segunda-feira, 10 de setembro de 2007

A pior de todas - Parte II

Como havia dito, darei seqüência à história que comecei no último dia 06.

Naquele dia saímos daquele lugar como fugitivos, mas juramos que voltaríamos. Nosso orgulho não poderia ser ferido daquela maneira. Sendo assim, passamos duas semanas planejando o retorno e no sábado à noite estávamos prontos para o que desse e viesse.

A diferença é que naquele dia estávamos em maior número. O principal acompanhante era um dos professores da academia. A certeza era de que a noite não terminaria bem.

Logo que chegamos ao Chez Michou, tratamos de nos separar para encontrar aqueles que eram o destino de nossa revanche. Não demorou muito para vermos o Brasiliano correndo Contorno abaixo, tentando fugir da nossa turma. Foi em vão. Rapidamente nos colocamos ao seu encalço e ele teve que entrar dentro de um dos bares que ficava próximo. Não só a nossa turma corria atrás dele, mas muitos dos “amigos” dele estavam correndo atrás de nós. Um cheiro ruim pairava no ar.

Entrei dentro do bar à procura do Brasiliano. Ficamos dando voltas ao redor de algumas mesas até que um garçom nos impediu de continuar aquela ciranda, nos indicando a porta de saída. Eu ria. Ele teria que sair dali. Lá fora a confusão estava armada.

Para defender o menor, um dos rapazes da turma dele desafiou um amigo nosso para uma briga mano a mano. Em troca de acertarmos as contas com aquele que era mais fraco, fomos compelidos a aceitar o desafio de um dos que era bom de briga. Mas isso não nos assustava. Os dois se encaminharam para o lado da banca de jornal e um círculo se fez ao redor deles. A briga era voraz. Tantos eram os murros e pontapés. Todavia a GDA não era conhecida por ser leal. Assim sendo, um deles que estava armado com uma faca, esperava para acertar nosso amigo.

Não obstante ao fato de existir alguém portando uma faca, nosso professor entrou no meio da roda e acerto-lhe uma “voadora”. Infelizmente, ao se recompor, ele foi acertado por uma pedrada diretamente na testa. O corte foi feio. A turma deles rapidamente saiu correndo do local. Nós nos encaminhamos para o hospital para que nosso mestre recebesse alguns pontos na testa. Fomos orientados por ele a não retornar àquele lugar. A partir daquele momento a briga era pessoal. Ele acertaria as contas.

Umas quatro a cinco semanas depois, recebemos a notícia que aquele rapaz que tinha chamado nosso amigo para a briga estava hospitalizado com o queixo fraturado.

Ninguém quis assumir a autoria daquela agressão. Nem mesmo posso dizer que foi um de nós. Será mesmo?

O Chez Michou não durou muito mais. Pouco tempo depois, as brigas de gangues chegaram ao limite de tiros serem disparados no local. Eles tiveram que fechar as portas. Não tinham mais clientes.

Sinto muito por isso. Gostava dos crepes de lá.

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