Ontem à noite passei longas horas, como sempre, aguardando o sono chegar. Cada dia com sua razão, sendo que ontem eu estava acometido de uma tremenda irritação em meu rosto. Foram horas fazendo compressa com água fria para diminuir a sensação terrível que estava com ela. Enquanto o tempo passava, me detive em frente ao televisor para assistir o filme “À Procura da Felicidade”. Confesso que apesar de antigo, não tinha visto o filme em questão. Azar o meu. Após seu término, foram mais algumas horas meditando sobre sua mensagem.
Domingo pela manhã, depois de anos sem entrar na Igreja, assisti a um culto na IBC. O pregador, Pastor Magid, trouxe uma palavra tremenda acerca de “perder para ganhar”. Algo que deveria ser presente na vida de qualquer pessoa, independente de ser cristão ou não. Esse é um dos grandes segredos na vida. Abrir mão do seu eu, em prol do próximo. Perder a sua vida para ganhá-la.
Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo e se causa a sua própria ruína? - Lucas 9, 23-26
Tantas são as possíveis interpretações para o sentido do filme em si. Todavia a minha se deu na percepção de um pai que diante de todas as dificuldades da vida, procura fazer o seu melhor em prol de seu filho. Ele tem no seu filho a coisa mais preciosa de sua vida e para tanto faz de tudo para tomar conta de Chistopher (filho). Talvez tenha sido o caso de perder para ganhar. O protagonista da trama perde tudo, menos a esperança de ser feliz ao lado de seu filho um dia. Foi necessário perder tudo para enxergar o verdadeiro valor em sua vida.
Muitos se emocionam com o filme, mas verdadeiramente por se imaginar na situação passada por Gardner. Quem de nós supõe agüentar todas as provações passadas por ele enquanto busca uma solução para sua vida? Poucos. Todavia na maioria dos casos a verdadeira felicidade só será encontrada quando tivermos passado por provações suficientes para nos mostrar que nossos esforços de nada são válidos se não temos um propósito verdadeiramente importante em nossas vidas. No caso do filme, o filho era a grande motivação do protagonista. No caso dos cristãos, Cristo os exorta a sacrificar a própria vida por amor a Ele. Vejam que em nada adianta se o foco for a nossa pessoa. Em nada adianta se nos basearmos no egoísmo. Se assim o for, dificilmente alguém alcançará a verdadeira felicidade. O próprio versículo no qual Cristo fala sobre perder para se ganhar, Ele cita que de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se por conta disso causa a sua própria ruína (em algumas versões diz: perder a sua alma). Deus nos diz: bem aventurado é aquele que suporta a provação, pois depois de ter passado na prova, receberá o prêmio que o Senhor tem para aqueles que o amam.
Mesmo que você não seja cristão, acredito que o princípio serve para todos. Ter um objetivo maior, que não seja o próprio eu, traz melhores resultados quando buscamos a verdadeira felicidade. Quando abrimos mão do nosso eu, em função do próximo.
Experimente!
Um abraço a todos.
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