terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sinto Muito.

Outro dia escrevi que cabe a Deus compadecer-se de quem quiser se compadecer e ter misericórdia de quem lhe aprouver ter misericórdia. Esse fato é verdade e imutável. Agora é a nos, cabe o quê exatamente?

De ontem para hoje fiquei pensando nisso. E acabei chegando à conclusão, que, mesmo não sendo inerente a nós essas funções, acabamos por desempenhando esses papéis, mais do que gostaríamos (eu acho).

O tempo todo estamos diante de situações que envolvem outras pessoas. E, muitas das vezes cabe a nós exercermos a compaixão e ou a misericórdia. Agora o que guia nossa vontade e nosso pensamento? É exatamente isso que não sei. Temos o hábito de envolver diversas pessoas em nossas vidas, num turbilhão de emoções e situações e, de repente, temos que decidir algo que vai envolvê-las, quer queiram, ou não.

Vou citar um exemplo: você se envolve emocionalmente com alguém. Inicialmente as coisas caminham normalmente, da forma que deveria ser (ou não). Mais à frente, você se depara com outra pessoa, e, por descuido ou o que quer que seja sua justificativa, acaba se envolvendo com essa pessoa também. Certamente algo de errado está acontecendo, e é necessário fazer alguma coisa a respeito.

Pois bem. A quem você vai exercer a sua compaixão e a sua misericórdia? Para qual pessoa irá se inclinar a sua decisão?

Para não ficar apenas nesse exemplo, vou buscar outro: você é o encarregado de um setor da empresa na qual trabalha. Ela está passando por dificuldades e lhe foi solicitado reduzir o seu quadro funcional. Acontece que todas as pessoas que trabalham com você têm as mesmas qualificações profissionais, e no caso de algumas, existe uma estima da sua parte por elas. Ademais não restam tantas distinções entre os eleitos à demissão. O que guia seu coração nessa hora? A quem irá a sua compaixão?

No segundo caso ainda sobram quesitos mais técnicos que podem ser usados na avaliação. Mas e no primeiro caso? Existem critérios técnicos? “Tempo de serviço” ou coisa parecida? Acho que não. Aqui, a decisão vai “na pura emoção”. E aos vencedores os louros. Aos perdedores, um “sinto muito”!

Mas o que lhe pergunto é: Sente mesmo?

Um abraço a todos.

Ps.: Estou com uma postagem sobre caráter salva no Blog, mas sem publicação. Ainda estou pensando se vale a pena falar de algo tão delicado. Na verdade já falei, mas não sei se publico...

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