sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Link para um Blog Interessante

Corretor ortográfico e sintático Online

http://www.2rinformatica.com.br/blog/

O FLiP é um corretor ortográfico e sintático gratuito e online que corrige textos de até 3000 caracteres em português tanto do Brasil como de Portugal. Basta digitar um texto ou uma palavra que você tenha dúvida e visualizar as correções sugeridas no caso de o corretor encontrar erros.
No caso de haver erros no texto a resposta ao usuário é semelhante à do corretor ortográfico do Word. As palavras com erros de ortografia são grifadas em vermelho. Basta apontar o mouse nelas para que a página sugira as correções, além de oferecer as opções de ignorar, alterar e cancelar. As palavras com erros que talvez não sejam erros são grifadas em verde. É o caso de frases que começam com minúsculas ou expressões que não necessariamente precisam ser corrigidas.
Outra característica do FLiP On-line é a opção de corrigir um texto em três estilos de escrita: formal, informal e corrente.


Por Ru4n Rigner

Até lá?

Desde o início da semana que estou pensando sobre as postagens das minhas histórias. Sei que ainda tenho algumas boas para contar, mas a maioria delas é bem grande. Sendo assim, resolvi que se a postagem estiver ficando cansativa de se ler, vou dividi-la em duas. Vamos ver se funciona.

Quando tinha treze anos, meus amigos Jonas e Cristiano viviam me incentivando a fazer coisas das quais me arrependo. Mas nem todas são de se arrepiar os cabelos. Uma das coisas mais “engraçadas” que me aconteceram ocorreu em um final de semana.

Era sexta-feira e nós, no fim de tarde, estávamos no centro da cidade jogando Fliperama. Engraçado como as lojas de jogos fecharam. Imagino que seja por conta dos diversos consoles de vídeo games existentes hoje. Mas isso pouco importa. O certo é que a noite já ia se avançando quando o Jonas, em uma de suas idéias maravilhosas, sugeriu de irmos até a Rua Guaicurus para vermos as “Zonas”. Confesso que até aquela data, esse tipo de coisa não se passava pela minha cabeça. Sei que hoje os adolescentes estão bem mais assanhados, mas na minha época não. Aquilo que íamos fazer, não estava me cheirando bem.

Chegamos até a Guaicurus, esquina de São Paulo, e ficamos sentados na entrada de uma loja, que já estava fechada, e nos colocamos a ver o movimento intenso (como entrava e saía gente daquele lugar). Um bom tempo se passou, quando o Jonas, mais uma vez, sugeriu de tentarmos convencer um porteiro daqueles a deixar a gente entrar, apenas para ver como era lá dentro. Continuava achando péssima idéia a dele.

Todavia, vocês me conhecem, certo? Então lá fomos nós de porta em porta até acharmos uma “boa alma” que nos permitiu ter aquela aventura de criança. Confesso que não vi nada que me chamou a atenção. Até pelo contrário. Fiquei um pouco enojado ao passar por aqueles corredores e ver aquelas “senhoras” seminuas. Não quis ficar muito tempo. Não estava gostando daquilo.

Mas como sempre, lá vinha bomba. Quando estávamos saindo, ouvimos uma correria e gritaria pelas escadas acima. Meio desorientados apenas tivemos tempo de ver um homem subindo as escadas correndo, com uma faca na mão. Logo atrás vinha um grupo de policiais. Fiquei com um frio na barriga, pernas tremendo, ao ver aquele homem se embarafustar pelos corredores com os policiais atrás.

Para um garoto de treze anos, aquele episódio foi demais. Saímos correndo feito loucos, escada abaixo, (graças a Deus não fomos reparados) sem parar um minuto sequer até chegarmos no ponto do ônibus que nos levaria para casa. Naquele dia tive até dor de barriga. A emoção foi demais para mim.

A boa notícia é que nesse dia realmente não apanhei. Minha mãe, até agora, não sabia dessa história. Deve ser por isso então. Foi a primeira e única vez que entrei num lugar daqueles. Fiquei traumatizado. Ainda bem...


Um abraço a todos.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Café Tiramissu - Ótima pedida


  • Café Expresso
  • Queijo Mascarpone
  • Creme de Leite
  • Vinho Massala ou do Porto
  • Biscoito Champangne
  • Açucar de Confeiteiro
  • Chocolate em pó - para polvilhar

Pequena pausa.

Hoje é dia de ir ao neurologista. Tenho que buscar mais uma receita de Ritalina LA e de Venlift. Sendo assim coloquei apenas uma postagem de manhã. Quando tiver tempo vou atualizar o Blog com mais calma.

Um abraço a todos.

E os nossos filhos?

Quando minha filha nasceu, já existia em mim um sentimento de responsabilidade muito grande. Diferente dos meus pais (por falta de condições), minha intenção sempre foi dar o melhor para ela. Tenho muitos sonhos a serem realizados. Quero dar os melhores brinquedos, roupas, escola, diversão. Não ouso pensar nela passando as dificuldades pelas quais passei.

Quando paro para pensar, imagino as atividades que ela fará, os cursos em que ingressará, quantas línguas diferentes aprenderá. De preferência ainda sonho com uma boa tenista surgindo daquele sorriso maravilhoso.

Essas são as melhores das intenções, certo? Talvez. Assim será se eu, como pai, não privá-la da sua infância, do seu desejo de descobrir o mundo com seus próprios pés e mãos. Não posso de maneira alguma frustrar minha filha do seu tempo para brincar e de se encantar com a vida.

Se os pais não são atentos, a criatividade de seus filhos nunca se desenvolverá. Sua capacidade de inventar, de ousar será tolhida. Muitas atividades (televisão, Internet, esportes, dança, brinquedos) tendem a obstruir a infância de nossos filhos.

O que temos que ter em mente é que a preparação que nossos filhos necessitam diz respeito à solidariedade, à mansidão, ao amor, à arte de pensar (criatividade).

Pais, não se esqueçam de chorar com seus filhos, sonhar com eles, se alegrar com eles, se frustrar com eles. Tudo isso juntos. Não cada um em seu espaço reservado. Para mim essa é uma lição valiosa, pois sou daqueles que crê na necessidade de se ter espaço. Bobagem minha talvez. Um bom pai acompanha seu filho na escola. Ajuda-o a lidar com os fracassos. Trabalham suas emoções.

Nossos filhos não são máquinas de aprender. O que eles realmente precisam aprender é a viver.

Um abraço a todos.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Blog Interessante

Como disse anteriormente, vou "linkar" aqui alguns Blog que estão começando e que acho interessante. Sendo assim, segue um deles:

http://www.bestmarks.blogspot.com/

O Curioso




- Seu orkut está bloqueado no trabalho ou na faculdade.
- Você é curioso e quer ver todos scraps que chega para aquela determinada pessoa.
- Não quer se logar no orkut para ler seus scraps.


