Reputação.
Substantivo feminino
1. Conceito; opinião pública, favorável ou desfavorável.
2. Fama; renome; nomeada.
Um episódio vivenciado por mim recentemente, mais exatamente nos últimos três meses, me fez refletir acerca da reputação de uma pessoa. Segundo o significado do dicionário, reputação é o mesmo que a fama de alguém, a opinião pública acerca de um indivíduo. Basicamente é algo a ser preservado e valorizado por todos. Todavia acabei descobrindo que o que julgava ser necessário para se manter uma boa reputação não era suficiente. Fatores externos influenciam diretamente o conceito que as pessoas do nosso convívio têm a nosso respeito.
Para exemplificar o sentimento que tenho dentro de mim nesse momento, vou contar uma história que ouvi a bastante tempo, e que me marcou de forma profunda, a ponto de não me permitir esquecê-la. Vou contá-la da maneira que ainda me recordo, ou seja, com seus fatos principais.
Em uma cidade pequena, do interior do Estado, havia uma igreja cristã, cujo pastor era motivo de orgulho de todos. Ele era um homem de bem, casado, pai de dois filhos, e renomado dentre todos. Sua reputação o precedia, fazendo-o respeitado em qualquer lugar que ele estivesse. Suas palavras eram reverenciadas.
Certo dia, durante um culto de domingo, uma senhora, com uma criança recém nascida no colo, apareceu na igreja. Ela não era conhecida na cidade, o que intrigou a todos. Sob o olhar curioso dos presentes, a senhora de aproximou do púlpito da igreja, no qual estava o pastor a pregar, e diante de todos, apresentou aquela criança como sendo filha daquele pregador.
O fato trouxe surpresa a todos. Espanto geral. Como poderia ser? Aquele homem tão respeitado por todos tinha um filho fora de seu casamento? Tinha ele um relacionamento extraconjugal?
Espanto é a palavra mais suave para demonstrar o sentimento dentre os moradores daquela cidade. Em poucos dias, aquele homem até então respeitado por todos, estava no opróbrio total. Perdeu seu “emprego”, sua esposa o deixou (levando seus dois filhos), foi excomungado da igreja e ainda passou a viver de favores de um ou outro que ainda lhe davam alguma credibilidade ou que tinham compaixão da criança que havia sido deixada com ele por aquela senhora desconhecida. Nem emprego ele conseguia depois daquele “escândalo”. Sua reputação estava acabada. Seu bom nome não mais existia.
Aquele homem não conseguia acreditar em tudo que havia passado naqueles dias. Era algo inacreditável, tal como se fosse um conto de fadas. Sendo que nesse caso ele era o vilão da história. Mas ele ainda acreditava em Deus, e soube suportar todas as dificuldades e provações que a vida lhe apresentou, vivendo os anos conforme lhe era possível.
Alguns anos se passaram, quando aquela pequena cidade recebeu novamente a visita daquela senhora desconhecida. Era um domingo pela manhã, e as pessoas estavam reunidas na praça central em comemoração ao aniversário da cidade. Mais uma vez, ela se dirigiu ao “ex” pastor e, com lágrimas nos olhos, se ajoelhou diante dele, lhe pedindo perdão pelo que havia lhe feito passar. Diante dos que ali estavam ela confessou que, por passar grandes dificuldades quando do nascimento de seu filho, procurou pelas cidades da vizinhança alguém que fosse digno e honrado para cuidar e criar seu filho. E ela não encontro nenhum outro senão aquele que era o mais renomado da região, o pastor. Ela sabia em seu coração que não existia nenhum outro que teria tanto cuidado e criaria tão bem uma criança. O que era verdade.
Novamente a cidade foi tomada de espanto. O que era aquilo que estavam ouvindo? Como alguém poderia ser tão cruel a ponto de destruir a vida de uma pessoa? Houve revolta da parte de muitos, sendo que alguns queriam inclusive agredir aquela dona. Houve intervenção da parte do pastor, que pediu a todos que nada de mal fizessem àquela senhora, visto ele a estar perdoando pelo que havia lhe feito. Surpresa de todos! Perdão? Como perdoar um ser tão vil? Mas ele ali estava exercendo um direito seu. O de perdoar.
Entretanto, um fato chamou a atenção. O pastor convidou a senhora para lhe fazer companhia em uma caminhada. Ele buscou uma sacola em casa e se puseram a caminhar. Durante o trajeto os dois conversaram muito, sendo que em boa parte dele, o pastor contou para a senhora dos cuidados que ele havia tido com a criança. Em determinado ponto os dois se detiveram no alto de uma montanha. Era uma paisagem linda. Naquele instante a senhora perguntou-lhe o motivo dele tê-la levado até aquele monte. Ao que o pastor lhe respondeu:
- Eu lhe perdoei pelo que fizeste comigo. Todavia quis lhe trazer aqui para lhe mostrar algo. – Nesse instante o pastor retirou um travesseiro de penas de dentro da sacola.
