minha mente, diversos temas que gostaria de falar a respeito, acabei ficando sem palavras.

Tem dias, os chamados "dias daqueles", que nos tornam mais propícios a não querer nada, a não falar nada. São dias que nos fazem ser menos.

Fico aqui com uma frase do Sr. Augusto Cury, em seu livro "O Futuro da Humanidade".

"A maior aventura de um ser humano é viajar,
E a maior viagem que alguém pode empreender
É para dentro de si mesmo.
E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro,
Pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros,
Mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas
E descobrir o que as palavras não disseram.
No fundo, o leitor é o autor da sua história..."


Essa frase é demasiadamente forte para mim. Pra ser sincero, me leva às lágrimas. Bom, chorar não é novidade para mim. Sou emotivo demais.

Falo isso mais por ficar pensando que realmente "é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas e descobrir o que as palavras não disseram. No fundo, o leitor (para mim qualquer um), é o autor da sua história..."

Me perdoe o Sr. Cury, por fazer esse pequeno adendo à sua frase. Penso que qualquer um é capaz de escrever a sua própria história. E escrevê-la de uma forma bem feita, tal como aqueles cadernos de certas meninas que tinham em minha sala, quando garoto: margem certinha, bordas coloridas, cada matéria separada por uma cor diferente, bem encapado, asseado, em alguns casos com adesivos, lembretes... tudo bem perfeitinho, pelo menos à maneira da dona do mesmo.

E você, qual é a sua história, ou melhor, qual o livro você está lendo nesse instante e em qual parte do enredo da sua vida você está?

Sei lá, estou triste demais para continuar escrevendo.

Um abraço a todos.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Esse é um tema que já falei acerca dele. Pelo menos eu acho. Todavia resolvi por questões pessoais, voltar nele.

Fé, segundo o livro de Hebreus, é a certeza das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem. Fé, dentre outras coisas é a manifestação de que acreditamos em Deus, e que Ele é quem nos recompensa nessa vida e na vida vindoura. É através da fé que obtemos testemunho de que somos justos (como Abel), que agradamos a Deus (como Enoque), nos tornamos herdeiros da justiça (como Noé). Pela fé podemos oferecer a Deus o nosso melhor, sem riscos (como Abraão), e podemos, muitas vezes, fazer o que fisicamente nos é impossível (como Sara). Pela Fé, podemos nos livrar do pecado e ver aquilo que nos é invisível.

Em minha opinião, ter fé não é acreditar que Deus possa ou não fazer algo, mas sim confiar que Deus já tem feito muito em nossas vidas. A Fé real crê na resposta já existente em Deus, nesse instante, no momento presente, mesmo que não possamos vê-la, nem senti-la.

Vejo a Fé muitas vezes manifesta através da oração de muitas pessoas. Pessoas que dobram seus joelhos diante de Deus, e que sempre estão dispostas a agradecer a Ele pelas bênçãos já alcançadas e também “mantê-lo” ciente dos desejos do nosso coração. Ore a Deus.

Manifeste sua fé acreditando nas coisas que Ele já tem feito eu sua vida e naquelas tantas outras que ainda serão feitas. Ore por aqueles que lhe são próximos, mas não deixe de pedir misericórdia e amor, para com os que lhe são distantes e às vezes não tão queridos.

Lembre-se acima de tudo que a fé, mesmo que do tamanho de um grão de mostarda pode mover montanhas (Mateus capítulo 17). Com fé, nada nos é impossível.

Um abraço a todos.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Terapia.

Outro dia fiz um "desafio" para alguém me falar um tema acerca do qual deveria fazer uma postagem no Blog. Deu certo. Ontem fiz novamente esse "desafio" e a palavra que saiu foi terapia. Brincando, brincando, falei para a pessoa que essa aí estava fácil. Bastava eu falar de alguém que estava prestes a comprar um apartamento e deveria verificar bem o banheiro, pois lá não podia deixar de "ter a pia". Essa foi horrível... podem me xingar.

Bom, vamos ao assunto principal. Terapia nada mais é do que tratamento. Daí podemos tirar a acupuntura, a terapia ocupacional, homeopatia, etc... Mas acho que a pessoa que tocou no assunto estava falando acerca da terapia como tratamento psicológico, emocional.

Em se tratanto dessa questão, como sou leigo no assunto, vou falar um pouco acerca do que já li a respeito. Tem um livro bom do Dr. Irvin D. Yalom, chamado "Os desafios da terapia", que tem muita coisa interessante acerca da interação entre pacientes e terapeutas. O que posso tirar de proveitoso nesse momento é na verdade parte do que me lembro dessa literatura.

Sempre enxerguei a terapia (já fiz por um bom tempo) como sendo um compartilhamento. Tanto o terapeuta, quanto o paciente estão ali, naquela situação, para dar e receber. Deve existir entre os dois, certa cumplicidade e mais do que tudo, honestidade, para que a terapia em si, traga seus resultados. Naquele consultório existem duas pessoas mantendo um relacionamento do qual, nenhum deles sairá da mesma maneira. Acredito ser esse um dos motivos que os próprios terapeutas fazerem terapia.

A terapia envolve empenho de ambas as partes. É necessário apoio ao paciente, e uma das principais questões, que semper me levaram a ir e vir de terapeutas, empatia. Cabe ao terapeuta procurar enxergar as coisas do ponto de vista do paciente, e criar vínculos com ele a partir desse ponto. Creio que haverá cumplicidade a partir desse momento.

Outro ponto fundamental, e vou parar por aqui, pois essa não é minha área, é a necessidade de cada um ser tratado de maneira única. Não creio existir um tratamento geral para todas as pessoas, nem tampouco para aquelas com características semelhantes. Eu mesmo, como portador de TDAH, percebi isso claramente. Graças a Deus tive excelente convivência com minha psicóloga Ana Paula. Ela conseguiu extrair de mim muita coisa boa, e soube me mostrar como viver e conviver com meu transtorno. Tenho uma gratidão enorme por ela, e sei que um dia ainda retornarei ao seu consultório para dar continuidade a uma conversa amigável que não terminamos (na verdade não termina nunca).

Bom é isso. Espero ter falado um pouco acerca desse tema.

Um abraço a todos.


Oração a Deus.

Deus e a Oração

Deus confirma nossas orações? Essa é uma pergunta constante que ouço em meio às pessoas, principalmente cristãos.

O que muitas vezes digo, é que a resposta sempre aparece, mas nem sempre estamos com os olhos e ouvidos abertos para receber a resposta de Deus.

Nem sempre temos respostas positivas acerca de nossas petições. Isso torna a coisa ainda mais complicada. Não são poucos aqueles que esperam sempre uma posição do seu agrado. Isso torna Deus apenas um gênio da lâmpada, pronto para atender todos os desejos (ou apenas 3 deles).

De volta à oração, acredito que, tal como encontramos no livro de Lucas, capítulo 18, devemos orar sempre a Deus, sem jamais esmorecer. Em Efésios, capítulo 6, também encontramos uma passagem na qual Paulo nos exorta a orar em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito. Ele nos diz para vigiar nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos.

Nossa oração a Deus deve ser constante. E não obstante, Deus nos atenderá: Sl 91:15 – “Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrarei-o e o glorificarei”. Em Lc 11:9 temos: “Por isso vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.”

Agora, como disse, nem sempre temos nossa oração respondida, e em muitos dos casos, por estar ela em desacordo com a vontade de Deus.

Estejamos atentos ao que Deus fala aos nossos corações. Costumo dizer eu não adianta ficar esperando um outdoor na rua com seu nome nele e a resposta aguardada. Assim seria fácil demais. Ele se manifestará de diversas formas possíveis. Muitas vezes através de pequenas coisas, ações, mas que trarão grandes mudanças em sua vida.