O Curioso, ele tem ótimas vantagens em relação aos outros programas do genêro, você não precisa colocar sua senha do orkut e o melhor você não precisa instalar nada. Clique na imagem acima e acesse agora mesmo O Curioso o melhor site relacionado ao orkut que já vi.




Idioma: Português (br)
Url: www.ocurioso.com

Histórias de Vida

Histórias e mais histórias. Todos têm me falado ultimamente em como são diversas as minhas histórias de vida. Indo um pouco mais além, alguns, como minha psicóloga, dizem como é impressionante eu ter saído ileso dessas confusões todas que me aconteceram.

Na verdade o que queria compartilhar é que o “ileso” que muitos dizem pode se referir tão somente ao físico em si. Tirando algumas cicatrizes, que não me incomodam mais, não tenho em meu corpo nada que seja mais sério. Mas como disse exteriormente...

Quando falamos do meu eu, do Leo em seu interior, a conversa fica bem diferente. Infelizmente esses anos todos me deixaram muitas marcas. Cicatrizes profundas em minha alma. Estigmas que me fazem ter ataques de raiva, ser irritadiço, ter pensamentos contraproducentes. Não são raras as vezes que me pego com a intenção de atracar-me com alguém, discutir pelas coisas mais simples do cotidiano.

Durante esses anos criei monstros em minha vida. Quer sejam eles os meus temores, a intransigência ou quem sabe as apreensões, vejo-os destruindo os meus sonhos. Pelos anos a fora, em que reinou a ignorância em relação ao transtorno do qual sou portador, as desilusões, as perdas, os conflitos sociais, me fizeram uma pessoa amargurada.

Graças a Deus que a batalha não estava perdida para mim. Agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de me tratar. Os remédios que faço uso têm me ajudado a ser mais focado. A terapia, por incrível que pareça, tem me feito voltar para o palco da minha vida.

E mais do que isso, tenho aprendido, com algumas leituras recentes, que Jesus (não o da religião, mas o Jesus da história), soube muito bem extrair força da fragilidade, alegria da dor, sabedoria da calúnia (como isso se aplica a mim e aos diversos adjetivos que recebi em minha vida). Jesus foi um homem feliz na terra de infelizes.

Continuarei aqui a contar os relatos que sucederam em minha vida. Alguns, dramáticos, outros hilários. Todavia fica para mim uma frase de Augusto Curi, em seu livro “Seja líder de si mesmo”:

“Esta é a minha vida! Eu não abro mão de ser o ator principal!”.

Não serei um mero espectador do espetáculo que é a vida.

Um abraço a todos.

Para o Melhor Amigo, o Melhor Pedaço

Ontem recebi esse e-mail e achei legal. Sendo assim aqui vai a sua publicação no Blog:

Para o Melhor Amigo, o Melhor Pedaço

Serapião era um velho mendigo que perambulava pelas ruas da cidade. Ao seu lado, o fiel escudeiro, um vira lata branco e preto que atendia pelo nome de malhado. Serapião não pedia dinheiro. Aceitava sempre um pão, uma banana, um pedaço de bolo ou outro alimento qualquer. Quando suas roupas estavam imprestáveis, logo era socorrido por alguma alma caridosa. Mudava a apresentação e era alvo de brincadeiras. O mendigo era conhecido como um homem bom que perdera a razão, a família, os amigos e até a identidade. Não tomava bebida alcoólica e estava sempre tranqüilo, mesmo quando não recebia nada de comida. Dizia sempre que Deus lhe daria um pouco na hora certa e, sempre na hora que precisava alguém lhe estendia uma porção de alimentos. Serapião agradecia com reverência e rogava a Deus pela pessoa que o ajudava. Tudo que ganhava, dava primeiro para o malhado, que, paciente, comia e ficava esperando por mais um pouco. Não tinham onde passar as noites; onde anoiteciam, lá dormiam. Quando chovia, procuravam abrigo embaixo da ponte do ribeirão. Ali o mendigo ficava a meditar, com um olhar perdido no horizonte. Aquela figura era intrigante, pois levava uma vida vegetativa, sem progresso, sem esperança e sem um futuro promissor. Certo dia, um homem, com a desculpa de lhe oferecer umas bananas, foi bater um papo com o velho mendigo. Iniciou a conversa falando do malhado, perguntou pela idade dele, mas Serapião não sabia. Dizia não ter idéia, pois se encontraram num certo dia, quando ambos perambulavam pelas ruas. Nossa amizade começou com um pedaço de pão - disse o mendigo. Ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço e ele agradeceu, abanando o rabo, e daí, não me largou mais. Ele me ajuda muito e eu retribuo essa ajuda sempre que posso. Como vocês se ajudam? Perguntou. Ele me vigia quando estou dormindo; ninguém pode chegar perto que ele late e ataca. Também quando ele dorme, eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode. Continuando a conversa, o homem lhe fez uma nova pergunta: Serapião, você tem algum desejo de vida? Sim, respondeu ele tenho vontade de comer um cachorro quente, daqueles que tem na lanchonete da esquina. Só isso? Indagou. É, no momento é só isso que eu desejo. Pois bem, disse-lhe o homem, vou satisfazer agora esse grande desejo. Saiu e comprou um cachorro quente e o entregou ao velho. Ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a dádiva e em seguida tirou a salsicha, deu para o malhado, e comeu o pão com os temperos. O homem não entendeu aquele gesto, pois imaginava que a salsicha era o melhor pedaço. Por que você deu para o malhado, logo a salsicha? Interrogou, intrigado. Ele, com a boca cheia, respondeu: "para o melhor amigo, o melhor pedaço." E continuou comendo, alegre e satisfeito. O homem se despediu de Serapião, passou a mão na cabeça do cão e saiu pensando com seus botões: aprendi alguma coisa hoje. Como é bom ter amigos. Pessoas em que possamos confiar. Por outro lado, é bom ser amigo de alguém e ter a satisfação de ser reconhecido como tal. Jamais esquecerei a sabedoria daquele mendigo. E você, que parte tem reservado para os seus amigos?

