Nem sempre sei se estou sendo honesto quando adentro em meu ambiente de trabalho. Explico: Se ao passar meus dias dentro da empresa em que trabalho eu não cobro das pessoas os resultados esperados, o empenho esperado ou, se por um acaso eu não confio naqueles que estão ao meu lado, simplesmente estou enganando aqueles que pagam meu salário. Parece forte demais? Pois não é.
Ninguém se beneficia quando eu falho em minhas obrigações. Num primeiro momento pode até parecer que sim, mas efetivamente não há quem lucre com isso. Primeiramente aqueles que estão diretamente relacionados a mim saem perdendo por não se tornarem profissionais mais competentes. Exatamente. De que adianta passar um, dois, três anos em uma empresa e sair de lá sabendo o mesmo tanto que sabia quando você entrou? A empresa então, nem se fala. Ela em nada ganha com minha displicência. Ah, já sei! Quem ganha é a concorrência? Ela pode sim se beneficiar dessa situação, afinal de contas do lado de cá estaríamos andando igual caranguejo. Mas quem mais se beneficia da minha falta de zelo sou eu mesmo. Ganho ao evitar alguns problemas e também ao evitar contestação.
Assim sendo, meu empenho tem sido na direção contrária. Não quero ser responsabilizado por nenhuma situação quando deixar de prestar meus serviços à empresa para a qual trabalho nem tampouco ser criticado por aqueles que trabalham comigo. Não sou nem quero ser insubstituível. Sei das minhas limitações, principalmente daquelas decorrentes do meu transtorno (TDAH). Convivo com a realidade de ser desatento, “desfocado”, desorganizado. Mas não posso deixar de ser culpado por minhas ações.
Não há nenhum favor quando não pressionamos as pessoas que trabalham conosco a darem o melhor de si. Seríamos egoístas se não os incentivássemos a serem o melhor possível.
Sempre digo para alguns dos meus colaboradores que toda vez que meu setor recebe uma crítica da diretoria da empresa essa crítica é diretamente para mim. Sou eu o responsável pelo baixo desempenho. São as minhas atitudes que não foram suficientes para evitar que aquele problema acontecesse.
Portanto não só para mim como para todos serve essa mensagem: Não podemos fracassar em fazer a coisa certa. Precisamos e devemos ser mais disciplinados, pois para isso é que fomos contratados.
Um abraço a todos.
Contabilizando as memórias de um portador de TDAH (Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade). Contabilizando os problemas do dia a dia. Contabilizando os lançamentos contábeis (risos). Contabilizando os erros cometidos. Contabilizando o dia a dia. Enfim, contabilizando...
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Você está fazendo a sua parte?
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