Um versículo que gosto muito, está lá em Tiago, capítulo 5: “Portanto, confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.”. Em outras versões diz: Muito pode pela sua eficácia a oração de um justo. E quem nos justifica, é Deus.

Seja humilde ao falar com Deus. Se possível, dobre os seus joelhos e prostre o seu rosto perante Aquele que pode todas as coisas e que tem toda sorte de bênçãos para derramar sobre sua vida.

Não espere respostas prontas de Deus. Ele não lhe dará um Hotpocket Sadia, que basta um minuto no microondas e já estará pronto. Deus sabe de todas as coisas. Ele conhece nossos corações. Seja sincero diante dEle. Não procure ter segundas intenções ao orar, pois ele sabe até mesmo das “terceiras” intenções que você tenha. Abra seu coração a Deus e espere nEle.

“Confia os teus cuidados ao Senhor, e Ele jamais te deixará. Confia os teus caminhos ao Senhor, e Ele por ti tudo fará.”. Salmo 37

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Siga as Instruções.

Fazendo uma alusão a coisas dessa vida, vou deixar aqui uma paródia, eu acho...


Coca-Cola, use e jogue fora.

1 – Entre em uma lanchonete e peça uma Coca-Cola (lata) bem gelada.
2 – Pague no caixa pelo seu refrigerante.
3 – Sente-se e acomode-se.
4 – Abra bem devagar a latinha (o barulho é ótimo) – tssssssssssssssssssss.
5 – Na minha opinião, beba direto da latinha, para não desperdiçar o gás do refrigerante.
6 – Delicie-se com cada gota gelada.
7 – Ao terminar, procure um lixo mais próximo, de preferência com indicações de “reciclável” e jogue fora a latinha.
8 – Retire-se da lanchonete, sentindo-se saciado. Você acaba de “matar” sua sede, e jogou o “resto fora”.


Muitas coisas nessa vida são semelhantes, não acha?

Sinto Muito.

Outro dia escrevi que cabe a Deus compadecer-se de quem quiser se compadecer e ter misericórdia de quem lhe aprouver ter misericórdia. Esse fato é verdade e imutável. Agora é a nos, cabe o quê exatamente?

De ontem para hoje fiquei pensando nisso. E acabei chegando à conclusão, que, mesmo não sendo inerente a nós essas funções, acabamos por desempenhando esses papéis, mais do que gostaríamos (eu acho).

O tempo todo estamos diante de situações que envolvem outras pessoas. E, muitas das vezes cabe a nós exercermos a compaixão e ou a misericórdia. Agora o que guia nossa vontade e nosso pensamento? É exatamente isso que não sei. Temos o hábito de envolver diversas pessoas em nossas vidas, num turbilhão de emoções e situações e, de repente, temos que decidir algo que vai envolvê-las, quer queiram, ou não.

Vou citar um exemplo: você se envolve emocionalmente com alguém. Inicialmente as coisas caminham normalmente, da forma que deveria ser (ou não). Mais à frente, você se depara com outra pessoa, e, por descuido ou o que quer que seja sua justificativa, acaba se envolvendo com essa pessoa também. Certamente algo de errado está acontecendo, e é necessário fazer alguma coisa a respeito.

Pois bem. A quem você vai exercer a sua compaixão e a sua misericórdia? Para qual pessoa irá se inclinar a sua decisão?

Para não ficar apenas nesse exemplo, vou buscar outro: você é o encarregado de um setor da empresa na qual trabalha. Ela está passando por dificuldades e lhe foi solicitado reduzir o seu quadro funcional. Acontece que todas as pessoas que trabalham com você têm as mesmas qualificações profissionais, e no caso de algumas, existe uma estima da sua parte por elas. Ademais não restam tantas distinções entre os eleitos à demissão. O que guia seu coração nessa hora? A quem irá a sua compaixão?

No segundo caso ainda sobram quesitos mais técnicos que podem ser usados na avaliação. Mas e no primeiro caso? Existem critérios técnicos? “Tempo de serviço” ou coisa parecida? Acho que não. Aqui, a decisão vai “na pura emoção”. E aos vencedores os louros. Aos perdedores, um “sinto muito”!

Mas o que lhe pergunto é: Sente mesmo?

Um abraço a todos.

Ps.: Estou com uma postagem sobre caráter salva no Blog, mas sem publicação. Ainda estou pensando se vale a pena falar de algo tão delicado. Na verdade já falei, mas não sei se publico...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Caráter.

Caráter – uma questão de bom senso.

carácter (át ou áct)caráter (át) ou carácter (áct)
(latim character, -eris, sinal, marca)

s. m.

1. O que faz com que os entes ou !objetos se distingam entre os outros da sua espécie.

2. Marca, cunho, impressão.

3. Propriedade.

4. Qualidade distintiva.

5. Índole, gênio.

6. Firmeza.

7. Dignidade.


Bom, é claro que estou falando de caráter no sentido de índole, gênio, dignidade. Esse é um assunto delicado, mas vou me embrenhar por ele.

Uma das questões que percebi que envolvem o caráter de uma pessoa, diz respeito ao intento que a mesma tem ao entrar em sua vida. A pessoa de caráter duvidoso (e vou dizer isso para não chamar ninguém de mau caráter), entra em sua vida, se envolve nela, conquista sua amizade, seu carinho, muitas vezes o seu amor, e quando menos esperamos ela vai e pisa na bola conosco. Sua postura e seu comportamento estão repletos de segundas intenções.

Ao mau caráter falta muitas vezes virtudes mais presentes em outras pessoas. Não existe aquele que é perfeito, mas temos aqueles nos quais os defeitos são menos acentuados.

Não me julgo coisa alguma, pois sei que sou apenas pó e ao pó retornarei. Sei da minha natureza humana e que essa é fraca e efêmera. Mas, pelo menos junto àqueles que prezo, que dou valor, procuro demonstrar apenas as coisas que me são boas. Procuro demonstrar a elas o melhor do meu caráter. Pena que nem todos que encontramos pelo caminho também são dessa maneira.

Acredito que já no meio desta postagem, muitos estão apontando o dedo para diversas pessoas que conhecem e que gostariam de colocar o caráter em dúvida. Todavia o sentido principal é olharmos para nós mesmos e julgar em que instância estamos sendo de bom ou mau caráter com aqueles a quem temos estima. Não traia a confiança de ninguém, mas entenda que ao faltar com a verdade com alguém, você já estará fazendo isso.

Cada um tem seu modo de pensar e justificativas. Mas além de tudo, tem as verdadeiras respostas em seu coração.


E são essas que valem.



domingo, 24 de janeiro de 2010

Longa Caminhada.

Nesse final de semana estivemos na cidade de Rio Casca para comemorar o noivado de nossa amiga Patrícia. Quem me conhece sabe que minha ida para lá foi algo inusitado. Não tenho o costume de fazer "programas" como esse. Mas valeu a pena.

Um momento emocionante da festa de noivado foi a troca de vídeo entre os noivos. E quero falar um pouco sobre isso. Na verdade mais especificamente sobre a música usada como tema dos vídeos, que por sinal era a mesma (bela coincidência).

Longa Caminhada. - Marina de Oliveira

Foi longa caminhada mas eu te encontrei
Tão perto dos meus olhos nunca imaginei
Depois de tantos vales de infelicidade
Eu duvidei
Depois de tanto tempo e tantas lutas
Deus me deu você
E hoje eu sei

Você estava guardado desde quando eu nasci
Era um propósito eterno para mim
Até agora guardado
E valeu tudo que esperei
Quando em seus braços meu amor
Eu me encontrei

Nunca imaginei sentir tão grande amor
Mas nos planos de Deus estavamos nós dois
Foi tão de repente
Que sua timidez me conquistou
Eu me apaixonei e já não tinha dúvidas
Que era você
E hoje eu sei

Foi longa caminhada eu sei
Mas eu te encontrei.


A letra da música é muito bonita. Me emociona quando a escuto. Porém fico aqui pensando o que nos leva a acreditar que existe alguém que estava guardado para nós desde quando nós nascemos. Que esse era um propósito de Deus para a nossa vidas. Que estava nos planos dEle que essas duas pessoas se encontrassem. Que não há mais dúvidas. A paixão é arrebatadora. Por mais longa que tenha sido a caminhada, naquele momento encontramos nossa "cara metade".

Meus pensamentos não param. E os casamentos que não se perpetuam? Para onde foi o sentimento que existia entre as pessoas quando estas se conheceram? Não estou falando de aliança e nem de compromisso, pois sei que esses dois itens mantêm muitas pessoas juntas. Estou falando sobre amor, sobre carinho, amizade. Sobre o sentimento que existe ou existia quando falamos para o outro que "foi longa a caminhada, mas eu te encontrei." Acho que vou acabar voltando ao que tenho pensado ultimamente: se os relacionamentos, principalmente os casamentos, não forem um exercício diário de amor entre o casal, de respeito, de responsabilidade, de auxílio, a probabilidade de algo dar errado é muito grande. E não estou certo se existe volta quando chegamos a um ponto em que o desânimo tomou conta de nós. Muitas vezes ainda temos um grande sentimento pela outra pessoa. Temos um carinho enorme, amizade e, às vezes até amor, mas já não temos isso pelo relacionamento. Já não nos sentimos mais fazendo parte do mesmo "todo".

Quando vi aqueles dois jovens trocando as alianças fiquei pensando nisso. Como é bom ver o brilho nos olhos dos que estão se comprometendo naquele instante. É algo maravilhoso. Enche o coração de todos os presentes. Acabamos acreditando mesmo que existe tudo isso que falei. E, pra falar a verdade, eu acredito. O que ainda estou procurando é entender o que faz com que isso se perca no meio do caminho. O que torna as coisas tão difíceis de serem "levadas". Por que nos esquecemos desse propósito de Deus? Qual o motivo de deixarmos de lado algo que acreditamos um dia? Todavia minhas dúvidas e meus questionamentos não tornam as coisas mais fáceis. Eles não fazem o tempo parar...

Ainda vou "ruminar" isso por um bom tempo. Sinto isso dentro de mim. Por hora fica aqui o conselho de quem tem "pensado" muito a respeito: não saiam da "estrada de tijolos dourados". Não se deixem levar pela rotina do dia a dia, pela correira da vida cotidiana. Não se percam pelo caminho, pois nem sempre teremos a condição de fazermos como a pequena Dorothy e encontramos o caminho de volta para o Kansas.

Um abraço a todos.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Há tempo para tudo.

No livro de Eclesiastes, capítulo 3, encontramos a seguinte passagem:

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar as pedras, e tempo de ajuntar as pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado; e tempo de falar; tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de estar calado, e tempo de paz... Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até o fim... Eu disse em meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.”


É difícil perscrutarmos o coração de Deus. Por hora prefiro apenas pensar que há tempo para tudo debaixo dos céus, e que todas as coisas têm o seu propósito perante Deus.

Há tempo para abraçar e tempo para deixar de abraçar. Há tempo de nascer e de morrer. Tempo de rir e de chorar, tempo de buscar e tempo de perder...

Cada dia demonstra em si mesmo o seu tempo. Estou aqui sentado tentando entender em que tempo estamos... Não é esse texto tão deprimente assim (deprimido devo estar eu, mas ainda são). Estou tentando apenas me certificar se está na hora de deixar todas as coisas para trás, deixar de abraçar, deixar morrer certos sentimentos, chorar e entender que tem horas que precisamos perder tudo aquilo que julgávamos precioso em nossas vidas e criar novos valores.

Cabe a Deus compadecer-se de quem quiser se compadecer e ter misericórdia de quem lhe aprouver ter misericórdia.

Um abraço a todos.

Os textos de hoje foram meio pesados. Me desculpem os leitores.

Lá vai o trem!

Tem uma música do Milton Nascimento, “Encontro e Despedidas” que gosto muito. Principalmente por em momentos da minha vida me identificar com trechos da melodia.

“Todos os dias é um vai-e-vem. A vida se repete na estação. Tem gente que chega pra ficar. Tem gente que vai pra nunca mais...”. A vida é repleta de momentos únicos. Em alguns deles pessoas maravilhosas chegam em nossas vidas. Outros são aqueles repletos de surpresas. Todavia há horas em que precisamos partir, ou melhor, deixar algumas pessoas irem.

Tenho um histórico familiar bem complexo. Poucas pessoas conhecem a fundo todos os episódios que marcaram minha história como um todo. Mesmo assim, diante de fatos recentes, creio que está na hora de algumas delas partirem, ou quem sabe de eu partir.

“Tem gente que vai e quer voltar. Tem gente que vai, quer ficar. Tem gente que veio só olhar. Tem gente a sorrir e a chorar. E assim chegar e partir...”. A vida é assim. Não tem como ser tão diferente. Muitas vezes partimos sem querer e outras vezes nos intrometemos apenas para olhar. E assim vão ficando pelo caminho pessoas a sorrir e a chorar. Nesse caso, acho que a chorar.

Mas não deixam de ser “dois lados da mesma viagem”. O mesmo trem que chega é o trem da partida. São horas que existem encontros e despedidas. E a plataforma dessa estação não deixa de ser a nossa vida.

Sei que reviravoltas existem. E é por isso mesmo que a estação sempre vai estar posta a aguardar o retorno de algum trem que partiu. São decisões difíceis de tomar, mas, às vezes, necessárias.

Todos somos responsáveis por nossos atos. Até mesmo eu, diante de posições radicais que precisam ser tomadas, pelo bem de uns ou de todos. Muitas vezes são atitudes que visam nos poupar de continuar a sofrer e a chorar. Outras vezes, apenas para aplacar o orgulho ferido. Todavia o trem tem que cumprir o seu horário. E, se não me engano, estou ouvindo o seu apito, anunciando a partida.

Um abraço a todos.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Como assim?

Em 02 de novembro escrevi uma postagem falando acerca da perda de contato com um grande amigo. À época pensei muita coisa antes de colocar as palavras no papel. Passei meses remoendo motivos, razões, dentre outras coisas. Aceitei que havia acontecido algo entre nós e que, como era ele (no meu entendimento) que tinha se afastado, só poderia ter sido por algo que fiz.

Bom, no dia de ontem, tiva a grata surpresa de vê-lo entrando em contato comigo. Quase não acreditei quando vi a mensagem. Pensei que era outra pessoa, um outro argentino me azucrinando (risos). Mas era ele mesmo.

Passei alguns minutos de conversa na procura de entender o que havia acontecido desde o início do ano passado. Já havia passado quase um ano do nosso último contato. A verdade? Nada aconteceu. Uma troca de telefone, uma perda de agenda com contatos, outras coincidências e lá estava ele sem alguma maneira de falar comigo (telefone, e-mail...).

O engraçado é que, tal como disse, passei meses ligando, mandando mensagens de celular, dentre outras coisas, mas para um número que não existia mais. O pensamento de ir ao encontro dele, deixei de lado por receio do pior. Preferia ficar sempre com a melhor imagem em minha mente do que correr o risco de ter algum atrito ou coisa parecida.

