Desde pequeno sempre fui habituado aos esportes. Meus olhos brilhavam ao ver uma bola na minha frente. Confesso que não era bom jogador de linha, o que me fez escolher a função de goleiro para que pudesse participar da escolinha do Pitágoras. Na verdade, foi o meu professor Luís que me fez escolhê-la. Agradeço a ele pelo incentivo.
Durante quatro anos (dos nove aos onze), treinei e me dediquei ao futebol. Nosso time do colégio disputava o intercolegial e isso era um incentivo e tanto para todos os que jogavam comigo. Para mim a emoção era tremenda, uma vez que era titular do time o que fazia com que tivesse uma certa visibilidade.
Aos onze anos, perdi a titularidade do time sendo que, em boa parte, essa perda se deu por causa de uma certa travessura. Era mês de junho e, como todo ano nessa época, as festas juninas se espalhavam pela cidade. No colégio, as bombinhas, traques, garrafões, etc., faziam a nossa festa. Existia um desses artefatos que me chamava mais atenção. Era o busca-pé. Para aqueles que não conhecem, o busca-pé é um tipo de bombinha que se acende e se joga no chão. A partir daí é ver o show das faíscas saindo dele (que fica “correndo” de um lado para o outro).
Como minha família, por ser mais humilde, não tinha condições de bancar esses “brinquedos” para mim, passava o tempo me distraindo com as brincadeiras dos meus colegas. Uma certa terça-feira a situação ficou estranha. Um rapaz, que treinava com o time acima do nosso (infantil), tinha levado alguns busca-pés e bombinhas para o treino. Chegando lá ficou fazendo graça e vontade na gente (acho que era mais comigo). Insatisfeito com aquela situação, fiquei a observá-lo soltando os seus fogos de artifício. Eu apenas aguardava a chance de aprontar alguma.
Como se não fosse comigo, esperei que ele acendesse um de seus busca-pés e o jogasse no chão. Num pulo, agarrei-o na mão, corri na direção do rapaz (que me fazia raiva) e atirei o objeto dentro de sua blusa. Foi um desespero. Uma correria. Gente gritando, o rapaz desorientado e eu logicamente, me escondi.
O esconderijo não foi bem escolhido. Em pouco tempo o professor Luís já havia me encontrado e levado para ver o resultado da minha arte. A camiseta do rapaz tinha queimado toda (abriu vários buracos) e ele ficou com algumas queimaduras (nada sério). Eu, para variar, sofri uma punição por meu feito. Fiquei um mês suspenso dos treinamentos e, durante o início do torneio daquele ano, tive que assistir aos jogos do banco de reserva. Ainda tive que pagar uma camiseta nova para o meu desafeto.
O portador de TDAH tem por característica a falta de noção de limite. Não possui muito senso de perigo. É uma pessoa impulsiva. Muitos dos meus atos quando criança foram baseados nessas características.
Um forte abraço.
Durante quatro anos (dos nove aos onze), treinei e me dediquei ao futebol. Nosso time do colégio disputava o intercolegial e isso era um incentivo e tanto para todos os que jogavam comigo. Para mim a emoção era tremenda, uma vez que era titular do time o que fazia com que tivesse uma certa visibilidade.
Aos onze anos, perdi a titularidade do time sendo que, em boa parte, essa perda se deu por causa de uma certa travessura. Era mês de junho e, como todo ano nessa época, as festas juninas se espalhavam pela cidade. No colégio, as bombinhas, traques, garrafões, etc., faziam a nossa festa. Existia um desses artefatos que me chamava mais atenção. Era o busca-pé. Para aqueles que não conhecem, o busca-pé é um tipo de bombinha que se acende e se joga no chão. A partir daí é ver o show das faíscas saindo dele (que fica “correndo” de um lado para o outro).
Como minha família, por ser mais humilde, não tinha condições de bancar esses “brinquedos” para mim, passava o tempo me distraindo com as brincadeiras dos meus colegas. Uma certa terça-feira a situação ficou estranha. Um rapaz, que treinava com o time acima do nosso (infantil), tinha levado alguns busca-pés e bombinhas para o treino. Chegando lá ficou fazendo graça e vontade na gente (acho que era mais comigo). Insatisfeito com aquela situação, fiquei a observá-lo soltando os seus fogos de artifício. Eu apenas aguardava a chance de aprontar alguma.
Como se não fosse comigo, esperei que ele acendesse um de seus busca-pés e o jogasse no chão. Num pulo, agarrei-o na mão, corri na direção do rapaz (que me fazia raiva) e atirei o objeto dentro de sua blusa. Foi um desespero. Uma correria. Gente gritando, o rapaz desorientado e eu logicamente, me escondi.
O esconderijo não foi bem escolhido. Em pouco tempo o professor Luís já havia me encontrado e levado para ver o resultado da minha arte. A camiseta do rapaz tinha queimado toda (abriu vários buracos) e ele ficou com algumas queimaduras (nada sério). Eu, para variar, sofri uma punição por meu feito. Fiquei um mês suspenso dos treinamentos e, durante o início do torneio daquele ano, tive que assistir aos jogos do banco de reserva. Ainda tive que pagar uma camiseta nova para o meu desafeto.
O portador de TDAH tem por característica a falta de noção de limite. Não possui muito senso de perigo. É uma pessoa impulsiva. Muitos dos meus atos quando criança foram baseados nessas características.
Um forte abraço.
Um comentário:
OW LOKO MEU !!! se for escrever um livro so com as travessuras vai dar umas mil páginas......rsrsrsrrsr
e o titulo do livro vai ser " LEO BUSCAPÉ" uhauahuahauhauahu
(FIOTIN)
Postar um comentário