- Todo homem deve preservar o seu bom nome, sua reputação. – disse o pastor. O perdão eu posso lhe dar – continuou ele (e com uma faca, cortou o forro do travesseiro, fazendo voar as penas que estavam em seu recheio por todos os lados. Não se podia ver para onde voavam todas aquelas penas, pois ventava muito no local).
- Todavia, meu bom nome, minha reputação, só retornarão a mim, quando a senhora conseguir recolher todas essas penas que voaram de dentro do travesseiro, pois foi isso que você fez, espalhou-os como ao vento, ao me caluniar daquela maneira.
- Eu posso ter meu emprego de pastor de volta. Muitos podem voltar a me respeitar. Contudo minha esposa não mais retornará a mim, visto que ela se casou com outro homem em uma cidade vizinha. Além disso, alguns moradores da cidade morreram nesse tempo que se passou, levando consigo uma imagem errada a meu respeito. Outros não acreditarão no que ouviram de sua boca. Outros tantos se mudaram daqui, ou seja, nada mais será como era antes.
Aquelas palavras demonstraram para aquela mulher, o peso que existe em nossas palavras. Elas, uma vez proferidas, não voltam mais. Seu coração se entristeceu sobremaneira.
Portanto, fica aqui um conselho a todos e a mim mesmo: sejamos sempre tardios ao falar, sempre aptos a ouvir, e com discernimento para separar o joio do trigo. Devemos ser capazes de julgar todas as coisas e reter apenas as que são boas. Pense duas vezes ao falar algo que poderá trazer estragos enormes na vida de alguém. Isso pode não ter volta, causando dano muito maior do que o previsto por você.
Não comparo a situação vivenciada por mim à história contada. Ela serve para exemplificar apenas, como uma pessoa pode ter seu nome e sua reputação difamados, pelo simples fato de alguém querer falar o que quer, sem ao menos conhecer uma determinada pessoa, ou até mesmo, saber sua versão para os fatos. Isso entristece o coração de qualquer pessoa.
“Como maçãs de ouro, em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” Provérbios 25:11.
“Maça, espada e flecha aguda é o homem que levanta falso testemunho contra seu próximo.” Provérbios 25:18.
Você me conhece? Não? Acha que sim? Pois bem, vamos lá:
Nome: Leonardo Rocha Pena
Data de Nascimento: 04/02/1974 (35 anos)
Brasileiro, natural de Belo Horizonte.
Portador de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Não sabe o que é TDAH? Tenho o maior prazer em lhe explicar. Senão, a internet tem muito a respeito do tema.
Ocupação: Contador. (Estudante do sétimo período de ciências contábeis na PUC MINAS).
Ocupação: Gerente de Departamento Fiscal – Supermercados BH (Desde 2005). Trabalho para o Supermercado desde 2002.
Faculdades cursadas: Direito FUMEC e Direito PUC, Engenharia Metalúrgica na UFMG, Ciências Contábeis PUC.
Vestibulares que passei: Engenharia Mecatrônica, Engenharia Metalúrgica, Administração, Odontologia, Direito (3x), Gastronomia, Ciências Contábeis.
Como bom portador de TDAH que sou, entrei em várias faculdades, mas não tive a motivação e o ânimo suficientes para levá-las adiante.
Q.I.: (quociente de inteligência): 136
Q.E. (quociente emocional): não tão “alto” assim. Uma questão de emoções!!!
Pai de uma filha linda de 3 anos (Isabella)
Hobby: Cozinhar, escrever.
Esportes: Tênis (verdadeira paixão) e xadrez (pra mim é esporte).
Introvertido, tímido, sincero, hiperativo e desatento. Ampla facilidade em lidar com números e com palavras. Atenção dispersa e abrangente, extrema dificuldade com relacionamentos humanos (tanto que tenho poucos). Nada invejoso, nem egoísta. Gosto com facilidade (desde que esse gostar seja merecido), emotivo, impulsivo, ansioso, desorganizado...
Bom, já falei um tanto bom acerca do meu eu. Agora, quer falar de mim? Tanto faz.
Voltando rapidinho no texto que escrevi, o que mais me entristeceu na história não foi a atitude da mulher que caluniou o pastor, mas sim o fato de todos que o admiravam e respeitavam terem acreditado na história dela e terem julgado aquele homem, como se nunca o tivessem conhecido. Isso sim fez a diferença.
Um abraço a todos.
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