Equipe de Redação do site www.momento.com.br, com base no texto "Para o melhor amigo, o melhor pedaço!" de autoria de Inocêncio Viégas, publicado no site: http://www.ciaencontro.com/viegas

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Café Trufado


  • Café Expresso
  • Leite Texturizado (vaporizado)
  • Leite Condensado
  • Chocolate em pó
  • Marshmallow
  • Calda de Chocolate
  • Creme de Leite
  • Kisses (Hershey`s) - para enfeitar

Idéias Geniais

Nessa semana comecei a adotar o seguinte procedimento: Todos os dias vou “linkar” um Blog que tenha lido e gostado de uma das matérias. Quero, como sugestão de meu amigo Rafael Reinehr, adotar algumas regras para meu Blog que ajudarão a divulgar o trabalho de outras pessoas que têm se empenhado em fazer o seu papel na Blogsfera. Assim sendo, comecei ontem com um site de tecnologia que achei muito legal. Hoje faço referência ao Blog do Rafael, com a intenção de explicar um pouco do que li, aprendi e estou colocando em prática. Assim sendo, segue:

Dez dicas para revitalizar o Blogverso - reinehr.org

1. Pare de linkar blogs que estão no topo dos rankings
2. Crie uma rede com blogueiros do "seu tamanho" ou menores
3. Faça uma "limpeza cerebral": apague parte dos links antigos e utilize o tempo desbravando novas paragens (mesmo que isso signifique apagar o link para !)
4. Gaste parte do seu tempo com pesquisa para criar bons posts. Escreva com paixão
5. Só comente se tiver algo de útil a adicionar à discussão
6. Se o seu assunto é tecnologia, indique um site literário eventualmente. Se seu foco é entretenimento, não esqueça dos sites de humor. Recicle e respire
7. Críticas favoráveis, faça-as nos comentários. Para as negativas, utilize o e-mail, quando houver
8. Não se furte em divulgar as boas idéias
9. Traga para seu blog coisas da vida real. Não fique somente comentando o virtual no virtual10. Vá além: utilize sua inteligência para ajudar (de verdade) as pessoas à sua volta. Não sabe como fazer? Pergunte.


Um abraço.

Teatro da Vida

“Ninguém pode conquistar o mundo de fora se não conquistar o mundo de dentro...” – Augusto Curi.


Onde estão seus amigos de infância? Você sente saudade deles? Das brincadeiras? Você sente que marcou a vida deles? Ou não se lembrou de dar nem mesmo um telefonema?

Onde estão os seus professores? Sim, aqueles que te ensinaram desde pegar um lápis para começar a escrever até aquele que te entregou seu diploma? Você passou pela vida deles de forma positiva? Marcante?

Como vão os seus colegas de trabalho? Você tem se importado com eles? E seus amigos recentes? Eles sentem orgulho de você? Sua família? Será que eles acreditam em você? Amam-te profundamente?

Todos nós gostaríamos de nos sentir amados, especiais. Gostaríamos de ser uma pessoa realizada. Carecemos de sermos estimados como seres humanos e não pelos nossos feitos ou pelo nosso dinheiro.

Mas, se você quer ser assim, precisa pensar em todos os aspectos citados acima. Necessita saber se todas as pessoas que passaram em sua vida, receberam sua gratidão, seu carinho.

“Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: não tenho medo de vivê-la!”. - Augusto Curi

Um abraço a todos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

A Caneca Mágica

Hoje vi no site Digital Drops uma caneca muito legal. Segue a postagem e seus links:

A Caneca Mágica



Você se lembra da caneca do aquecimento global, com um desenho que muda quando você coloca o café quente dentro? Se você adorou a idéia, mas queria uma caneca mais pessoal, uma boa opção é o Magic Mug da Snapfish, uma empresa do grupo HP.
A primeira vista a Magic Mug é uma simples caneca como qualquer outra, mas quando você coloca o líquido quente, ela mostra a sua foto preferida! Esta caneca é um ótimo presente para aquelas ocasiões especiais.
A venda na Snapfish por US$ 14.99.
Leia também: A Caneca do Aquecimento Global.
Via Chip Chick e Geek Chic.
Postado por Nick Ellis a 01:23 PM Comentários (0) TrackBacks (0)
Postado em kitchen outros

Chama a Cemig.

Já estava perdendo o hábito de escrever sobre mim. Não sei se é por que as histórias estão ficando escassas ou se o motivo é tão somente o meu entretenimento com as demais coisas relacionadas ao Blog. Todavia vou tentar retomar aqui o fio da meada.

Ainda na década de 80, como lhes disse anteriormente, vivia sempre na companhia de meu amigo Jonas. Nossos dias sempre se resumiam em passar o final de tarde e início da noite na rua, em busca de alguma aventura.

Em um desses finais de tarde, em frente ao conjunto de prédios que morávamos, na Avenida Artur Bernardes, resolvemos (não sei a razão) que seria uma boa diversão atirar pedras na fiação de luz do outro lado da rua. Muitas das vezes a competição é que nos levava a fazer determinadas coisas. Sendo assim, aquele seria mais um desafio: Quem acertaria mais pedras na fiação.

A brincadeira já ia adiantada, com nós dois acertando pequenas pedras naqueles fios. Não me recordo mais que estava na frente, mas antes que a diversão perdesse a graça, resolvi pegar uma pedra bem grande dizer (disso, me lembro bem): quero ver não acertar agora!

Realmente acertei. E em cheio. O que não podia imaginar era que com uma pedra daquele tamanho, os fios iriam se encontrar, e uma sucessão de faíscas surgiriam. Na verdade foram bem mais que algumas faíscas. O que aconteceu ao certo, não sei, mas o que pudemos ver diante de nossos olhos, foram diversas pequenas explosões, acontecendo de poste em poste ao redor da barragem Santa Lúcia. Nenhum de nós queria ficar ali para ver o resultado final.

Vocês sabem que meus desfechos sempre eram os piores possíveis. Então, para não fugir à regra, ao atravessarmos a rua correndo de volta a nossas casas, vi a vizinh D. Anita (que Deus a tenha), gritando da janela: Eu vi, eu vi, eu vi o que vocês fizeram. Leonardo, quando sua mãe chegar eu vou contar tudo para ela... E realmente contou.

Nesse dia não apanhei. Até parece que vocês vão acreditar nisso. Apanhei como sempre e fiquei de castigo mais uma vez...

Um abraço a todos.

Ps.: Não me recordo bem, mas acho que a região do outro lado da barragem ficou sem luz por algumas horas... Chama a Cemig!

Aonde você está: na platéia ou no palco?

Recentemente, lendo mais um livro de Augusto Curi, percebi que muitos de nós deixamos coisas importantes em nossas vidas para trás. Por exemplo, quantas vezes esquecemos das circunstâncias ao nosso redor para olharmos para dentro de nós mesmos? Quantas vezes nos vemos deslumbrados por nós mesmos? Como diz o autor com muita propriedade: “Ter capacidade de pensar e se emocionar são fenômenos difíceis de entender”.

