Nesse Natal fui presenteado com um livro que há algum tempo estava querendo. “Mentes Inquietas – TDAH: Desatenção, Hiperatividade e Impulsividade”, escrito por Ana Beatriz Barbosa (médica psiquiatra). Esse é um livro que traz uma luz diferenciada sobre o assunto. Estou gostando tanto que vou compartilhar algumas partes dele aqui no Blog. Na verdade, como sempre, serão comentários sobre o assunto, pincelados por partes do livro.
“No entanto, o que se vê, na maioria absoluta dos TDAs, é que, em sua essência, eles têm um profundo amor à vida” (página 25 do livro – vocês não me verão aqui fazendo referências tal como se fosse uma dissertação de mestrado – sinto muito).
Conforme a autora, apesar de manifestar a sua impulsividade de diversas formas, dentre elas: agressividade, descontrole alimentar, uso de drogas, gastos demasiados, compulsão por jogos, tagarelice incontrolável, é totalmente possível e positivo o portador do TDAH direcionar seus impulsos para coisas positivas, tais como esportes e artes. E essa é uma questão às vezes de vida ou morte.
É característica do “TDAH” gastar seu tempo em busca de emoções. Essas podem ser as mais diversas possíveis. Eu mesmo gosto de adrenalina. Quem me conhece sabe bem. Quando mais novo, era totalmente viciado em jogos eletrônicos e na prática esportiva. Já fiquei 24 horas ligado na frente de um computador, por conta de jogos. Nas Olimpíadas colegiais, queria participar de todas as modalidades... Hoje, nem ouso chegar perto de um Playstation, ou XBOX que seja. Prefiro resistir às tentações. Até me lesionar no ombro, o tênis era minha redenção. Aos poucos estou retornando. Emagrecer me fez um bem enorme!
Bom, tudo para nós é intenso. Projetos, amores, aventuras. A autora do livro ressalta bem que não procuramos a morte, mas ao querer viver ao máximo, podemos chegar bem perto dela! A quem nos conhece cabe ratificar a expressão de que “para nós, tudo é MUITO”. “Muita dor, muita alegria, muito prazer, muita fé, muito desespero” (página 26).
Bom saber que, se estamos bem direcionados (tal como me sinto hoje), é possível viver de uma forma maravilhosa.
E, mais uma vez pegando carona na autora do livro (que por sua vez pegou carona em Guilherme Arantes):
“... Eu vivo sempre no mundo da lua
Tenho alma de artista sou um gênio
sonhador e romântico
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou um aventureiro
desde o meu primeiro passo
no infinito
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou inteligente
se você quer vir com a gente
venha que será um barato
Pega carona nesta cauda de cometa
ver via láctea
estrada tão bonita
Brincar de esconde-esconde
numa nebulosa
voltar pra casa
em um lindo balão azul...”
Guilherme Arantes – Lindo Balão Azul.
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