terça-feira, 29 de dezembro de 2009

De volta ao TDAH.

Nesse Natal fui presenteado com um livro que há algum tempo estava querendo. “Mentes Inquietas – TDAH: Desatenção, Hiperatividade e Impulsividade”, escrito por Ana Beatriz Barbosa (médica psiquiatra). Esse é um livro que traz uma luz diferenciada sobre o assunto. Estou gostando tanto que vou compartilhar algumas partes dele aqui no Blog. Na verdade, como sempre, serão comentários sobre o assunto, pincelados por partes do livro.

“No entanto, o que se vê, na maioria absoluta dos TDAs, é que, em sua essência, eles têm um profundo amor à vida” (página 25 do livro – vocês não me verão aqui fazendo referências tal como se fosse uma dissertação de mestrado – sinto muito).

Conforme a autora, apesar de manifestar a sua impulsividade de diversas formas, dentre elas: agressividade, descontrole alimentar, uso de drogas, gastos demasiados, compulsão por jogos, tagarelice incontrolável, é totalmente possível e positivo o portador do TDAH direcionar seus impulsos para coisas positivas, tais como esportes e artes. E essa é uma questão às vezes de vida ou morte.

É característica do “TDAH” gastar seu tempo em busca de emoções. Essas podem ser as mais diversas possíveis. Eu mesmo gosto de adrenalina. Quem me conhece sabe bem. Quando mais novo, era totalmente viciado em jogos eletrônicos e na prática esportiva. Já fiquei 24 horas ligado na frente de um computador, por conta de jogos. Nas Olimpíadas colegiais, queria participar de todas as modalidades... Hoje, nem ouso chegar perto de um Playstation, ou XBOX que seja. Prefiro resistir às tentações. Até me lesionar no ombro, o tênis era minha redenção. Aos poucos estou retornando. Emagrecer me fez um bem enorme!

Bom, tudo para nós é intenso. Projetos, amores, aventuras. A autora do livro ressalta bem que não procuramos a morte, mas ao querer viver ao máximo, podemos chegar bem perto dela! A quem nos conhece cabe ratificar a expressão de que “para nós, tudo é MUITO”. “Muita dor, muita alegria, muito prazer, muita fé, muito desespero” (página 26).

Bom saber que, se estamos bem direcionados (tal como me sinto hoje), é possível viver de uma forma maravilhosa.

E, mais uma vez pegando carona na autora do livro (que por sua vez pegou carona em Guilherme Arantes):

“... Eu vivo sempre no mundo da lua

Tenho alma de artista sou um gênio

sonhador e romântico

Eu vivo sempre no mundo da lua

Porque sou um aventureiro

desde o meu primeiro passo

no infinito

Eu vivo sempre no mundo da lua

Porque sou inteligente

se você quer vir com a gente

venha que será um barato

Pega carona nesta cauda de cometa

ver via láctea

estrada tão bonita

Brincar de esconde-esconde

numa nebulosa

voltar pra casa

em um lindo balão azul...”

Guilherme Arantes – Lindo Balão Azul.


Ps.: Não confundam o TDAH com genialidade ou inteligência. Esses são apenas alguns traços que foram identificados em alguns portadores do transtorno... a música é mais para dizer que vivemos NO MUNDO DA LUA, e que se você quiser vir com a gente, venha que será um barato!
Um abraço a todos.

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