Outro dia lendo um post no Blog de Meu amigo Rafael Reinehr, vi que ele estava se questionando sobre as diversas idéias que vêm em sua mente. Diante da leitura me veio a seguinte questão, meu caro leitor: Você admira o espetáculo das idéias criado em sua mente? Mesmo aqueles que julgamos tolos? Assim deveríamos nos portar, pois a inteligência do ser humano é de uma grandeza tamanha. Augusto Curi nos diz que devemos sair da platéia e passarmos para o palco de nossas vidas.

Devemos tomar o controle de nossas mentes e de nossas idéias e assim criarmos o verdadeiro espetáculo que é nossa vida.

sábado, 25 de agosto de 2007

1000 Acessos

Nesse final de semana tive a grata surpresa de verificar pelo Sitemeter que o “Memórias de Um Cárcere Privado” atingiu a marca de 1000 acessos. É claro que muitos deles foram meus (risos), e é claro também que em termos de Blogsfera o que são mil acessos? Nada. Realmente é muito pouco se compararmos com determinados Blogs que possuem milhares de acessos em apenas um dia.

Mas a minha alegria se resume ao fato de que quando comecei esse projeto (Blog), minha intenção era tão somente ter um espaço para me abrir e escrever sobre minha vida. Tudo isso como forma de contribuir para minha terapia de TDAH. Todavia, tal como um vício, apeguei-me de tal maneira a ele que, como um filho, passo um bom tempo a seu lado.

Quero deixar aqui o agradecimento àqueles que têm sido leitores assíduos desse Blog, gastando um pouco do seu dia para compartilhar comigo minhas experiências e também para ler algumas de minhas reflexões sobre o dia a dia.

Como me apeguei a ele, não quero mais abandoná-lo. Como disse para minha psicóloga, talvez até queira escrever um livro sobre minha vida, no intuito de ajudar os portadores de TDAH e seus parentes na convivência do dia a dia. Talvez seja presunção demais, mas quem sabe. Talvez logre sucesso em mais essa empreitada.

Quero agradecer muito também aos amigos que tenho feito a cada dia aqui na Blogsfera. Nesse final de semana está acontecendo o Blogcamp e espero que os frutos que colheremos a partir dele sejam proveitosos. Não sei se o retorno será em curto prazo, todavia tenho convicção que ele virá. Desejo a todos participantes boa sorte e espero que eles aproveitem ao máximo essa experiência maravilhosa. Tomara que da próxima vez eu possa estar presente.

Mais uma vez obrigado a todos pela participação e pelo apoio.

Um abraço a todos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Histórias.

Hoje é dia de postar alguma história da minha vida. Todavia estou atrasado e correndo, como sempre. Gosto de chegar cedo ao trabalho para poder postar. Como isso não foi possível, deixarei aqui apenas um resumo.

Neste blog você tem lido histórias da vida de uma pessoa que viveu durante 33 anos sem saber ser portador de um transtorno que atinge uma parcela da população. Esse transtorno, TDAH, é caracterizado por déficit de atenção e hiperatividade.

Falta de atenção sempre foi presente em minha infância e perdura até hoje. Hiperatividade? Para quem tem lido as histórias isso tem ficado mais do que claro. Falta de controle e impulsividade sempre estiveram presentes na vida desse garoto que atirava pedra nos carros, na fiação dos postes, que fugia de casa, que corria pela rua com os pés descalços.

Sempre tive a vontade de ser livre, de não ser rotulado de viver sem ter que dar satisfação da minha vida para ninguém. Mesmo depois de velho, percebi que continuo assim. Sempre fugindo de confrontações, me isolando de tudo e de todos. Todavia esse espaço tem me ajudado a me abrir e fazer novas amizades. Tenho conhecido pessoas super interessantes na blogsfera. Sendo assim, como falei mais cedo sobre gratidão, vai aqui o meu agradecimento a tantos amigos que têm surgido nesses últimos dias.

Mais pra frente vou continuar contando as minhas aventuras a lá Tom Sawyer.

Espero que esteja agradando aos leitores desse blog.

Um abraço a todos.

Gratidão.

Gratidão.
do Lat. gratidutine
s. f.,
qualidade de quem é grato;
reconhecimento por benefício recebido;
agradecimento.


Às vezes me pego pensando: O que é gratidão? Temos sido gratos em nossas vidas? E se somos, de que maneira expressamos esse reconhecimento?

Bem, não sei se em minha vida tenho sido grato por muitas coisas. Bem que deveria, pois tenho muitos motivos de alegria, e recebo bênçãos todos os dias em minha vida. Se você acha que na sua vida isso não acontece, basta olhar com mais cautela que certamente achará diversas situações para agradecer.

Pois bem. Essa postagem de hoje tem endereço certo. Vai para minha amiga e companheira de trabalho, Luciana. Queria deixar aqui o testemunho de que nesses cinco anos de convivência (puxa, já se passou esse tempo todo?), tive o prazer e o privilégio de conviver com essa pessoa maravilhosa. Sempre obtive dela o apoio e o ombro amigo nas horas difíceis. Não foram poucas as conversas em que pude me abrir e desabafar sobre os problemas do dia a dia. Digo que nem sempre os desabafos foram relacionados ao trabalho, o que torna a relação ainda mais alegre.

Queria que todo mundo tivesse uma Luciana em sua vida. Certamente viveríamos menos estressados e angustiados, mais alegres e confiantes de que a vida é maravilhosa e merece ser vivida plenamente.

Obrigado pelo seu carinho e pela sua amizade. Que Deus abençoe sua família. Que Ele traga paz, alegria e harmonia ao seu lar. E que a cada dia a Ana Clara cresça sendo benção na sua vida e na do Ricardo.
... em tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 1Ts 5:18

Até a próxima.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Pensamentos.

Em que você anda pensando? Sempre que me pego divagando vejo que meus pensamentos vão longe. As idéias tomam conta da minha cabeça e lá se vai um bom tempo perdido.

Todos nós devemos ser livres para pensar. Todavia não devemos ser escravos de nossos pensamentos. Necessitamos administrar a edificação dos pensamentos para que não nos venha à mente aqueles que vão debilitar nossa inteligência.

Para tanto, creio que não devemos ser espectadores indiferentes de idéias contraproducentes em nossas mentes. Não devemos nos prender a problemas do passado e tampouco àqueles que ainda poderão surgir em nossas vidas. Ter mentes relaxadas, serenas e com pouca agitação é extremamente necessário. Nossos pensamentos podem se tornar uma fonte de gozo ou de pavor para todos nós.

Augusto Curi, cita, em seu livro “12 semanas para mudar uma vida”, que uma técnica para gerenciar pensamentos é fazer o D.C.D. (Duvidar, Criticar, Determinar). Para ele essa técnica dever ser feita várias vezes ao dia com emoção e coragem para que assim possamos fortalecer a liderança no nosso “eu” sobre nossos pensamentos.

