sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Por que não te calas?

Essa foi uma frase célebre dita pelo rei Juan Carlos da Espanha diante de palavras ditas pelo Presidente da Venezuela Hugo Chaves. Agora qual foi o motivo para mandar alguém mandar o outro se calar? Bom, no caso específico, Chaves acabara de chamar o de “fascista” o ex-premier Espanhol, Juan Maria Aznar.

Na essência, acredito que as palavras tenham sido motivadas por alguém que não tem as chamadas “papas na língua”. E ainda mais nesse caso em que um tinha a nítida vontade de falar o que quer e esperava que os outros se calassem diante de suas palavras.

Bom, a “introdução” acima teve o intuito de fazer uma autocrítica. Talvez por ser eu uma pessoa impulsiva e que vive a dizer o que pensa, sem ponderar as possíveis conseqüências de minhas palavras. É claro que não ando a chamar ninguém de fascista, mas certamente já falei muita coisa que leva alguém a se ofender.

Não quero entrar no mérito dos sentimentos, até mesmo pelo fato de já ter me expressado a respeito e, naturalmente, ter ofendido mais um ser humano. Tenho o velho hábito, adquirido de um grande amigo, de dizer que muitas vezes usamos em nossas vidas justificativas que poderiam muito bem passar como sendo reais. Todavia costumo chamá-las de boas desculpas. Algo do tipo: “Ah, essa foi uma boa desculpa, mas qual é mesmo a verdadeira razão em seu coração?” Tais questionamentos levam os demais a querer me dizer: “Por que não te calas?”, tal como o rei da Espanha.

Fico a pensar se devemos nós refletir apenas acerca do nosso próprio umbigo. Será mesmo que essa é a realidade e o compromisso que devemos ter com as pessoas com as quais nos importamos? Não sei. Hora de parar e pensar. Quem sabe não chego à conclusão de que melhor é ficar calado mesmo?

Ou melhor: Por que não me calo?


Um abraço a todos.

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