Mas o fato concreto é que nada tinha acontecido. Mais precisamente, nossas prioridades de vida fizeram com que o tempo passasse sem que tivéssemos visto. Fiquei perplexo. Ainda estou meio perdido. Se acontece fatos assim com amigos, imagine quando a pessoa não é tão próxima! O acontecido ligou um sinal de alerta dentro de mim. A cabeça está a "mil por hora" tentando aceitar que fiquei quase um ano sem falar com um amigo pelo simples fato de pensar demais e estar "ocupado" demais. Ele mesmo me falou: por que não ligou lá em casa? E eu não tinha resposta, além do receio que já citei anteriormente.

Fiquei um ano afastado de um amigo pelo fato de estar com medo de perder a boa imagem que tenho dele dentro de mim... Isso mexeu muito comigo. Mas sou assim mesmo. Fico ruminando as coisas. Não consigo aceitá-las facilmente. Fico pensando aonde errei. O erro foi displicência, ou outras diversas palavras que passam em minha mente, mas que prefiro não citá-las.

Resta dizer que fiquei muito feliz ontem. Dessa feita, creio manter meus dois amigos cristãos, e meu outro amigo da "velha guarda", amigo de adolescência. Estou no lucro. Para quem estava pensando em 1, agora estou com 3.

Maravilha!

Um abraço a todos.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Prova de Fogo.

Prometi dias atrás que iria falar sobre o filme "Prova de Fogo" - na verdade o filme foi baseado em um livro de mesmo nome. Para ser bem sincero, não pensava que tantas pessoas haviam assistido ao filme. Pensei que eu era um, em meio à multidão. Na verdade sou mais um em meio a tantos que se comoveram com a história contada.

Essa obra tem se tornado uma referência para casais, principalmente para aqueles cristãos. A história de Caleb e seus 40 dias de dedicação à sua esposa tem muito mais a nos mostrar do que enxergamos à primeira vista. Pelo menos essa é a minha impressão.

O desafio proposto ao casal, mais exatamente ao marido, é passar 4o dias surpreendendo seu par (parceiro - esposa), na busca de salvar o relacionamento. A princípio, temos a impressão que, ao nos dedicarmos durante esses 40 dias, a outra parte, nossa cara metade, vai se surpreender e voltar suas atenções de volta ao relacionamento. O amor do outro é novamente reconquistado. O amor reascende com tanta dedicação.

Pois bem. Além dessa impressão inicial, coloco duas coisas. A primeira, e essa é bem perceptível ao final do filme, é que o desafio não envolve 40 dias no "Desafio de Amar". Na verdade o desafio é para a vida toda, representadada pelos dias em excesso que Caleb se dedica à esposa. A idéia gira em torno do famoso "para sempre", encontrado na declaração célebre que fazemos durante a cerimônia de casamento. Ao ser questionado pela esposa ao final do filme acerca de já terem passado os 40 dias, o marido responde que não havia motivos para ele parar de fazer aquilo que aprendeu naqueles dias.

A segunda questão, e essa acho que passa mais despercebida, é o foco da mudança. Muitos acreditam que o "Desafio de Amar" traz mudança na outra pessoa, que consequentemente passa a valorizar o casamento, e desiste de ir embora. Isso até é verdade. Mas mais verdadeiro ainda é o intuito de trazer mudança na pessoa que faz o desafio. A mensagem é que quem se dispõe a passar os 40 dias de desafio, muda a sua vida, a sua forma de enxergar o amor! A pessoa deve sair transformada após esse período. Fazer diversas coisas, sendo dedicado ao ente querido, deve ser uma coisa natural, e não advinda de um livro, de regras. Ninguém necessita de normas ou orientações para fazer algo de diferente para seu par, tornar a convivência mais agradável. Essa é a idéia que trabalho com ela. Esse é o meu foco.

As pessoas não têm que ter um "caderninho" com as regras do casamento. Amar deve ser natural e por conseguinte tudo aquilo que você faz pelo outro. Não importa se é servir um café da manhã na cama, ou mandar flores, ou ligar na hora do almoço para saber se está tudo bem. Quem ama deve fazer algo espontaneamente. De coração. Sem expectativas em relação à retribuição.

No livro de Mateus, capítulo 6, temos uma passagem que diz: "...não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita". Costumo dizer que esse texto nos diz que não devemos querer satisfação de nada que fazemos. A palavra de Deus nos manda orar ao nosso Pai em segredo. Nos orienta a "dar nossa esmola" em segredo. Sem alarde, sem cobrança. Se assim o for, "... teu Pai, que vê em secreto, te recompensará". Esse é o segredo. Quem nos recompensa não é o outro, não nosso parceiro, e sim Deus.

"...Pois vosso Pai sabe do que necessitas, antes de lho pedirdes". Mt 6:8

Tudo o que fizeres, faça por amor, com autruísmo.

Um abraço a todos.


Intensidade.

A vida tem me mostrado que preciso ser menos intenso. Juntamente com isso, necessito ser menos "acelerado". Essas duas características, muitas vezes, assutam as pessoas ao meu redor. Principalmente aquelas mais próximas.

É difícil para mim ser "menos". Mas às vezes, ou quase sempre, preciso ser. Acho que principalmente em relação aos meus sentimentos. Não é necessário demonstrar o tempo todo o que sinto, e como sinto. Posso deixar, a cargo das pessoas, descobrirem parte desses sentimentos. Deve ser até bom, dar espaço para que os outros me conheçam a seu modo.

Tenho que refletir a esse respeito. Mais uma vez, rever a maneira como tenho feito as coisas. O grande problema é que quando percebo, já fiz um monte de coisas, já falei outras tantas palavras, das quais estarei arrependido em pouco tempo. Não exatamente arrependido do que falei ou fiz, mas sim em relação à maneira que fiz, e o modo como falei.

Mesmo tendo a capacidade de ser 100%, tem horas que é bom ser 50%. Deixar um pouco de espaço para as outras pessoas respirarem, se locomoverem. Tem vezes que até quando estou tentando consertar algo, me pego sendo "intenso" demais.

Como diria minha prima Cibele: "relaxa Leo". Ok. Vou relaxar, ou pelo menos vou tentar.

Lembrei agora do meu amigo Daniel. No último sábado eu havia ligado para ele falando que atrasaria um pouco para chegar em um compromisso nosso. O horário marcado era 14 horas. Pois bem, eram 13:45hs. e eu estava ligando para ele avisando que já estava no local combinado. A resposta, claro, foi: "e isso é porque você falou que ia atrasar!!! - risos. Ainda bem que ele é um dos que me entende.

Vamos ver se consigo ser menos, para ter mais.

Um abraço a todos.


Enquanto dormimos, Deus é quem nos guarda.

Quando a noite chega, muitas coisas se tornam diferentes. O movimento nas ruas, o trânsito, o barulho do lado de fora, até mesmo a temperatura do ar. A noite é totalmente diferente do dia. É, normalmente, quando dormimos. Mas nem todos.

Temos vários profissionais que trabalham no turno da noite. Como exemplo, posso citar policiais, médicos, enfermeiros, bombeiros, controladores de vôo, dentre outros. Quem é, ou já foi mãe, sabe que o turno da noite sempre traz as suas tarefas. Principalmente se o filho é recém nascido.

Mas nós, que trabalhamos de dia, não pensamos muito acerca dessas pessoas quando estamos prontos para dormir. Eu mesmo não tenho esses pensamentos. Todavia existe alguém, que trabalha no turno da noite, e que merece e sempre mereceu nossa atenção.

Existe um livro que se chama: “Deus trabalha no turno da noite”. É uma excelente obra literária, que vale a pena ser lida.

