terça-feira, 14 de agosto de 2007

Dia dos Pais.

Como havia prometido semana passada, falarei aqui sobre a minha experiência vivida nesse 12 de agosto de 2007. Meu 1º Dia dos Pais.

A palavra “pai” originalmente veio do latim pater. Seu significado: toda pessoa que dava origem a outro ser. Mas ser pai de verdade não é simplesmente colher os frutos dos momentos de prazer. Ser pai é saber o quanto o fruto, seu filho, ainda precisa amadurecer. É saber ajudar a criança a se levantar quando ela está caída. Um pai deve perceber quando seu filho está necessitado, quer de carinho, quer compreensão, ou até mesmo de coisas físicas. O verdadeiro pai é aquele que mostra a seu filho que as experiências da vida lhe trazem lições valiosas. É aquele que serve de modelo de conduta para seu pequenino.

Neste último domingo obtive a experiência mais gratificante de minha vida. Foi um dia repleto de emoções por estar ao lado da minha pequena Isabella. Como um bom pai que quero ser, procurei desde cedo participar das atividades de minha filha. Foi o primeiro banho que dei nela sozinho (supervisionado). Alegria plena. Cada sorriso, um galardão no Céu. Mais tarde procurei trocar a fralda (não me importei com o cheiro), dentre outras coisas.

Decidimos que iríamos almoçar fora. O restaurante, como de preferência, Japonês. Algumas pessoas que convivem comigo sabem do meu hábito de permanecer em restaurantes apenas o tempo necessário à alimentação. Não foi o que ocorreu domingo. Fiz questão de passar umas boas horas na companhia da minha “filhota”. Pude compartilhar diversos momentos de alegria. Desde fazê-la dormir (embalada por uma mamadeira), até pequenos sorrisos dados, para alguma palhaçada que fazia para ela. Também não foram poucas as gargalhadas. Agradeço a Deus pelo humor da Isabella não ser semelhante ao meu. Ela tem se demonstrado bastante sorridente para as pessoas que estão ao seu redor, bem diferente do pai.

Vários foram os momentos que me vi com lágrimas nos olhos. Os presentes? Nada que importasse tanto quanto a presença daquela criança. Todavia ganhei duas canecas de café feitas com desenhos e fotos (uma minha com ela no colo e outra com a foto dela que mais gosto). Simplesmente maravilhoso. Todas as vezes que vou tomar café, ou até mesmo água, me deparo com a foto da minha princesa. Belo presente. Lucila acertou na mosca. Muito obrigado pela surpresa.

O dia foi se passando, mas os momentos de alegria não foram menores. Quero poder ajudar minha filha a fazer o seu melhor de acordo com os conhecimentos que ela for adquirindo. Quero ser amigo presente, pai amoroso e atento às suas necessidades. Quero sempre me encontrar de joelhos pedindo a Deus que abençoe e ilumine os caminhos dessa criança maravilhosa. Que o Senhor possa sempre colocar em meus lábios conselhos sábios a serem repassados a essa criança.

“Ouvi, filhos, a instrução do pai; estai atentos para conhecerdes a prudência. Dou-vos boa doutrina, portanto não deixeis o meu ensino. Quando eu era pequeno na casa de meu pai, tenro e filho único de minha mãe, ele me ensinava, e me dizia: Retenha as minhas palavras de todo o seu coração; guarda os meus mandamentos, e vive. Adquire a sabedoria, adquire a compreensão; não te esqueças das palavras da minha boca, nem delas se apartes.” Pv 4:1-5.


O fato triste do final de semana ficou por conta do meu pai. Não sei se já relatei isso aqui anteriormente, mas sempre enxerguei em meu pai uma predileção maior pelo meu irmão. Não sei se por ele ser o filho primogênito, ou quem sabe por ser o filho bem sucedido. A verdade é que mais uma decepção tomou conta de mim. De antemão havia convidado meu pai a passar o dia dos pais comigo e minha família. Já tinha reservado o restaurante e aguardava apenas o domingo para sairmos. Acontece, que no sábado a noite, meu irmão chamou meu pai para almoçar juntamente com ele. Como era de se esperar ele não recusou o convite falando apenas comigo que “filaria a bóia” na casa do meu irmão e que mais tarde estaria em casa...

Mesmo decepcionado não me furtei a levar a Isabella, à tarde, para passar alguns momentos com o avô. Espero que meu pai perceba, um dia, que existe um filho que o ama e que espera ser reconhecido nisso. Minha intenção ao escrever o Blog foi de colocar no título "Dia do Pai", pois foi um dia meu com minha filha e não pude desfrutá-lo, como gostaria, com meu pai. Mas achei que ficaria forte demais...

Um abraço a todos.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Caçador de Pipas? Sei...

Resolvi tomar emprestado o título do livro “Caçador de Pipas”. Ainda não tive a oportunidade de lê-lo, mas o mesmo já está na minha lista de livros a serem lidos. Talvez o próximo. O que conto a seguir não tem a ver a história dele, todavia tem a ver com minha.

Já contei a vocês diversos episódios que aconteceram enquanto eu ficava na casa de meus avós. Sendo assim, resolvi contar mais um. Esse diz respeito a uma das paixões que tinha quando criança e que perdura até hoje; Pipas (papagaios). Eu sempre fui apaixonado por vê-los voando “livres”. Talvez por ter o desejo de ser um deles.

