Cá estamos nós, de volta ao TDAH. (o “Cá” foi em homenagem à Papaty – que trabalha comigo).
Em seu livro “Mentes Inquietas”, Ana Beatriz Barbosa e Silva trata do assunto: “TDAH e a Vida Afetiva”. Esse é um tema interessante para se falar um pouco a respeito. A autora cita, ao começo do capítulo, um trecho da música “Exagerado”, de Cazuza. O pedacinho citado diz: “Paixão cruel, desenfreada, te trago mil rosas roubadas, pra desculpar minhas mentiras, minhas mancadas”.
Bom, concordo quando a autora cita também Carlos Drummond de Andrade e diz que amar se aprende amando. Conviver com um portador de TDAH é bem por aí. Claro que muitos vão se identificar com essa frase, mas no nosso caso, necessitamos de um pouco mais de “talento” da parte de quem se relaciona conosco.
Calma, não estou querendo assustar ninguém (risos). Estou apenas lembrando, ou comentando, que acima de tudo, somos: desatentos, impulsivos e hiperativos. Estamos constantemente dentro da montanha russa citada pela autora.
Falo com conhecimento de causa. Conviver com um portador de TDAH, sabendo-se levar, pode ser uma aventura maravilhosa. Somos amorosos, românticos, apaixonados, intensos. Todavia permeados pela tríade citada mais acima.
O que quero dizer com isso (estou mesmo querendo dizer algo?) é que, sabendo-se levar o relacionamento, a aventura pode ser das melhores. Não que eu queira, imitando uma propaganda de cerveja, dizer: “experimenta, experimenta, experimenta”. Entretanto, tal como era encontrado tempos atrás, você pode se deparar com um “romântico das antigas”, e viver uma relação permeada de surpresas (boas, imagino).
O TDAH se apaixona, ama, sonha. É capaz de dedicar horas do dia pensando na pessoa amada e em como será (ou é) perfeito o relacionamento. Talvez você receba flores e mais flores, poemas, lembranças, bilhetes, bombons, chocolates, etc, etc, etc. Somos assim!!!!
Fiquei impressionado ao ler as passagens do livro (Mentes Inquietas). Nunca vi identificar tanto com palavras escritas por alguém que não me conhece...
Mas e os problemas da relação? Eles não existem? Estão descartados da convivência amorosa do TDAH? Claro que não. Impossível, imagino eu. Porém existem muitas dicas preciosas para essa convivência (e essas dicas, como sempre digo, valem para qualquer relacionamento). Por hora, vou me deter apenas numa questão básica. Você já tem alguém extremamente apaixonado, romântico, andando “a mil por hora” no relacionamento. Então, creio eu, basta fazer uma “forcinha” apenas, para que o relacionamento consiga se tornar duradouro e com crescimento constante.
Não sei ao certo (ainda estou aprendendo comigo mesmo e com as leituras que faço), o que acontece quando a coisa não vai bem, quando a chama se apaga. Mas vale o conselho que dou para qualquer pessoa: não deixe a chama apagar. Esse é o segredo dos relacionamentos. Mantenha o fogo aceso, com “combustível” suficiente para manter a relação aquecida.
O texto lá vai ficando grande. Então vou dividi-lo. Amanhã volto a falar um pouco mais sobre os caminhos e as dicas de relacionamento para se conviver com um TDAH. Na verdade as dicas são mais da Ana Beatriz Barbosa e Silva (um anjo, pelo que escreveu e pela revolução que trouxe em minha vida). Aqui no Blog, vou apenas pincelando, ao meu modo, o que ela diz, associando à minha vida.
Um abraço a todos.
3 comentários:
então,mas como não esfriar?olha só o meu caso e por favor tente me ajudar.
Tenho um relacionamento com uma pessoa faz algum tempo,mas agora me apaixonei por um DDA,somos de outra cidade,mas nos falamos no tel e msn todos os dias e o dia todo,ele falava que nunca tinha acontecido isso,que nunca tinha conversado com ninguem mais que 1 semana e com a gente estava durando 5 meses,que não conseguia ficar um dia sem falar comigo, ficavamos o dia todo juntos (msn e tel claro)quando nos conhecemos foi perfeito,ele implorava para eu não ir embora que estava completamente apaixonado,teve algumas crises de ciumes algumas vezes por saber que eu tinha um relacionamento(mas sabia que era questão de tempo para eu ser só dele,envolvia outras coisas),mas no dia seguinte do sonho, ele não quis mais falar comigo como antes,fala que nunca vai me esquecer,que sou especial pra ele que me ama mas não sabe o que acontece,ja li muito sobre o assunto,sempre me atualizei pra entender e ajudar,sempre tive paciencia quando ele precisava do tempo dele (ele falava que eu o entendia demais),mas agora não sei o que faço,qual a melhor atitude a tomar?ele fala que não tem motivo nenhum,agora não sei porq, se ele esfriou ou esta evitando algo(fala que não é nada),tento não pressionar,mas já faz uma semana que não nos falamos.Por favor me ajudem a pelo menos tentar entender, obrigada!
Cara "anônima",
compartilho o seu sofrimento e sei bem como são essas situações. Peço a gentileza de me dar até amanhã para fazer uma nova postagem na qual colocarei dicas práticas que você poderá usar claramente em seu relacionamento.
Um abraço.
muito obrigada Irpena,nem sei como agradecer,aguardo sim claro,beijos
Postar um comentário