Deus sempre está ocupado. Até mesmo quando estamos dormindo. No livro de Salmos, capítulo 121, versículo 3, diz: “Não dormitará aquele que te guarda”. Essa é uma verdade maravilhosa. Deus está trabalhando nossas vidas enquanto dormimos. Enquanto estamos com o sono pesado, Ele está pensando em nós, nos moldando, planejando nossas vidas, cuidando de nós.

Perguntado se tenho orado a Deus à noite, minha resposta foi positiva. Por mais estranha que seja a vida, mais complexa sejam as decisões a serem tomadas, Deus sabe de todas as coisas. Sabe Ele os meus pensamentos.

Se por acaso você não sabe bem o que Deus está fazendo enquanto dormimos, deve ser por não enxergarmos bem à noite. Por isso, talvez, tantas vezes nos vemos confusos, tristes, frustrados. O trabalho dEle em nossas vidas é diário, constante. A construção é feita dia após dia. Por isso muitos não vêem bem o que está se passando, e acredita que Deus atua tão somente na vida dos outros.

Já viu um prédio em construção? Por um acaso você passa todos os dias diante de uma obra perto de casa, ou quem sabe do trabalho? E existe alguma outra que você passa esporadicamente? Dá pra perceber a diferença de visão? Na primeira, parece que nem vemos o edifício subindo. Todavia, na segunda, sempre nos impressionamos com o estágio da obra. Em nossas vidas é assim também. Pode ser que não estamos enxergando o que Deus tem feito em nós. Mas entenda: você é um projeto dEle. Uma obra ainda inacabada.

Deus conhece todas as coisas. Ele sabe as circunstâncias que vivemos, tem pleno conhecimento acerca do nosso sofrimento, das nossas angústias, das nossas alegrias. É Ele quem sara todas as nossas feridas. Principalmente as de nossa alma.

Ao se deitar, converse com Deus. Ore a Ele. Deixe-O a par do que está em seu coração. Saiba que, acima de todas as coisas, Ele está velando por nós. Ele está trabalhando no turno da noite! Ainda que você não veja, esteja perdido, sem direção, com medo, Deus está conosco.

Um abraço a todos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Aliança e/ou Compromisso.

Mais uma vez foi uma conversa descontraída que me levou a mais uma postagem. Dessa vez o assunto era relacionamento. Mais especificamente o “modismo” que vejo hoje em dia das famosas “Alianças de Compromisso”. O assunto é interessante. Por isso pensei em falar um pouco acerca da minha visão sobre Aliança e Compromisso.

aliança

s. f.

1. Laço que prende duas ou mais entidades que se prometem mútua amizade e auxílio.

2. Laço existente entre duas famílias, mediante casamento.

3. Anel liso, de ouro.

Em Gênesis capítulo 9, Deus faz com o homem, a sua aliança. Após o dilúvio, Deus estabelece com Noé um laço, no qual se compromete a não mais destruir tudo o que tem vida pelas águas do dilúvio.

Esse é o significado que gosto para “aliança”. Esse laço, acordo, entre as pessoas, no qual elas se comprometem mutuamente umas com as outras, quer seja em amizade, amor e/ou auxílio.

compromisso

s. m.

1. Obrigação contraída entre diferentes pessoas de sujeitarem a um árbitro a decisão de um pleito.

2. Promessa mútua.

3. Concordata de falido com os seus credores.

4. Acordo político.

5. Estatutos de confraria.

6. Escritura vincular.

7. Convenção.

8. Contrato.

9. Comprometimento.

10. Ajuste.

Aqui a coisa fica mais clara. No caso que estou tratando, podemos dizer que o melhor significado seria o de “Promessa mútua” e de “Comprometimento”.

Claro que para aliança temos o significado de Anel liso, de ouro. Como as atuais alianças de compromisso não são desse padrão, prefiro ficar com o significado que dei a ela: Laço que prende.

Estando os significados detalhados, podemos agora divagar sobre o tema. Até tempos atrás, existiam apenas as alianças de noivado e as de casamento. Em muitos casos elas eram inclusive as mesmas. O que ocorria era apenas a troca de mãos (saía da direita para a esquerda). Tempos depois, começamos a nos deparar com casais de namorados, que, após alguns meses (melhor que fosse ano) de namoro, trocavam alianças (normalmente de prata), como forma de demonstrar que o namoro era sério, “pra valer”. A intenção era demonstrar que apesar de não estarem prontos para o casamento, essa era a intenção do casal. Ali se estabelece uma aliança e um compromisso, principalmente de seriedade no namoro e fidelidade a ele.

Nos dias de hoje, e esse era o mote da minha conversa, as famosas “alianças de compromisso” viraram motivo de piada e de brincadeira. No fundo no fundo, é apenas uma intenção da outra parte de “proteger seu patrimônio”. As alianças pretendem apenas demonstrar para a sociedade que aquela pessoa tem “dono”. O propósito não mais diz respeito à fidelidade e à seriedade do namoro. E era isso que eu estava criticando.

Precisamos usar uma “coleira” para dizer que é o nosso dono? Não sabe até mesmo um cachorro, quem é seu senhor? Nossos animais de estimação usam coleira exatamente com o objetivo de mostrar para a “carrocinha” que existe um proprietário para eles. Nada mais. E qual o motivo então de não usarmos uma coleira então? A Luma de Oliveira que o diga, quando resolveu desfilar em um evento com uma coleira em seu pescoço com o nome do marido (Eike Batista). Aquilo fugiu do padrão aceitável e criou muita polêmica.

Os casais que sem comprometeram com alianças que me perdoem as palavras, se elas não fizerem nenhum sentido para eles. Todavia não é essa a impressão que tenho. Não encontro nas pessoas o comprometimento que deveria existir. A cumplicidade que outrora era esperada. A seriedade então, nem se fala. Muitos não conseguem nem chegar a um ano de namoro. Ao casamento então, nem se fala.

Não me coloco aqui como juiz nem censor de ninguém. Se seu coração lhe diz que está na hora de se comprometer, de firmar um compromisso (que não deveria ser quebrado) com alguém, parabéns. Esse é o caminho. Todavia, se você o faz por modismo ou por qualquer cobrança que exista, não faça isso. Um símbolo grandioso está sendo jogado no lixo com sua atitude. Qualquer objeto perde o valor ao ser vulgarizado. Até mesmo o ouro a prata e o diamante, se assim o fizessem com eles.

Pensem nisso. E se comprometam e criem alianças, de coração.

Um abraço a todos.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Funcionou...

Tal como imaginava, funcionou! O quarto capítulo do meu livro saiu do "papel". Mais um passo à frente, penso eu. Espero que dessa vez seja de verdade. Pelo menos uns 2 capítulos, melhor que fossem 3, gostaria que saissem do papel. Vamos ver se agora vai.

Um abraço a todos.

Ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro.

Nem sei bem se a ordem das coisas é exatamente essa, mas vale a intenção. O dito é popular, ou quem sabe é até mesmo algum provérbio chinês, ou coisa parecida. Isso pouco vem ao caso. A questão é: uma vida é completa, ou somos realizados quando fazemos essas três coisas? Até cheguei a ler em um Blog que frequento, que é mais difícil fazer o contrário: evitar um filho, cortar uma árvore, e ler um livro, ao invés de escrevê-lo. Não entendi bem o posicionamento do companheiro, afinal de contas, não estamos procurando coisas fáceis ou difíceis, e sim aquelas que nos completam. Acho que ler um livro até faria parte delas, mas as demais, certamente não.

Após esse entendimento, passei a pensar sobre terminar o livro que comecei a escrever há tempos atrás. Na verdade já faz um bom tempo. Talvez esteja na hora de terminá-lo (de verdade). Minha filha está prestes a completar 3 anos de idade. Minhas árvores já me deram os seus frutos mais de uma vez (amora, pitanga e jabuticada). Acredito que falte mesmo o meu livro. Para ser sincero, preciso mesmo é acabar de compilar as diversas histórias que foram contadas aqui no Blog durante os últimos anos. Todo o conteúdo do livro está nessas páginas. Me falta "coragem" de terminá-lo. Quem sabe seja medo de perceber que a vida não vai estar nada completa ao final dessa empreitada.