Sendo assim, devemos duvidar de tudo que acreditamos e que nos perturba. Devemos duvidar que não conseguiremos superar nossos conflitos. Todas as idéias pessimistas, preocupações exageradas que temos devem a todo instante ser criticada.

Todos nós devemos determinar que seremos amáveis, seguros e fortes. Não seremos servos de nossos conflitos. Nossa mente não será subvertida. Lutaremos a todo instante pelos nossos sonhos. Se assim for, certamente não seremos pessoas deprimidas, estressadas e angustiadas.

Não sejam escravos de seus pensamentos. Duvidem deles, façam uma crítica do que se passa em suas mentes. Determinem serem encantados pela vida.


Agora te pergunto: Em que você está pensando agora?


Um forte abraço.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Monetização

Como tenho falado recentemente, sou blogueiro de primeira viagem. Mas não é por isso que fico alheio às oportunidades que aparecem na blogsfera. Uma das que me chamou a atenção, foi o novo sistema de monetização criado pelo site nerdown que apresenta de forma clara uma loja virtual com produtos do Mercado Livre. Espero que essa idéia vá para frente. É gratificante ver pessoas empenhadas em buscar soluções viáveis para os blogueiros. Agora nos resta aguardar o resultado.
Um abraço a todos.

Congresso TDAH

A ABDA realizou o seu III Congresso, nos dias 8, 9 e 10 de agosto de 2007, no Rio de Janeiro, com a presença de Russel Barkley – pesquisador do Deptº de Psiquiatria da Suny Upstate medical University – NY, USA, além de pesquisadores nacionais ligados as principais universidades federais do país.
A abertura ocorreu no dia 8, às 20h, no Hotel Sheraton, com a Conferência Magna de Russel Barkley.
Nos dias 9 e 10, foram abordados os principais temas e pesquisas sobre o TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção, objetivo maior de nossa Associação.
Em sessões de três mesas redondas simultâneas foram debatidos temas como:
TDAH e Comorbidades: transtorno bipolar, depressão, dislexia, etc.;
Últimas pesquisas brasileiras sobre o TDAH e as novas diretrizes clínicas para o tratamento;
Discussão sobre Direitos dos portadores de TDAH e legislação pertinente;
Avanços nos exames de neuro-imagem;
Técnicas e estratégias direcionadas aos profissionais de educação;
Workshop com depoimentos de portadores adultos e novas formas de lidar com o TDAH,etc...

Leia o texto e veja fotos do evento:
http://www.tdah.org.br/reportagem02.php?id=43&&tipo=R
Um abraço.

Você sabe dirigir?

Adolescência é sempre uma fase difícil na vida de qualquer um. Imagine no meu caso que convivia com amigos que, já aos 15 anos de idade, possuíam carro ou pelo menos dirigiam o carro da família. Era uma verdadeira tentação.

Meu pai, não sei se conscientemente, ou se por acaso, sempre privilegiou o meu irmão. Em tudo ele sempre teve prioridade e acesso. Não foi por menos que, aos 16 anos de idade, ele já tinha seu próprio carro. Foi assim anos a fio, até que ele se estabelecesse e hoje se tornasse um ótimo advogado e empresário. Infelizmente, não obstante o sucesso alcançado, não vi gratidão dele pelo que meus pais fizeram. Mais isso é assunto para outra postagem.

Voltando ao assunto inicial, estava relatando que meu irmão desde cedo teve seus carros. E isso era uma verdadeira tentação para mim. Desde novo, eu tinha prazer apenas em poder lavar o carro para ele e poder ficar brincando de dirigir. Mas como fui crescendo, a vontade de passar da brincadeira para a realidade cresceu junto comigo.

Aos 15 anos, eu tinha alguns amigos que moravam próximo de casa. Esforcei-me para lembrar o nome de todos, mas a memória dessa vez falhou. Os nomes dos principais envolvidos, esses sim guardei: Edmundo, Virgílio, Paulinho.

Era uma noite de sexta-feira. Meu irmão já tinha saído de casa e tive a convicção de que ele ficaria até tarde na rua. Afinal de contas esse era o costume. Sendo assim, procurei as chaves de sua Saveiro (que era o carro que ele usava para trabalhar) e juntamente com Edmundo e o Virgílio, desci para a avenida (o carro ficava na rua, pois não tinha vaga na garagem para ele). Naquele dia efetuei o meu primeiro e único “roubo” de carro.

Tremendo um pouco, coloquei as chaves na ignição, liguei o carro e fui arrancando o mesmo abruptamente. Andei pela avenida até chegarmos próximos ao Pitágoras. Naquele momento meus amigos já tinham reparado a situação e, em uníssono, me perguntaram: Você sabe dirigir??? A resposta foi óbvia: NÃO. Sendo assim, me mandaram encostar o carro perto da casa de um deles. Foi ali que a coisa piorou. Não consegui fazer a curva direito e ao tentar dar marcha-ré no carro, acabei batendo o pára-choque do carro em outro veículo que estava estacionado na rua. Foi um desespero (porque será que sempre uso essa palavra?).

Ficamos sem saber o que fazer. Ninguém queria pegar o carro. O Virgílio teve uma idéia. Chamou seu irmão mais velho (Paulinho) e ele se dispôs a levar o carro de volta até minha casa. Eu já estava ficando aliviado. Afinal de contas o estrago tinha sido pequeno. Apenas o pára-choque estava danificado. Podia falar que tinha sido algum carro na rua que tinha batido na Saveiro enquanto ela estava estacionada. Estava resolvido. Engano meu.

Quando chegamos na porta da minha casa, minha família já estava na rua. Meu irmão, que voltara cedo para casa, como sempre queria brigar. Foi uma confusão. O Paulinho, que não tinha nada a ver com a história, quase apanhou (ou brigou, sei lá). Eu, como de hábito, enfrentei meu irmão, apesar de ser menor que ele.
Vocês já sabem o final dessa história. Apanhei do meu irmão, depois dos meus pais, fiquei de castigo, e fui mais uma vez censurado e adjetivado por todos.

Fica um recado para os pais de portadores de TDAH: Seus filhos não fazem esse tipo de coisa por mal. Por instinto eles buscam aventura, adrenalina. Os riscos das atitudes não são calculados. Procurem entender seus filhos. Procurem orientação especializada. Assim eles cresceram de maneira mais saudável.

Um abraço a todos.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Confiança

Essa semana, tive um problema relacionado a confiança aqui no escritório. Não preciso entrar em detalhes, mas gostaria de deixar aqui uma mensagem em relação à confiança.

Nessa vida passamos a maior parte do tempo tentando alcançar e merecer a confiança das pessoas. Em muitos casos logramos sucesso. Todavia não obstante o sucesso alcançado, no caso, a credibilidade nos dada por alguém, parece que nos esforçamos, logo em seguida, para que haja uma quebra dessa confiança. Meus pais diziam quando eu era pequeno que confiança a gente perde uma só vez. Talvez isso seja verdade, pois pensando bem, a partir daquele momento, sempre teremos um pé atrás com essa pessoa.

Sendo assim, deixo uma passagem para que vocês possam refletir sobre ela.

Estejam cingidos os vossos lombos e acesas as vossas candeias;
e sede semelhantes a homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe. Bem-aventurados aqueles servos, aos quais o senhor, quando vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará reclinar-se à mesa e, chegando-se, os servirá. Quer venha na segunda vigília, quer na terceira, bem-aventurados serão eles, se assim os achar. Sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Estai vós também apercebidos; porque, numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem. Então Pedro perguntou: Senhor, dizes essa parábola a nós, ou também a todos? Respondeu o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, que o Senhor porá sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas, se aquele servo disser em teu coração: O meu senhor tarda em vir; e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, virá o senhor desse servo num dia em que não o espera, e numa hora de que não sabe, e corta-lo-á pelo meio, e lhe dará a sua parte com os infiéis. O servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites;mas o que não a soube, e fez coisas que mereciam castigo, com poucos açoites será castigado. Daquele a quem muito é dado, muito se lhe requererá; e a quem muito é confiado, mais ainda se lhe pedirá. Lc 12:35-48

Um abraço a todos.

Sono.

Algum de você já acordou fatigado, com a sensação de não ter dormido direito? Por um acaso passam o dia inteiro bocejando? Possuem uma mente inquieta, perdem a concentração facilmente e pequenas coisas dissipam sua tranqüilidade? Então talvez o seu problema seja SONO.

Dependendo de nossa qualidade de sono, podemos ser pessoas agradáveis, tolerantes e suportáveis. Mas a falta dele pode nos tornar intoleráveis, insuportáveis. Normalmente quando temos uma noite mal dormida somos acometidos por irritações constantes. Nos tornamos explosivos. A falta de sono abala a inteligência e a serenidade das pessoas. Sua ausência nos torna inseguros, ansiosos, mal humorados e sem determinação na vida.

Então o que fazer para ter um sono saudável? Muitas podem ser as respostas, mas gostaria de deixar uma questão apenas aqui. Nunca leve seus opositores e problemas para a cama. Se a vida é uma batalha, nossa cama tem que ser um lugar de trégua incondicional. A paz deve reinar em nossa cama.

Se levarmos os problemas do dia a dia para a cama, certamente teremos pesadelos e pensamentos agitados durante o sono. Não devemos pensar nas injustiças que nos fizeram durante o dia, nem mesmo remoer as cenas que nos feriram. Se assim for, ficaremos imaginando as soluções para os problemas e as respostas que deveríamos ter dados a determinadas situações. Nossos inimigos estarão bem debaixo de nossos lençóis.

Fica mais barato não esperar muito das pessoas, perdoá-las por seus erros e suas faltas. Digo isso mesmo se elas não merecerem. Os inimigos que não são perdoados vão para a cama junto de nós e assim, perturbarão nosso sono.

Um abraço a todos.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Sobre a Blogagem coletiva.

Hoje, 20 de agosto de 2007, resolvi me manifestar sobre a blogagem coletiva “Eu exijo ordem e progresso” feita no último dia 17. Sei que muitos estavam esperançosos quanto ao feito que poderia ser alcançado. Sei também que muitos ficaram decepcionados com o resultado obtido (não em postagens, mas em conteúdo).

Como sou blogueiro de primeira viagem, não me arrisquei a participar desse movimento. Todavia, depois de ler alguns blogs e o conteúdo das postagens, me dei o direito de manifestação. Não o direito a crítica, mas o simples direito de manifestação. Não me julgo capaz (e nunca me julgarei) de criticar o direito de alguém.

Acontece que encontramos diversas postagens de desabafo, ou de críticas à situação do país. Um dos poucos que li que trazia algum conteúdo de mudança, foi o do meu recém conhecido (amigo) Rafael Reinehr. Lá encontrei propostas sérias acerca de mudanças que nosso país precisa. Não sei se são utopias, mas acredito que sonhos estão aí para serem realizados.

Os Blogs tem se espalhado como nunca. Os blogueiros têm se mostrado conscientes em boa parte de suas postagens. Então, por que não acreditar que essas mudanças são possíveis? Não há motivo para isso. Se temos tempo para escrever sobre o dia a dia, sobre nossa vida, sobre política, economia, variedades, etc., temos tempo de nos manifestar no tocante a querer alterações urgentes nas políticas de nosso país.

Sendo assim, gostaria de deixar aqui o link para a postagem do Rafael. Gostaria que vocês tivessem um pouco de tempo para refletir sobre o texto. No mais, ele tem o meu apoio.

Um abraço a todos.

http://reinehr.org/sociedade/saude-da-sociedade/propostas-para-um-brasil-melhor-2.html

Não fui eu, seu guarda!

Ninguém gosta de apanhar nessa vida. Ainda mais por uma coisa que “não” fez. Mas a vida tem dessas coisas e gostaria de contar um acontecimento que me ocorreu lá pelos doze anos de idade. Nessa época meu companheiro inseparável era o Jonas. Quase nunca nos metíamos em encrenca e essa foi uma das boas.

O São Bento sempre foi um bairro tranqüilo, no qual podíamos caminhar, brincar, passear sem grandes problemas. Acontece que nós nunca fomos de andar por aí sem aprontar alguma. Nesse referido dia, por não ter muito para fazer, resolvemos correr pela avenida Antônio Cônsul Cadar – uma das principais do bairro – e, ao invés de tocar campainha na casa dos outros (brincadeira normal de criança), passávamos chutando os portões das casas da avenida.

A “brincadeira” já ia cansando, quando resolvi apenas acompanhar o Jonas na peripécia. Já não estava mais animado com aquela bagunça. Todavia meu caro amigo continuava a chutar e correr, chutar e correr. Eu, apenas acompanhava-o em suas corridas.

Mas não poderíamos passar impunes, certo? Certíssimo. Quando estávamos próximos ao que é hoje o Center São Bento (shopping), um daqueles pontapés nos portões nos causou grande problema. Nós não percebemos que do outro lado da avenida, dois policiais militares, caminhavam fazendo a ronda no bairro. Sem titubear, eles atravessaram a avenida correndo e nos alcançaram com grande facilidade. Começava ali o meu drama.

Os policiais, nada satisfeitos com o que viram, nos pegaram pelo pescoço e enquanto nos encaminhava em direção à última casa atingida, passavam um enorme sermão em nós. Eu, naquele instante, apenas me defendia falando que não tinha feito nada. Que não tinha sido eu que chutara aquele portão. Para o policial nada importava.

