Hoje acordei de mau humor. Já são uns bons dias que não durmo bem e conseqüentemente acordo pior ainda. Todavia estou tentando manter a rotina, e escrever alguma história nesse espaço. Bem que poderia ser uma estória. Mas não cairia bem.
Na postagem anterior comentei que quando era adolescente pratiquei durante uns dois anos o Kung-Fu. Esses anos foram suficientes para me alçar à faixa verde. Nada demais, além do fato de eu ter me tornado um caçador de brigas. Uma delas repercute em minha mente até hoje.
Costumávamos andar juntos. Eu e mais 4 amigos (prefiro não citar os nomes). Sempre a procura de uma aventura ou quem sabe apenas diversão. Um dos pontos preferidos era o Chez Michou. Era uma creperia localizada no tobogã da Avenida do Contorno. Depois de alguns episódios posteriores à confusão que contarei, o estabelecimento acabou fechando as portas.
O point sempre ficava lotado. A avenida, permanentemente tomada de pessoas. Nem o canteiro central escapava. Muita gente mesmo. Infelizmente, quando jovem, em Belo Horizonte existiam muitas gangues de adolescentes. Creio que hoje não existem mais. Mas naquela época a GDA (Galera do Anchieta) era uma das piores. Nós não nos conformávamos em ver aqueles jovens sempre dispostos a arrumar confusão, independente do lugar e das pessoas. O equívoco foi mexer com quem também adorava uma briga.
Em um daqueles sábados em que tudo parecia normal, um conhecido nosso foi atacado por um adolescente daquela turma. O apelido ou sobre nome dele faço questão de mencionar: brasiliano. Sem pensar duas vezes, partimos em defesa do rapaz, que tinha sido atacado pelas costas. Rapidamente a confusão se armou. Chutes, pontapés, socos, uma bagunça. Levantamos o loirinho, conhecido nosso, e nos dirigimos para uma das entradas do Chez Michou. Sabíamos que a coisa ia ficar complicada.
Em poucos minutos a rua foi ficando tomada de jovens da GDA. Do canteiro central eles arrancavam pedaços de madeira dos suportes das árvores. Era uma turma enorme. Não me lembro mais o número. Mas me vem na memória que devia ser mais de cinqüenta rapazes. Estávamos encurralados. Sem saber o que fazer.
Ficamos na entrada, que era mais ou menos como um “T”. Tinha escadas que vinham pela frente e pelas duas laterais. Resolvemos que ficaríamos ali mesmo. Dois na frente e um em cada lateral. O medo tomava conta de nós. Por mais que éramos acostumados com brigas, aquela parecia desigual.
Quando as discussões já estavam para lá de calorosas, o João (vou chamá-lo assim), percebeu que o muro do fundo do restaurante não era tão alto assim. Como ele ficava voltado para a rua detrás, seria um bom local de fuga. Bastava que corrêssemos bastante. O fôlego não podia faltar naquela hora.
Sem delongas, nos dirigimos rapidamente para os fundos do Chez Michou e pulamos o muro, correndo feito loucos pela rua em direção ao nosso carro. Alguns jovens correram atrás de nós, mas não o suficiente para nos alcançar.
Aquela briga não ficaria daquele jeito. Nós não costumávamos correr de nenhuma confusão. Íamos voltar ali com certeza. E voltamos.
Mas a continuação da história fica pra próxima.
Um abraço.
Na postagem anterior comentei que quando era adolescente pratiquei durante uns dois anos o Kung-Fu. Esses anos foram suficientes para me alçar à faixa verde. Nada demais, além do fato de eu ter me tornado um caçador de brigas. Uma delas repercute em minha mente até hoje.
Costumávamos andar juntos. Eu e mais 4 amigos (prefiro não citar os nomes). Sempre a procura de uma aventura ou quem sabe apenas diversão. Um dos pontos preferidos era o Chez Michou. Era uma creperia localizada no tobogã da Avenida do Contorno. Depois de alguns episódios posteriores à confusão que contarei, o estabelecimento acabou fechando as portas.
O point sempre ficava lotado. A avenida, permanentemente tomada de pessoas. Nem o canteiro central escapava. Muita gente mesmo. Infelizmente, quando jovem, em Belo Horizonte existiam muitas gangues de adolescentes. Creio que hoje não existem mais. Mas naquela época a GDA (Galera do Anchieta) era uma das piores. Nós não nos conformávamos em ver aqueles jovens sempre dispostos a arrumar confusão, independente do lugar e das pessoas. O equívoco foi mexer com quem também adorava uma briga.
Em um daqueles sábados em que tudo parecia normal, um conhecido nosso foi atacado por um adolescente daquela turma. O apelido ou sobre nome dele faço questão de mencionar: brasiliano. Sem pensar duas vezes, partimos em defesa do rapaz, que tinha sido atacado pelas costas. Rapidamente a confusão se armou. Chutes, pontapés, socos, uma bagunça. Levantamos o loirinho, conhecido nosso, e nos dirigimos para uma das entradas do Chez Michou. Sabíamos que a coisa ia ficar complicada.
Em poucos minutos a rua foi ficando tomada de jovens da GDA. Do canteiro central eles arrancavam pedaços de madeira dos suportes das árvores. Era uma turma enorme. Não me lembro mais o número. Mas me vem na memória que devia ser mais de cinqüenta rapazes. Estávamos encurralados. Sem saber o que fazer.
Ficamos na entrada, que era mais ou menos como um “T”. Tinha escadas que vinham pela frente e pelas duas laterais. Resolvemos que ficaríamos ali mesmo. Dois na frente e um em cada lateral. O medo tomava conta de nós. Por mais que éramos acostumados com brigas, aquela parecia desigual.
Quando as discussões já estavam para lá de calorosas, o João (vou chamá-lo assim), percebeu que o muro do fundo do restaurante não era tão alto assim. Como ele ficava voltado para a rua detrás, seria um bom local de fuga. Bastava que corrêssemos bastante. O fôlego não podia faltar naquela hora.
Sem delongas, nos dirigimos rapidamente para os fundos do Chez Michou e pulamos o muro, correndo feito loucos pela rua em direção ao nosso carro. Alguns jovens correram atrás de nós, mas não o suficiente para nos alcançar.
Aquela briga não ficaria daquele jeito. Nós não costumávamos correr de nenhuma confusão. Íamos voltar ali com certeza. E voltamos.
Mas a continuação da história fica pra próxima.
Um abraço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário