segunda-feira, 2 de julho de 2007

Por que Memórias de um Cárcere Privado?

Algumas pessoas têm-me perguntado o por que do nome do blog que aqui escrevo. A resposta creio ser simples. Como relatei em minha primeira postagem, descobri a pouco mais de um mês que sou portador de TDAH. Desde então venho fazendo tratamento junto a um neurologista, um psiquiatra e também com uma psicóloga. O tratamento envolve não apenas a psicoterapia como também o uso de remédios. No meu caso tenho utilizado a Ritalina LA e também o Efexor XR. Desde o início do tratamento tenho sentido melhoras expressivas onde certamente posso destacar o fato de agora conseguir me concentrar em minhas atividades. As que me tem sido mais prazerosas, seguramente são a leitura e a dádiva de escrever neste blog. Bem, até então não expliquei as razões do título do blog. Após esse breve relato que fiz, segue minha explicação:

Memórias? Sim, certamente aqui estarão as minhas memórias. Relatarei as experiências vivenciadas por mim nesses 33 anos de vida.

Cárcere? A expressão cárcere me surgiu por dois motivos. Primeiro, em homenagem a Graciliano Ramos – por seu livro “Memórias do Cárcere” – Creio que me serviu de inspiração para o título. E segundo, e mais importante, porque hoje tenho a convicção de ter vivido durante meus 33 anos de vida “preso” a TDAH. Preso à ignorância de não saber nada sobre esse transtorno. Preso ao preconceito das pessoas. Preso aos rótulos que me foram dados durante esses anos. Mas tranqüilamente já não me sinto mais cativo dessa doença. O tratamento e o conhecimento acerca da TDAH quebraram os grilhões em que me encontrava.

Privado? Privado tão somente por ser uma coisa minha. Particular. Relativa a mim mesmo. O cárcere em que me encontrava era unicamente meu. Não dizia respeito a ninguém mais. Por isso me veio a expressão.

Espero ter esclarecido as dúvidas de todos. Caso contrario peço a gentileza de postarem algum comentário deixando o seu e-mail que terei o maior prazer em respondê-los.

Fiquem com Deus.

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