Chegando na referida casa, o policial tocou a campainha e pediu para que o proprietário descesse. Para minha tristeza, desceram a mãe e seu filho, um conhecido da escola (Pitágoras). Que vergonha. Eles conheciam minha mãe. Mas ali não estava o pior. Ao sermos atendidos por eles, os policiais (ainda nos segurando pelo pescoço), mandaram-nos pedir desculpas pelo nosso ato. O Jonas de imediato se desculpou. Eu fiquei em silêncio.

Indignado pela minha atitude, um dos guardas me perguntou o motivo pelo qual eu não estava me desculpando. Sem delongas disse que eu não me desculparia por algo que eu não havia feito; pelo menos naquela casa. Foi o suficiente para que eu tomasse um “safanão” do guarda e de imediato pedisse desculpas.

Não parou por alí. Após deixarmos a casa, os policiais caminharam conosco por mais uns três a quatro quarteirões. Eu, por minha insolência, fui apanhando até que eles nos deixaram.

A atitudes daqueles policiais foi totalmente reprovável Éramos crianças e não merecíamos apanhar. Intransigência. Hoje já não vejo muito mais atitudes como essas. Pelo menos não tenho notícias.

Eu, pra variar, ainda apanhei em casa. Não obstante ao fato em si, aquela “vizinha” ainda fez questão de comunicar à minha mãe o ocorrido. Uns tapas a mais não fizeram tanta diferença naquele dia. Já tinha me acostumado com a dor.

Um abraço a todos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Blog II

Hoje resolvi colocar duas postagens. Devo estar inspirado. Mas não é isso. Precisava falar um pouco mais sobre a experiência do Blog em minha vida.

Aqui nesse espaço estou aprendendo a arte de falar de mim mesmo. E indo além, aqui está surgindo a oportunidade de trocar experiências de vida. Relato a vocês a grata surpresa que tive ao buscar informações sobre a “Blogsfera” e me deparar com Blogs interessantes e pessoas mais interessantes ainda. Descobri que existe cordialidade da parte de pessoas que não são da minha convivência. Cito a princípio os contatos que fiz com alguns Blogueiros (Alexandre, Rafael, Benjamim). Todos eles foram extremamente solícitos ao trocar idéias e informações comigo. Espero inclusive que desses e de outros contatos que farei daqui para frente surjam amizades, ou pelo menos coleguismo.

A “Blogsfera” me mostrou que posso ser transparente sem simular meus sentimentos e emoções. Nela não tenho vergonha das minhas falhas nem medo dos meus fracassos. Convivo com o limite das pessoas e até mesmo com alguns de seus conflitos. Procuro conviver sem dar respostas superficiais. Aqui encontro o diálogo interpessoal que vem “detonar” a minha solidão.

A arte de ouvir e de falar (mesmo que por escrito), são duas das mais nobres funções da inteligência.

Espero não frustrar-me nesse empreitada, e agradeço desde já àquelas pessoas que tem compartilhado experiências comigo.

Um grande abraço.

Blog

Quando comecei a escrever esse Blog a única coisa que se passava pela minha cabeça era que ele seria parte da minha terapia. Entendi esse projeto como sendo uma forma de me abrir e poder compartilhar com as pessoas (se é que alguém se interessaria por seu conteúdo) as minhas experiências de vida e também algumas reflexões sobre o dia a dia.

Com o passar dos dias descobri que o Blog vai muito além disso. A partir dele passei a fazer coisas que estão fora da minha agenda. Ele passou a ser um oásis no deserto do meu tédio.

Sempre me falaram que eu tinha facilidade para escrever. Certo. Mas, a partir do momento que tornei a escrita um hábito, consegui abrir as janelas da minha inteligência para fazer novas descobertas, comecei a pensar em outras possibilidades para minha vida. Liberei minha imaginação. Tudo isso faz parte de um processo onde posso ventilar minhas emoções e cativar a mim mesmo. Creio até que consegui surpreender, positivamente, as pessoas que estão ao meu redor. Passei a ter condutas que antes não existiam.

Espero que, a partir desse momento, eu consiga louvar a quem amo (com exceção da minha filha que elogio todos os dias). Necessito aprofundar-me no mundo de quem amo, conhecer seus devaneios, suas alegrias e seus receios. Imagino-me fazendo da vida uma grande aventura.

Para se ter idéia de como as coisas têm funcionado, creio que estou em um processo de esvaziar-me para poder ouvir o que os outros têm a dizer. Busco a cada dia a aptidão de me colocar no lugar dos outros para assim perceber suas dores e necessidades coloquiais. Afinal, quais são as causas da agressividade, da timidez, da amargura, dos comportamentos estranhos que nos deparamos no dia a dia? O que as palavras que ouvimos realmente quiseram dizer? O que as imagens não revelaram?

Precisamos ter a sensibilidade para poder respeitar as lágrimas visíveis e perceber as que nunca foram choradas.


Um abraço a todos.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Enxame!!!

Estava olhando as postagens passadas e reparei que ainda não havia contado nenhuma passagem minha pela casa de meus avós por parte materna. Sendo assim escolhi para hoje uma das piores.

Lá pelos anos de 1980, 1982, minha mãe tinha o costume de visitar a casa de um de seus tios em Caeté, Minas Gerais. Como sempre, lá ia eu a tira-colo. O local era extremamente agradável. A casa não muito grande, mas o lote era imenso (pelo menos me recordo dele assim), com diversos pés de frutas, desde mangueiras, laranjeiras, até limoeiros. Eu disse limoeiros? Ah, disse sim. E esse foi o problema de todos naquele fim de semana.

Eu gostava de ficar brincando no quintal da casa. Desfrutava aquelas delícias que hoje já não se encontram mais. Eu era até muito bom de mira. Conseguia derrubar as mangas do pé com bastante facilidade, isso quando não resolvia subir no “pé” para pegá-las com as próprias mãos. Eu adorava aquele lugar.

Mas nem tudo são flores na infância de Leonardo Pena, certo? Certo. Não poderia eu deixar de perceber que dentro de um armário velho que ficava no quintal, se encontrava uma colméia. Curioso, como eu só, fiquei rodeando aquele armário, na tentativa de entender tudo o que se passava na vida das abelhas. Não obstante as minhas observações, eu tinha que saber o que havia dentro da colméia. Como fazer isso? Tirando-as de lá para assim poder abrir o armário. Como tirá-las de lá? Idéia maravilhosa! Fui até o “pé” de limões e peguei uma meia dúzia para assim poder dar cabo ao meu plano.