Ouso a dizer que tenho muitas coisas ainda por fazer. Algumas delas precisam sair do papel, outras dos meus sonhos. Aquelas que requerem coragem são as mais difíceis. Ousar errar, para poder acertar. Ousar, para tentar ser diferente e fazer a diferença. Pensar um pouco menos e fazer um pouco mais. Temperar mais, equilibrar mais, ser um pouco mais "eu (tdah)" e menos "eu (normal)".

Vivo nesse conflito. Acho que não deveria. Estou chegando em um momento que a aceitação de quem sou precisa ser mais intensa, mais incisiva, mais corajosa. Penso que "tocar" em frente o projeto do meu livro, que por sinal levará o mesmo título do meu Blog (memórias de um cárcere privado), vai ser o primeiro passo.

Vou encerrrar essa postagem para procurar o último capítulo que escrevi. Depois, que meus pensamentos me levem pro lugar que devo estar.

Um abraço a todos.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Amor de Pai.

Essa postagem vai para meu amigo Jonas. Vou retificar algo que volta e meio comento no blog e com as pessoas. O fato de ter um amigo. Na verdade o Jonas sempre foi meu amigo e meio irmão. Nos conhecemos desde os 12 anos de idade, e passamos muita coisa juntos. Não posso cometer essa gafe de deixá-lo de fora do meu vasto rol de amigos (2).

Bom, a postagem é direcionada a ele pelo fato dele ser um pai, e estar passando um momento de aperto em seu coração. Explico melhor. Meu "brother" e eu passamos vários anos juntos aprontando de tudo nessa vida. Nossa adolescência foi repleta de epsódios que encheriam as páginas de vários livros. O destino nos afastou por vários anos e bem mais tarde nos encontramos novamente. Quando do reencontro, ele já estava casado e com um filho (João - a coisa mais linda). Os anos se passaram e meu camarada se mudou para os Estados Unidos. De lá pra cá os contatos foram esporádicos até que nesse ano de 2009 voltamos a nos ver. Agora, Jonas estava de volta ao Brasil, porém sem seu garoto. Histórias de vida à parte, resta comentar que o filho do meu amigo mora agora com a mãe, nos Estados Unidos, e Jonas está de volta ao Brasil, de volta ao mundo de outrora. O triste dessa história e vê-lo longe do seu filho. Nesse fim de ano, João veio passar as festas por aqui. Já era, se não me engano, quase um anos sem se verem.

Ontem ele esteve em minha casa. É nítido o carinho entre os dois. Coisa de encher os olhos de lágrimas. Difícil de acreditar que um pai fique longe de seu filho. Claro que a vida é assim mesmo, tem seus encontros e desencontros, mas poderíamos deixar isso para a vida dos adultos. Mas com uma criança... dói o coração. Deveríamos ter o direito de "jogar vídeo-game até altas horas da noite".

A separação, divórcio, nos dias de hoje, se tornou algo muito comum. Encontramos todos os dias casais separados. A guarda dos filhos, recentemente, tomou novos rumos com a "guarda compartilhada". Mas no caso do meu amigo, como compartilhar a guarda com alguém que está tão distante? Sei lá. Me partiu o coração. Fui dormir com uma tristeza imensa em meu coração.

Ver aquele garoto falar com seu pai que não queria ir embora, que queria "perder o avião", foi demais para mim. Não me imagino longe da minha filha. Isso me dá um nó na garganta. Sofri junto com meu "irmão".

Fomos (ou somos) muito parecidos. Pensamos juntos. E no caso de ontem sofremos juntos. Compartilho aqui a dor do meu amigo em relação ao seu filho. Gostaria que as coisas fossem diferentes. Peço a Deus que um dia sejam diferentes. Não que sejamos santos. O mérito da questão não é esse. Claro que vejo a questão sobre o prisma do meu amigo. Se fosse o contrário, certamente a mãe também estaria sofrendo.

No fundo, externo aqui meu sentimento como pai. Como alguém que ama sua filha de maneira incondicional. E sei que meu "brother" também é assim com o pequeno João.

Que Deus console seu coração, meu caro amigo.

Um abraço a todos.

Desculpa X Perdão.

O dia a dia trás por si só alguns temas que gosto de divagar a respeito. Por hora, vou ficar com a diferença entre a desculpa e o perdão.

desculpa

s. f.

1. Perdão de culpa ou ofensa.

2. Alegação atenuante ou justificativa de culpa, ofensa, descuido.

3. Escusa, pretexto.

perdão
(origem controversa)

s. m.

1. Remissão de culpa, dívida ou pena. = desculpa

2. Absolvição, indulto.

3. Benevolência, indulgência.

interj.

4. Fórmula que exprime um pedido de desculpas.

Na essência, tanto a palavra desculpa, quanto a palavra perdão, acabaram se tornando comuns em seu uso no cotidiano. Tão banais que poucas vezes paramos para pensar se existe diferença entre elas.

Pelo dicionário, a palavra desculpa traz inclusive o perdão como sinônimo, mas hei de discordar dessa posição. Em minha opinião, e não quero dizer que ela seja a correta, a desculpa está mais relacionada a um ato cometido, uma falha, na qual não existia a intenção por assim dizer. Algo como você, por distração, acabar derrubando algum objeto na casa de um amigo. Não existia em você a intenção de jogar aquele objeto no chão. O fato seria evitado apenas se você tivesse tido mais cuidado, atenção. Penso que a desculpa está relacionada diretamente à falta de culpa, de vontade de praticar o ato em si.

No tocante ao perdão, acredito ser ele mais relacionado a um ato proposital, com intenção, ao qual você necessita que a pessoa lhe conceda a sua graça, o seu indulto. O perdão se relaciona, e acho que já falei isso aqui antes, a deixarmos a pessoa livre, para fazer novamente a mesma coisa conosco. Ou seja, cometer o mesmo erro. Perdoar envolve entender que a pessoa errou, teve o seu propósito, mas que se arrependeu do que fez.

No perdão encontramos uma das maravilhas de Deus. A remissão de nossos pecados é uma dádiva divina, uma graça alcançada por todos nós, através de Cristo. Pelo sangue de Jesus, todos nós fomos redimidos perante Deus. Temos que agradecer muito por isso.

Então meus amigos, colegas, companheiros e visitantes do Blog, espero que, de alguma maneira, eu tenha conseguido dirimir essa dúvida. Muitas vezes nem pensamos nessa diferença, mas espero que daqui para frente, seja diferente. Ao pedir desculpas ou perdão a alguém, veja em seu coração se existe a culpa. Se ela estiver lá, peça perdão, e não apenas desculpas ao seu próximo. E Deus permita que você seja perdoado, pois esse é o presente Dele. Se há arrependimento de coração, todos deveriam ser perdoados. Mas se não houver culpa, desculpas devem ser aceitas.

Esse é um dos grandes motivos que me levam a perguntar sempre a alguém que me pede perdão, o motivo do pedido. Sempre quero saber: você está pedindo perdão pelo quê exatamente? Em muitas das vezes, aparece um motivo oculto aos nossos olhos.

Um abraço a todos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Castelo de Cartas

Bom, a figura do Castelo de Cartas me diz muito acerca dos relacionamentos. Como venho falando há algum tempo sobre temas relacionados, resolvi continuar na mesma "batida".

Um castelo de cartas é uma estrutura maravilhosa, mas que se não tratada da maneira devida, com o cuidado devido, tende a desmoronar. Um relacionamento tem muito em comum com essa estrutura.

Para se constuir um castelo de cartas é necessário ter firmeza e destreza. Tranquilidade e mãos firmes para não deixar que a colocação de uma carta apenas, faça desmoronar toda a estrutura. Os relacionamentos não são diferentes. Neles é necessário ter responsabilidades com o outro, capacidade de comunicação, autruismo, amor próprio, fidelidade, compromisso, dentre outras características que não citarei aqui. Esses são alguns fundamentos que ditam o ritmo que o "castelo" irá subir. Preferencialmente que não seja um "balança mas não cai" (ou cai).

Tente, pelo menos uma vez na vida, montar um castelo de cartas com seu par. Veja se vocês conseguem fazer um bom trabalho em equipe. Veja se existe uma capacidade de diálogo suficiente para chegarem ao melhor entendimento. Lembrem-se de Habermas. Se assim for, provavelmente vai subir um belo "castelo", com cartas do mesmo naipe próximas umas das outras, torres simétricas, dentre outras características de uma bela obra.

Seja assim com seu par. Voltando a um assunto passado. Surpreenda a pessoa querida com pequenos atos, pequenos gestos de ternura e dedicação. Dessa forma, o tédio não tomará conta de seu relacionamento. Pode acreditar.

Um dia desses falarei do filme "Prova de Fogo". É um bom filme para quem quer saber o que fazer em um relacionamento.

Um abraço a todos.

Roses nothing more than roses.

Acabei de sair de uma conversa que me fez refletir sobre nossos valores. Uma pessoa é presenteada com rosas. Muitos se vêem encantados com o presente. Afinal são 5 dúzias de rosas. Quantos gostaria de ser presenteados dessa maneira? Todavia esse encanto se transforma em “chacota”. A regra diz que se alguém fez isso é porque cometer uma falta grave. E nesse caso, muito grave.

Não existe mais o encanto. Não existe mais o romantismo. A conquista e o prazer de amar se foram. Perderam-se em algum lugar do passado. Aliás, acho que nunca existiram.

Coloco-me a pensar. Como então encontrar a pessoa certa? Se todas elas são erradas? Se todos nós, infalivelmente, vamos nos tornar seres inescrupulosos, frios e vazios no decorrer do relacionamento? Não existe mais razão para o casamento. Aliás, existe o contrato, a aliança apenas. Um compromisso.

Se todos estamos fadados a sermos alguém sem amor depois que nos casamos, melhor continuarmos apenas namorando. Quiçá devemos ficar noivos.

Ser romântico diz respeito a uma maneira de agir, de se comportar, de criar, de interpretar a realidade vivida. O romantismo envolve sonhos, emoções. E ser conformado com a vida, não tem nada de romântico.

Comentei durante a conversa, que devemos procurar quem nos faça feliz, que mantenha a chama do relacionamento acesa. A conclusão a que cheguei é que deveríamos trocar de parceiro de maneira infindável. Mas isso é apenas uma figura de linguagem. Pois se assim o fosse, estou tentado a dizer que o problema está conosco. Se preciso constantemente trocar de amores, devo olhar para dentro e ver o que aconteceu. Algo deve estar errado em mim. Talvez eu não seja mais inspiração. Quem sabe eu mesmo não me dedico o suficiente.

Não sei. A cabeça está confusa. Quero e sempre quis acreditar que existem relacionamentos que são “para sempre”. E não “eternos enquanto durem”. A crítica serve para mim mesmo. Mas sei das minhas razões. Sei dos meus motivos.

Aos 19 anos, namorava uma garota da igreja. À época, fazia cursinho para entrar na faculdade (engenharia metalúrgica). As aulas eram durante o dia inteiro. Eu levava dinheiro de casa para almoçar. Todavia, boa parte do meu dinheiro, ia para economias que fazia para presentear minha namorada. Foram 2 anos de namoro, sendo que durante todo o período, tentei ser o melhor e mais romântico namorado possível. Esse relacionamento não durou. Frustrei-me amargamente.

Esse é um exemplo de alguém que investiu em seu relacionamento. Talvez eu tenha sido diferente em outras épocas, até me casar. Todavia, a essência sempre permaneceu em mim. E acredito que essa chama pode ser acessa quando quisermos. Basta encontrarmos o combustível certo.

O amor não é um sentimento exato. Ele é complexo, demanda de nós empenho e dedicação. Requer cuidados. Precisa ser acompanhado constantemente. Talvez esse seja o erro de muitos. Existem aqueles que acreditam que o amor, uma vez sentido por alguém, acabou. Nada mais precisa ser feito. Nenhum cuidado. Ele caminha por si só. E isso não é verdade. O amor, acima de todas as coisas, precisa ser tratado como se fosse a flor mais preciosa. Como se morrêssemos se ele morresse.

Mas não é assim. Pensamos: já amei o suficiente. Já gostei pro resto da vida. E quando olhamos, quando nos damos conta, estamos ao lado de um completo estranho em nossas vidas. E a culpa não é do outro. É nossa. Ele pode ser culpado também. Mas nos tornamos cegos como morcegos. E sem senso de direção.

Acredito que o amor existe. Deus não mentiria para nós.

Ou mentiria?

Comentando...

Bom, falei para alguém que tentaria comentar algo a respeito da saga “Crepúsculo”. Confesso que não sou fã dessas histórias de vampiros e tudo mais. Mas como sou de falar de tudo, lá vamos nós.

Ao que entendi, Crepúsculo é o início de tudo. A transição na vida da protagonista (Bella) do dia para a noite. Da claridade para a escuridão (sinistro). Algo como se fosse uma transição de seu lado humano (claridade) para o lado vampiro (escuridão). O segundo livro, ou filme (fica a critério de quem leu ou viu), “Lua Nova”, diz respeito ao ponto mais escuro da noite. É a “meia noite” na vida de Bella. Momento no qual Edward lhe abandona, lhe deixando à mercê de seus sentimentos, a ponto de se envolver com Jacob, que aparentemente lhe tem um amor sincero.

“Eclipse”, a meu modo de ver, diz respeito ao lado sombrio (Edward) ofuscando o lado mais humano que ainda resta em Bella. Talvez o amor representado pela figura de Jacob em sua vida, e, por mais que ele não seja humano, seu vínculo com a humanidade. É nesse momento que a protagonista decide (se é que tem escolha) entre os dois. Não existe mais o sol. Apenas Edward.

Em “Amanhecer”, Bella se “apresenta” para sua nova vida, nova realidade. Na minha humilde opinião, não existe nada de amanhecer nisso. Ela nasce para sua vida de vampiro (escuridão total!). Passa de um simples peão no tabuleiro de xadrez, a uma Rainha no “jogo”.

Ouvi dizer que existe um outro: “Sol da meia noite”. Não estou certo, até mesmo por não ter lido os livros, nem ter interesse neles. Parece-me que foi cancelado, ou algo do tipo. Assim sendo, não dá nem para fazer comentários acerca dele. Que sol há em meio a tanta escuridão?

Como não podia deixar de ser, vai aqui meu comentário. Talvez algo do tipo: em meio a tanta escuridão, eu escolha a Cristo.

Em 2 Pedro 1:19 temos: “E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.”

Jesus é a estrela da manhã. Aquele que verdadeiramente vem para iluminar nossos corações.

Um abraço a todos.

Razão X Emoção.

Qual o motivo desse “duelo” estar sempre presente em nossas vidas?

A Emoção nos compele a agir por impulso, visando um bem estar, mesmo que momentâneo. Uma alegria passageira. Ela nos leva a sorrir e a chorar. Muitas vezes na mesma situação.

