terça-feira, 10 de julho de 2007

Mercado Central

Quando criança um dos programas que mais gostava de fazer era ir ao Mercado Central com meu pai. Não sei se era pelo fato dele viajar muito, mas para mim os dias em que podia estar com ele eram sensacionais. Bons e velhos tempos.

O Mercado Central de Belo Horizonte é um dos lugares mais fascinantes que conheço. Variedade de produtos, cores, pessoas, tudo disposto nos corredores que se cruzam. Para mim deveria fazer parte do Patrimônio da Cidade. Desde menino, dentre as diversas coisas que se encontram naquele local, a minha preferida era o pastel frito na hora, por um chinês, em uma lanchonete que ficava em uma das entradas. Programa de domingo: ir ao Mercado Central, comer pastel e passear com meu pai. Esse era sim um dos meus favoritos (queria que ele soubesse disso...).

Bem, saudosismos à parte, o que gostaria de contar foi um dos episódios mais engraçados (?) da minha infância. Em um daqueles domingos em que passeava com meu pai, ele aproveitou para comprar diversos produtos que levaria para sua lanchonete (se não me engano em Ouro Branco). Quando já estava por finalizar sua compra, subimos e meu pai me deixou no carro – um Fiat 147 – enquanto buscava a última coisa. Essa hora eu também adorava. Ficava sentado ao volante fingindo estar dirigindo.

Como meu pai estava demorando, resolvi verificar quais eram as mercadorias que ele havia comprado. Abri o porta-malas e encontrei uma caixa cheia de abacates. Dentro dela, havia um que dei por estragado (imaginação de criança) e, por isso mesmo, resolvi jogá-lo fora. Como eu sempre fui de fazer “arte” , como diria meu irmão, fui até a beirada do estacionamento (que fica na parte superior das lojas) e fiquei a ver as pessoas passarem lá embaixo. Em determinado momento, como que compelido por forças ocultas (risos), joguei o abacate no meio de um dos corredores. O que eu não imaginava é que ele acertaria bem em cheio a cabeça de um homem que passava lá embaixo. Foi muito engraçado vê-lo com a cabeça toda verde procurando que havia lhe jogado aquele abacate. Ainda bem que meu pai chegou logo em seguida e fomos embora.

Até então o fato ocorrido não parece tão engraçado, certo? Pois bem, então vou contar o motivo da graça. Na segunda-feira ao ir para o trabalho (minha mãe trabalhou uns 30 anos na Usiminas) ela se deparou com um colega seu de trabalho a lhe contar a seguinte história: “Neide, você não sabe o que me aconteceu no final de semana. Estava eu fazendo compras no Mercado Central, quando de repente um abacate caiu direto em minha cabeça. Não sei quem foi que me acertou, mas ai dele se eu o tivesse encontrado...” Minha mãe teve que se segurar, ou para não rir ou para não contar a verdade sobre o ocorrido. O que sei é que, para variar, apanhei por causa de minhas travessuras.

Até breve.

2 comentários:

Leony Alves disse...

uhauahuahuahau
quase morri de rir...Fiquei tentando imaginar aqui como seria essa cena,na minha infância eu era TERRIVEL mas nem tanto né... aiaai so vc mesmo viu
JÔ,uahuahauhauhauahauhau (FIOTIN)

Anônimo disse...

Hahahahaha..........
Caraca, que mundo pequeno esse....
Muito loka sua vida Léo. Você não era nem um pouco levado quando era criança né?..
rsrsrsrsrsrsrs..