Outro dia li um relato no qual Carl Jung descrevia em um de seus livros uma conversa que manteve com um índio norte-americano. Achei interessante o fato do chefe indígena ter comentado que achava o homem branco sempre com o semblante tenso, olhos espantados e ar cruel, como se vivesse em busca de algo.
Engraçado o ponto de vista do chefe. E ele não deixa de ser verdade. O que estamos à procura? Parecemos sempre inquietos e insatisfeitos. No fundo no fundo, parece que não sabemos o que queremos. Aquele índio acha que somos loucos...
Jesus certa vez perguntou a seus discípulos se os pensamentos ansiosos deles poderiam acrescentar um dia sequer na vida deles. Essa foi uma grande verdade dita por Cristo.
Muitas vezes parecemos descontentes com as atividades que desempenhamos. Demonstramos não estar satisfeitos com o trabalho desempenhado ou até quem sabe algo nos aborreceu tal como ter que fazer algo com o qual não concordemos. Quem sabe não existe um ressentimento em relação a alguém próximo a nós.
A verdade é que esses sentimentos não só atrapalham nosso desempenho como também corrompe todo o ambiente em que nos encontramos. Nossas emoções são transmitidas pelo nosso corpo, mesmo que assim não o desejamos.
Independente de nossa atividade ser tediosa ou até mesmo ter alguém ao nosso lado que seja desonesto, irritante ou o que quer que seja, quero dizer a vocês que isso é irrelevante. O fato de sentirmos ou não algo não muda a situação como um todo. O que acontece é apenas que nos tornamos infelizes e essa infelicidade contamina o ambiente.
Minha sugestão passa pelo óbvio. Se você está insatisfeito com o que faz, busque novas alternativas. Se alguém te irrita por algum motivo, procure essa pessoa para conversar. Se livre desses sentimentos de maneira que o clima se torne ameno ao seu redor. Isso fará muita diferença não só para você como também para os que estão ao seu redor. Não quero de maneira alguma reprimir os sentimentos. Tanto a raiva quanto o mau humor são pertinentes ao ser humano. O que quero dizer é que as situações devem ser tratadas para que esses sentimentos não perdurem por tempo desnecessários.
Um abraço a todos.
Contabilizando as memórias de um portador de TDAH (Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade). Contabilizando os problemas do dia a dia. Contabilizando os lançamentos contábeis (risos). Contabilizando os erros cometidos. Contabilizando o dia a dia. Enfim, contabilizando...
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
O que você busca?
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