Relatarei agora mais uma das passagens do livro que me chamou a atenção. Em uma determinada passagem (página 150) o autor atribui um diálogo ao Dr. Breuer e ao Professor Nietzsche no qual a questão principal é a motivação.
Ao ser questionado acerca de sua motivação no tratamento de Nietzsche, Dr. Breur apenas diz que cada um pratica a sua profissão. Tal como um cozinheiro em sua cozinha, um contabilista em seu escritório, uma costureira sentada em sua máquina de costura.
A resposta veio através de um simples: “isso não é motivação, isso é um hábito”. Exatamente. No nosso dia a dia estamos tão somente envolvidos com nossos hábitos. Mas o que nos motiva?
Onde está nossa consciência nessa questão? Quais são os nossos interesses quando estamos trabalhando, nos relacionando? As nossas escolhas são movidas pelo quê?
Será que em algum momento da vida fazemos alguma coisa que não seja baseada tão somente em nosso eu? Será que agimos de forma altruísta com alguém? Não sei. As motivações humanas me parecem bem distantes disso.
Uma vez escutei uma pregação do Pastor Ivênio na qual ele alegava que nós não amamos nossa cara metade. Isso mesmo. Segundo ele o sentimento que temos não é amor pelo próximo, pelo cônjuge, mas apenas por nós mesmos. Segundo Nietzsche, satisfação com as “sensações agradáveis que tal amor produz em você” (pág. 151).
Isso é frustrante para pensarmos. Mas talvez seja verdade.
Um abraço a todos.
Contabilizando as memórias de um portador de TDAH (Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade). Contabilizando os problemas do dia a dia. Contabilizando os lançamentos contábeis (risos). Contabilizando os erros cometidos. Contabilizando o dia a dia. Enfim, contabilizando...
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Voltando a Nietzsche.
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