terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Antes de partir...

A vinda para o trabalho gasta em torno de 20 minutos pela manhã bem cedinho (algo por volta das 05:30hs. ou algo parecido). Nesse tempo tenho o costume de conversar com Deus. Muitas vezes me pego divagando e fugindo da conversa. Mas não no dia de hoje.

Estava arrazoando com Deus acerca de determinadas coisas da vida. Eventos que acontecem ao nosso redor e que muitas vezes não trazem consigo, o devido entendimento.

Deus colocou dois textos em meu coração e compartilho com os amigos nesse momento. Falei que a postagem de ontem era a última. Mas não partirei sem antes deixar essa mensagem:

Em 1 Reis, capítulo 3, nos versículos de 15 a 27, temos uma história interessante. Deixo-a abaixo para reflexão:

15. E acordou Salomão, e eis que era sonho. E indo a Jerusalém, pôs-se perante a arca da aliança do SENHOR, e sacrificou holocausto, e preparou sacrifícios pacíficos, e fez um banquete a todos os seus servos.

16 Então vieram duas mulheres prostitutas ao rei, e se puseram perante ele.

17 E disse-lhe uma das mulheres: Ah! Senhor meu, eu e esta mulher moramos numa casa; e tive um filho, estando com ela naquela casa.

18 E sucedeu que, ao terceiro dia, depois do meu parto, teve um filho também esta mulher; estávamos juntas; nenhum estranho estava conosco na casa; somente nós duas naquela casa.

19 E de noite morreu o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele.

20 E levantou-se à meia noite, e tirou o meu filho do meu lado, enquanto dormia a tua serva, e o deitou no seu seio; e a seu filho morto deitou no meu seio.

21 E, levantando-me eu pela manhã, para dar de mamar a meu filho, eis que estava morto; mas, atentando pela manhã para ele, eis que não era meu filho, que eu havia tido. 22 Então disse à outra mulher: Não, mas o vivo é meu filho, e teu filho o morto. Porém esta disse: Não, por certo, o morto é teu filho, e meu filho o vivo. Assim falaram perante o rei.

23 Então disse o rei: Esta diz: Este que vive é meu filho, e teu filho o morto; e esta outra diz: Não, por certo, o morto é teu filho e meu filho o vivo.

24 Disse mais o rei: Trazei-me uma espada. E trouxeram uma espada diante do rei.

25 E disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo; e dai metade a uma, e metade a outra.

26 Mas a mulher, cujo filho era o vivo, falou ao rei (porque as suas entranhas se lhe enterneceram por seu filho), e disse: Ah! senhor meu, dai-lhe o menino vivo, e de modo nenhum o mateis. Porém a outra dizia: Nem teu nem meu seja; dividi-o.

27 Então respondeu o rei, e disse: Dai a esta o menino vivo, e de maneira nenhuma o mateis, porque esta é sua mãe.

Outra passagem que me salta aos olhos está em Gênesis, capítulo 22, versículos 1 ao 16.

1 E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

2 E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi. 3 Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.

4 Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe.

5 E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós.

6 E tomou Abraão a lenha do holocausto, e pô-la sobre Isaque seu filho; e ele tomou o fogo e o cutelo na sua mão, e foram ambos juntos.

7 Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? 8 E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos.

9 E chegaram ao lugar que Deus lhe dissera, e edificou Abraão ali um altar e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha. 10 E estendeu Abraão a sua mão, e tomou o cutelo para imolar o seu filho;

11 Mas o anjo do SENHOR lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

12 Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho.

13 Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho.

14 E chamou Abraão o nome daquele lugar: O SENHOR PROVERA; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá.

15 Então o anjo do SENHOR bradou a Abraão pela segunda vez desde os céus. 16 E disse: Por mim mesmo jurei, diz o SENHOR: Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho...

Os textos são um pouco extensos, mas vale a pena suas leituras.

Existem determinadas situações na vida em que não entendemos o propósito de Deus. Ele nos coloca diante de eventos dos quais gostaríamos de estar longe. Mas Ele nos garante que a provação da nossa fé produzirá perseverança em nossas vidas (Tiago, capítulo 1). Portanto, exposto estão, dois textos que falam acerca do que Deus nos pede como prova de nosso amor, quer seja por Ele, quer seja pelo próximo. Na primeira passagem, Salomão, diante da briga entre as duas mulheres, prova-as mediante o sacrifício da criança disputada pelas duas. Somente aquela que verdadeiramente era a mãe da criança, e que a amava incondicionalmente, estava disposta a abrir mão do filho.

No segundo texto, Abraão, mesmo sem entender o propósito de Deus, aceita a ordem dEle, de sacrificar o próprio filho, que acabara de lhe ser dado pelo mesmo Deus que agora lhe requeria o sacrifício. Por amor a Deus, e ciente da sua onipotência e sabedoria, não se negou a atender aquele desígnio. Foi ao encontro de Deus para diante dEle, sacrificar o seu único filho.

Os textos são provas incontestáveis de amor ao próximo e à Deus. Pensei muito nisso, e também em situações que tenho visto no meu dia a dia.

Não leve sofrimento à outra pessoa por causa de uma disputa de amor. Vale a pena sacrificar a pessoa amada em prol do próprio orgulho? Da vontade expressa de estar ao lado dela? Hoje entendi que não. Melhor vê-la viver a morrer por causa disso. E diante de Deus, vale qualquer sacrifício, mesmo que Ele esteja nos pedindo aquilo que temos por mais precioso em nossas vidas.

Hoje Deus me trouxe discernimento, compreensão acerca de coisas que turvavam meu coração.

Hoje aprendi o significado da expressão: “você está livre para ir...” – tal como no perdão, onde deixamos a pessoa livre para fazer novamente conosco aquilo que foi digno do nosso perdão.

E assim entendi, e espero que esse entendimento seja duradouro, que é preciso perder, para ganhar.

Um abraço a todos.

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