Como todos já sabem, na última terça-feira, por volta das 19 horas, o Brasil sofreu o seu maior desastre aéreo de sua história. O acidente com o vôo JJ 3054 ficará em nossa memória (assim espero) por um longo período.
Confesso a vocês que sou pouco afeito a expressar meus sentimentos quando vejo esse tipo de tragédia. Tenho isso comigo desde pequeno. Nunca fui muito de sofrer quando vejo algum acidente. Mas nesse caso especial, infelizmente, fui acometido de grande tristeza.
Toda quinta-feira faço aula de tênis no bairro Buritis. Jogo tênis a mais ou menos uns dois anos, mas nunca tinha feito algum tipo de aula com o intuito de aperfeiçoar o meu jogo. De dois meses para cá, devido à melhora de meus parceiros habituais de partidas, resolvi que precisava de um up-grade. Procurei diversas academias até que me matriculei em uma que fica próximo da minha casa. Gostei das instalações, do professor e das pessoas que freqüentam a academia.
Como hábito dos professores de lá, todo aluno joga ao final da aula uma partida com um companheiro que tem aula com outro professor. Já estava se tornando comum eu jogar minhas partidas com um senhor de 56 anos. Apesar da diferença de idade, confesso que nunca consegui ganhar dele. Seu nome era Fábio Vieira Marques Júnior. Engenheiro que trabalhava na Coteminas. A infelicidade? Ele era um dos passageiros do vôo JJ 3054 da TAM. Ontem, ao chegar para minha aula, tive até vontade de voltar para casa. O sentimento é muito ruim de saber que alguém, que estava até outro dia ali, rindo com você, conversando, trocando idéias, já não está mais conosco. Que foi tirado de nossa convivência.
Gostaria de deixar aqui os meus sentimentos à família Marques. Foi com profunda tristeza que recebi a notícia. Acho que nessas horas não há muito que dizer, a não ser expressar nosso mais profundo pesar. Estendo os meus pêsames às outras famílias que perderam seus entes queridos nesse acidente.
Meu companheiro Fábio, ainda espero jogar umas partidas de tênis com você aí no céu.
Hoje prefiro terminar assim.
Contabilizando as memórias de um portador de TDAH (Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade). Contabilizando os problemas do dia a dia. Contabilizando os lançamentos contábeis (risos). Contabilizando os erros cometidos. Contabilizando o dia a dia. Enfim, contabilizando...
sexta-feira, 20 de julho de 2007
De Luto
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário