segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O que é felicidade?

São muitos os significados e definições pessoais para a palavra "felicidade." Sorrir, sentir-se amado, sentir a brisa do mar, sentir-se como criança, ganhar na “megasena”, ter amigos, ser um amigo, superar barreiras, ter uma família, viver.

Felicidade é...

Não tenho a melhor definição para felicidade. Em cada momento de nossas vidas, um fato, um acontecimento, uma realização, se tornam o melhor exemplo do que é felicidade. Entretanto, na maioria das vezes, podemos nos recordar de momentos em que éramos crianças, e tínhamos a felicidade em nossas mãos. Não sei se é pelo fato da vida nos cobrar tão pouco quando somos pequenos, de sermos tão inocentes nessa fase da vida, ou se é tão somente por não sabermos e nem procurarmos o significado de felicidade.

A pouco menos de três anos meu conceito de felicidade sofreu um ajuste. Quando do nascimento da Isabella acredito que me tornei uma pessoa mais feliz. Minha pequena trouxe mais sentido à minha vida. Encontrei nela muito daquilo que andava procurando há tempos: uma parte de mim.

Minha mãe cansa de me dizer que enxerga muito do pequeno Leo na Isabella. Nesse Natal ela me disse que se sentia na obrigação de auxiliar-me na educação de minha filha, por ver nela muito do que viu em mim há tempos atrás. Dona Neide se sente um tanto quanto culpada por não ter conhecimento acerca do TDAH quando eu era criança. Ela se cobra muito por não ter me auxiliado a superar dificuldades que um "TDAH" tem, e utilizado todo o potencial que via em mim. Em contrapartida, não me canso também de dizer a ela que tudo bem. Sem problemas. A vida é assim mesmo. Não foi culpa dela, nem de ninguém. Eu mesmo digo que passei a me conhecer melhor há pouco tempo. Isabella estava a caminho. Eu precisava estar preparado para o que poderia encontrar nela. Agradeço a Deus todos os dias por ter tido esse “tempo” extra para me conhecer e aceitar que tive dificuldades e que era hora de superar alguns traumas. Minha filhinha precisa de mim. Precisa de um pai estável e com capacidade de auxiliá-la em tudo que precisar. De deixá-la livre para usar toda a sua capacidade intelectual (que vejo ser, provavelmente, até maior que a do seu pai). Hoje não me foco tanto mais em mim. Procuro me entender para compreender minha filha. Esse é meu maior desafio nos dias de hoje. É gratificante ver uma criança de três anos com um vocabulário tão extenso, que utiliza tão bem o plural das palavras, que faz uso tão bem do português ao se comunicar. Vocês iriam se surpreender se a vissem fazendo as concordâncias verbais que faz (eu pelo menos me surpreendo). Sei que todo pai é coruja mesmo, puxa a chamada “sardinha” para seu filho. Agora mesmo a escuto dizendo: “posso colar o adesivo no meu berço? Não? E aqui em cima, pode?... Mas ele não quer colar. Olha aqui! Ele não quer colar!” (estou transcrevendo exatamente o que ouço, nesse exato momento). E ela completa: “...Eu não consigo colar... Papai, me ajuda?”. Claro! (Volto daqui a pouco...).

Se falarmos da maneira correta com ela, é isso que ela irá aprender (e com uma rapidez enorme). Lá vamos nós: “papai, porque você não comprou um peixinho? Porque não tem um peixinho aqui dentro? (referindo-se a um aquário que ela tem). É assim o dia todo. E não me canso de conversar com ela.

Bom, essa conversa toda foi apenas para lhes dizer que hoje, em grande parte, minha felicidade está na Isabella. Encontrei nela um sentido mais amplo para a Felicidade. Sei que temos outras coisas que nos faltam. Algumas delas somos capazes de compartilhar com todos. Outras nem tanto. Eu mesmo necessito de algumas para completar minha felicidade, porém estas são compartilhadas com quem de direito. Mas quem não tem?

E você, o que lhe faz feliz?

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