Quando era criança o bairro Santa Inês vivia abarrotado de crianças e adolescentes soltando pipas pelas ruas a fora. Não era raro encontrar também algum adulto. Como já expliquei em postagem anterior, meus pais tinham uma situação mais simples nessa época e, por isso, eu costumava me virar correndo pelas ruas atrás de alguma pipa que alguém tivesse “mandado”. Não sei se essa expressão ainda é utilizada nos dias de hoje, mas “mandar” significava que alguém tinha cruzado a sua pipa com a de alguém e, assim, cortado a linha do oponente.

Era uma correria minha pelo bairro. Sempre acompanhando o movimento do vento que, às vezes, levava as pipas por diversos quarteirões de distância. Não importava. Para mim aquele seria o meu brinquedo. Aquela era a minha diversão (como portador de TDAH, hoje entendo que eu precisava daquela correria toda).

Certo dia, para minha “sorte”, uma das pipas caiu exatamente no telhado de uma estufa que meu avô possuía nos fundos da casa. Na estufa, meu avô tinha diversos tipos de plantas e flores que ele cultivava. E lá estava ela. Pousada, como que intencionalmente, sobre aquele teto (eram telhas!).

Sem me preocupar com o perigo, fui subindo igual um gato pelas árvores e muros da casa, de forma que alcançasse a cobertura da estufa. Nessa época eu era bastante ágil; bem diferente dos dias de hoje. Não adiantavam os gritos de minha tia Maria para que eu descesse dali, pois era perigoso subir naquele lugar. Afinal de contas, eu precisava pegar aquela pipa.

Chegar ao telhado foi fácil. Mais fácil ainda foi atravessar as telhas e vir cair diretamente sobre um banco de Kombi que estava cheio de plantas, flores, xaxins, samambaias e sei lá mais o que ali havia. Lembro-me apenas da dor que senti quando já me encontrava estatelado no chão. Graças a Deus por aquele banco que amorteceu minha queda. Mas não foi o suficiente para evitar os diversos arranhões e contusões que obtive naquele dia.

Como era um final de semana, meus pais apareceram ao final do domingo para me buscar. A cena, creio que foi até engraçada, pois eles me encontraram da cabeça aos pés coberto de mercúrio. Para aqueles que não sabem, o mercúrio tem um tom avermelhado. Sendo assim eu devia estar bem bonito mesmo. Com o corpo todo arranhado e coberto daquela cor que não combinava nem um pouco com o meu branco (leite) natural.

Nesse dia não apanhei, afinal de contas pra quê? Eu já estava bem machucado e o tombo já havia servido como castigo. Não pensem vocês que aquela foi a última vez que corri atrás de um papagaio. Tampouco que foi a última vez que subi naquele telhado. Afinal de contas eu tinha que voltar lá para provar que conseguia andar sobre ele...


Um abraço a todos.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Ser Pai.

Uma das coisas mais marcantes na minha vida foi o nascimento de minha amada filha. Esse será o meu primeiro “dia dos pais” e mesmo sabendo que essa data é mais comercial do que qualquer outra coisa, não deixarei de aproveitar cada momento com a “menina dos meus olhos”.

Acredito que uma das grandes mudanças que temos percebido na atualidade é a maneira como os homens têm se portado diante da paternidade. Nós estamos experimentando um novo papel de pai.

Podemos hoje perceber pais que não se importam mais de ter sua masculinidade questionada tão somente por participarem ativamente da vida de seus filhos, quer seja trocando uma fralda, ou dando uma mamadeira para a criança ou até mesmo levando o bebê para passear. Essas atitudes passaram de descriminadas para serem então incentivadas pela sociedade.

Como temos mulheres cada vez mais entretidas com atividades profissionais, nosso papel dentro de casa passou a ter uma importância maior. Temos que ter orgulho de poder partilhar as atividades domésticas e principalmente de sermos ativos na criação de nossos filhos.

Espero poder ser futuramente visto pela minha filha como um colaborador do seu desenvolvimento intelectual, emocional e social. Quero fazer parte de cada momento de sua vida sem ser para ela um empecilho. Nada demais em poder contar uma história, cantar uma canção de ninar, “assoprar o dodói”, dar um beijo de boa noite. Quero que minha filha se sinta amada por mim.

Posso então deixar algumas dicas para nós, os pais de primeira viagem (ou quem sabe até para aqueles que se julgam experientes):

· Estejam atentos às necessidades dos filhos. Precisamos ouvi-los, falar com eles.
· Valorizem seus filhos. Precisamos ajudá-los nos deveres de casa, na formação acadêmica, na criação de amizades. Devemos estar presentes em cada momento da vida deles.
· Saibam dizer não aos filhos. Não precisamos nos sentir culpados por isso. Faz parte da educação. Eles vão encontrar limites durante o seu crescimento. Temos que orientá-los quanto aos desafios e decepções da vida.
· Sejam amigos de seus filhos.
· Tenham, juntamente com o parceiro, opiniões coerentes diante das situações. Nada pior que dois pais que divergem quanto aos assuntos referentes aos filhos.

FILHA, PAPAI TE AMA.

Já disse isso aqui em uma oportunidade anterior. Mas isso não me cansa. Semana que vem volto para compartilhar como foi essa experiência de 1º Dia dos Pais.

Um abraço a todos.