A Razão nos pede para pensar um pouco. Planejar. Olhar bem quais são as conseqüências de nossos atos. Ver o amanhã.

Quem é que nunca viveu esse dilema? Ouvir o coração ou a razão? Quem é que nunca teve que fazer esse tipo de escolha? Abrir mão de um em prol do outro? Vamos imaginar que você trabalha em uma empresa a um bom tempo. Tem um salário razoável, benefícios compatíveis com suas necessidades, estabilidade. Mas digamos que uma oferta tentadora bate à porta. Qual a melhor decisão a ser tomada? Ser emocional ou racional?

Trocar o que nos é estável por aquilo que nos balança o coração? Trocar a tranqüilidade do travesseiro por aquilo que nos tira o sono? Trocar a pseudo segurança por uma aventura?

Mas existe mesmo essa estabilidade que você diz? A tranqüilidade que sentes é real mesmo ou você quer acreditar nela? Qual a segurança existente nessa situação? Não poderá você perder seu emprego nessa empresa que te traz tanto conforto e segurança?

São duas horas da manhã e cá estou eu, pensando nisso...

Qual o motivo de não associarmos as duas coisas na procura daquilo que nos é ou será melhor nessa vida? Uma dose de cada um. Uma pitada de razão, misturada a um bocado de emoção. Tudo isso misturado a uma imensa vontade que você deve ter de ser feliz. De realizar seus sonhos, de acreditar que a vida pode ser diferente. E melhor.

Mas e se for pior? Bom, o futuro a Deus pertence. Mas Ele lhe deu todos os subterfúgios para procurar fazer aquilo que seja melhor. E a coragem está por aí, em algum lugar. Talvez bem escondidinha, passando despercebida por você. Errar tudo mundo erra. Mas sempre acho pior aquele que errou, por não ter tentado. Por ter se rendido aos seus temores.

Bem, são duas e 10...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Pincelando o TDAH.

Muita gente tem me perguntado mais acerca do TDAH. Assim sendo, resolvi pegar um resumo, na verdade uma lista com critérios sugeridos para TDAH, do que Ana Beatriz Barbosa Silva diz em seu livro “Mentes Inquietas” e colocar aqui. Só frisando que não copiarei o que está no livro, apenas resumirei da minha maneira.

1º Grupo: Instabilidade de Atenção:

  1. Desvio, com facilidade, de atenção;
  1. Dificuldade em prestar atenção à fala dos outros;
  2. Desorganização cotidiana;
  3. Apresenta “brancos” durante conversas;
  4. Tendência a interromper os outros durante conversas;
  5. Costuma cometer erros de fala, leitura ou escrita;
  6. Hiperfoco (concentração intensa num único assunto num determinado período).
  7. Dificuldade em permanecer em atividades obrigatórias de longa duração;
  8. Interrompe tarefas no meio.

Dos 9 critérios acima, me identifico com 6 deles, principalmente com os itens 1, 3, 5, 7, 8 (nem se fala) e 9.

2º Grupo: Hiperatividade física e/ou mental:

  1. Dificuldade em permanecer sentado por longos períodos (se mexe o tempo todo).
  2. Está sempre mexendo os pés e as mãos;
  3. Inquietação e ansiedade;
  4. Costuma estar sempre ocupado com algum problema seu ou dos outros (remoendo os problemas);
  5. Costuma fazer várias coisas ao mesmo tempo;
  6. Envolve-se em vários projetos ao mesmo tempo (muitas idéias);
  7. Às vezes se envolve em situações de risco;
  8. Freqüentemente fala sem parar, monopolizando as conversas;

Bom, vamos lá. Dos 8 sintomas citados acima, identifico-me com... Bem, vejamos... 8. Essa foi fácil. Não ficou nenhum de fora. O número 7, hoje em dia, apenas no trânsito, mas quando era mais novo, adolescente principalmente, nem se fala. Meu amigo Jonas, que tem recebido e lido o Blog, que me ajude a fazer as contas das situações de risco (risos).

3º Grupo: Impulsividade:

  1. Baixa tolerância à frustração;
  2. Costuma responder a alguém antes que este complete a pergunta;
  3. Costuma provocar situações constrangedoras por falar o que vem à mente sem filtrar antes o que vai ser dito;
  4. Impaciência marcante no ato de esperar ou aguardar por algo. Filas, por exemplo.
  5. Impulsividade para comprar, sair de empregos, praticar esportes radicais, comer, jogar, etc.
  6. Reage irrefletidamente às provocações, críticas e rejeições;
  7. Tendência a não seguir regras ou normas preestabelecidas;
  8. Compulsividade;
  9. Sexualidade instável. Alterna períodos de altos e baixos desejos sexuais;
  10. Ações contraditórias. O TDAH é capaz de externar uma raiva por causa de uma pequena coisa e depois de minutos estar bem novamente, externando carinho e preocupação;
  11. Hipersensibilidade. Melindra facilmente.
  12. Hiperreatividade. Contagia-se com os sentimentos dos outros;
  13. Tendência a culpar os outros;
  14. Mudanças bruscas e repentinas no humor;
  15. Tendência a ser muito criativo e intuitivo;
  16. Tendência ao desespero diante de algo difícil.

Bom, das 16 características acima, identifico-me com a maioria, talvez umas 13 delas. Em relação a algumas, fiquei realmente em dúvida. O livro explica melhor cada uma delas, mas não estou certo sobre todas.

4º Grupo: Sintomas secundários:

  1. Tendência a ter um desempenho profissional abaixo do desejado e esperado;
  2. Baixa autoestima;
  3. Dependência química;
  4. Depressões freqüentes;
  5. Intensa dificuldade em manter relacionamentos;
  6. Demora excessiva para iniciar ou executar algum trabalho;
  7. Baixa tolerância ao estresse;
  8. Tendência a apresentar um lado criança que aparecerá, por toda vida, na forma de brincadeiras, humor refinado, caprichos, pensamentos “mágicos” e intensa capacidade de fantasiar fatos e histórias;
  9. Tendência a tropeçar, cair, derrubar objetos;
  10. Tendência a apresentar caligrafia ruim ou de difícil entendimento;
  11. Tensão pré-menstrual muito marcada;
  12. Dificuldade de orientação espacial, tal como encontrar um carro no estacionamento;
  13. Avaliação temporal prejudicada.
  14. Hipersensibilidade a ruídos, principalmente se repetitivos;
  15. Tendência a exercer mais de uma atividade profissional;
  16. História familiar positiva para TDAH.

Das 16 citadas acima, acho que me enquadro claramente em 10 delas. É claro que não tenho TPM, mas deixei bem descrito o item 8, pois é uma das características secundárias que mais me identifico. Claro que sou muito 1, 2 nem se fala, graças a Deus passei longe do item 3, 4 poucas vezes, 5... Bem, meus dois amigos hoje podem falar melhor a respeito, 7? Sou eu. O 9, acho que não. Quem trabalha comigo, sofre com o 10. Não tenho 11, nem 12, nem 13 (sou pra lá de pontual). 14? Os toques de celular fora de hora no trabalho que o digam. 15? Nem sei. Acho que sim. E 16, minha família fala por si mesma.

Acho que é isso. Em 50 devo ter tirado A+ (risos). Como se isso fosse vantagem pra alguém. Estou apenas descontraindo. Acredito que, para aqueles que convivem comigo, essa explicação básica, deva ajudar bastante. Espero que sim. Até mesmo para cessarem alguns comentários maldosos que vemos no dia a dia. Tem coisas que fogem do nosso controle. São impulsos, e seria ótimo que as pessoas percebessem isso e mais ainda, entendessem que não é por mal. Isso é um transtorno.

Isso é ser um TDAH.