Essa foi uma frase célebre dita pelo rei Juan Carlos da Espanha diante de palavras ditas pelo Presidente da Venezuela Hugo Chaves. Agora qual foi o motivo para mandar alguém mandar o outro se calar? Bom, no caso específico, Chaves acabara de chamar o de “fascista” o ex-premier Espanhol, Juan Maria Aznar.
Na essência, acredito que as palavras tenham sido motivadas por alguém que não tem as chamadas “papas na língua”. E ainda mais nesse caso em que um tinha a nítida vontade de falar o que quer e esperava que os outros se calassem diante de suas palavras.
Bom, a “introdução” acima teve o intuito de fazer uma autocrítica. Talvez por ser eu uma pessoa impulsiva e que vive a dizer o que pensa, sem ponderar as possíveis conseqüências de minhas palavras. É claro que não ando a chamar ninguém de fascista, mas certamente já falei muita coisa que leva alguém a se ofender.
Não quero entrar no mérito dos sentimentos, até mesmo pelo fato de já ter me expressado a respeito e, naturalmente, ter ofendido mais um ser humano. Tenho o velho hábito, adquirido de um grande amigo, de dizer que muitas vezes usamos em nossas vidas justificativas que poderiam muito bem passar como sendo reais. Todavia costumo chamá-las de boas desculpas. Algo do tipo: “Ah, essa foi uma boa desculpa, mas qual é mesmo a verdadeira razão em seu coração?” Tais questionamentos levam os demais a querer me dizer: “Por que não te calas?”, tal como o rei da Espanha.
Fico a pensar se devemos nós refletir apenas acerca do nosso próprio umbigo. Será mesmo que essa é a realidade e o compromisso que devemos ter com as pessoas com as quais nos importamos? Não sei. Hora de parar e pensar. Quem sabe não chego à conclusão de que melhor é ficar calado mesmo?
Ou melhor: Por que não me calo?
Um abraço a todos.
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