Mal sabia eu que as abelhas ao serem atacadas, revidam na forma de um enxame. Talvez apenas eu, naquela casa, não sabia disso. Os primeiros limões que atirei no armário não causaram muito fervor, mas quando atirei o terceiro, parece que foi em cheio. Nunca tinha visto tanta abelha na minha vida. Nem tampouco senti tanta dor.

A correria foi inacreditável. Todos na casa desesperados para fechar as portas, as janelas ou qualquer outra fresta que poderia servir de entrada para as abelhas. Mas o tempo era curto, e todo mundo levou a sua ferroada. Eu, nem se fala. Após as abelhas terem se acalmado, minha mãe precisou ficar umas duas horas retirando ferrões que estavam pelo meu corpo inteiro, ao mesmo tempo em que despejava álcool pela minha cabeça abaixo.

A triste nota para aquele dia é que a cadela da casa havia pouco tempo, dera a luz. Eram 5 ou 6 filhotes. Até onde me recordo eles eram lindos. Infelizmente nenhum deles conseguiu suportar as diversas ferroadas que levaram e vieram a falecer dois dias depois. Para mim, que sou apaixonado por cachorros, a notícia pesa até hoje. No caso dos adultos, eu já estava acostumado a ouvir os xingamentos. Nem sei quantas vezes mais retornei àquela casa. Provavelmente foram poucas. Acho que ninguém mais me queria por perto.

Um abraço a todos.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Dia dos Pais.

Como havia prometido semana passada, falarei aqui sobre a minha experiência vivida nesse 12 de agosto de 2007. Meu 1º Dia dos Pais.

A palavra “pai” originalmente veio do latim pater. Seu significado: toda pessoa que dava origem a outro ser. Mas ser pai de verdade não é simplesmente colher os frutos dos momentos de prazer. Ser pai é saber o quanto o fruto, seu filho, ainda precisa amadurecer. É saber ajudar a criança a se levantar quando ela está caída. Um pai deve perceber quando seu filho está necessitado, quer de carinho, quer compreensão, ou até mesmo de coisas físicas. O verdadeiro pai é aquele que mostra a seu filho que as experiências da vida lhe trazem lições valiosas. É aquele que serve de modelo de conduta para seu pequenino.

Neste último domingo obtive a experiência mais gratificante de minha vida. Foi um dia repleto de emoções por estar ao lado da minha pequena Isabella. Como um bom pai que quero ser, procurei desde cedo participar das atividades de minha filha. Foi o primeiro banho que dei nela sozinho (supervisionado). Alegria plena. Cada sorriso, um galardão no Céu. Mais tarde procurei trocar a fralda (não me importei com o cheiro), dentre outras coisas.

Decidimos que iríamos almoçar fora. O restaurante, como de preferência, Japonês. Algumas pessoas que convivem comigo sabem do meu hábito de permanecer em restaurantes apenas o tempo necessário à alimentação. Não foi o que ocorreu domingo. Fiz questão de passar umas boas horas na companhia da minha “filhota”. Pude compartilhar diversos momentos de alegria. Desde fazê-la dormir (embalada por uma mamadeira), até pequenos sorrisos dados, para alguma palhaçada que fazia para ela. Também não foram poucas as gargalhadas. Agradeço a Deus pelo humor da Isabella não ser semelhante ao meu. Ela tem se demonstrado bastante sorridente para as pessoas que estão ao seu redor, bem diferente do pai.

Vários foram os momentos que me vi com lágrimas nos olhos. Os presentes? Nada que importasse tanto quanto a presença daquela criança. Todavia ganhei duas canecas de café feitas com desenhos e fotos (uma minha com ela no colo e outra com a foto dela que mais gosto). Simplesmente maravilhoso. Todas as vezes que vou tomar café, ou até mesmo água, me deparo com a foto da minha princesa. Belo presente. Lucila acertou na mosca. Muito obrigado pela surpresa.

O dia foi se passando, mas os momentos de alegria não foram menores. Quero poder ajudar minha filha a fazer o seu melhor de acordo com os conhecimentos que ela for adquirindo. Quero ser amigo presente, pai amoroso e atento às suas necessidades. Quero sempre me encontrar de joelhos pedindo a Deus que abençoe e ilumine os caminhos dessa criança maravilhosa. Que o Senhor possa sempre colocar em meus lábios conselhos sábios a serem repassados a essa criança.

“Ouvi, filhos, a instrução do pai; estai atentos para conhecerdes a prudência. Dou-vos boa doutrina, portanto não deixeis o meu ensino. Quando eu era pequeno na casa de meu pai, tenro e filho único de minha mãe, ele me ensinava, e me dizia: Retenha as minhas palavras de todo o seu coração; guarda os meus mandamentos, e vive. Adquire a sabedoria, adquire a compreensão; não te esqueças das palavras da minha boca, nem delas se apartes.” Pv 4:1-5.


O fato triste do final de semana ficou por conta do meu pai. Não sei se já relatei isso aqui anteriormente, mas sempre enxerguei em meu pai uma predileção maior pelo meu irmão. Não sei se por ele ser o filho primogênito, ou quem sabe por ser o filho bem sucedido. A verdade é que mais uma decepção tomou conta de mim. De antemão havia convidado meu pai a passar o dia dos pais comigo e minha família. Já tinha reservado o restaurante e aguardava apenas o domingo para sairmos. Acontece, que no sábado a noite, meu irmão chamou meu pai para almoçar juntamente com ele. Como era de se esperar ele não recusou o convite falando apenas comigo que “filaria a bóia” na casa do meu irmão e que mais tarde estaria em casa...

Mesmo decepcionado não me furtei a levar a Isabella, à tarde, para passar alguns momentos com o avô. Espero que meu pai perceba, um dia, que existe um filho que o ama e que espera ser reconhecido nisso. Minha intenção ao escrever o Blog foi de colocar no título "Dia do Pai", pois foi um dia meu com minha filha e não pude desfrutá-lo, como gostaria, com meu pai. Mas achei que ficaria forte demais...

Um abraço a todos.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Caçador de Pipas? Sei...

Resolvi tomar emprestado o título do livro “Caçador de Pipas”. Ainda não tive a oportunidade de lê-lo, mas o mesmo já está na minha lista de livros a serem lidos. Talvez o próximo. O que conto a seguir não tem a ver a história dele, todavia tem a ver com minha.

Já contei a vocês diversos episódios que aconteceram enquanto eu ficava na casa de meus avós. Sendo assim, resolvi contar mais um. Esse diz respeito a uma das paixões que tinha quando criança e que perdura até hoje; Pipas (papagaios). Eu sempre fui apaixonado por vê-los voando “livres”. Talvez por ter o desejo de ser um deles.

Quando era criança o bairro Santa Inês vivia abarrotado de crianças e adolescentes soltando pipas pelas ruas a fora. Não era raro encontrar também algum adulto. Como já expliquei em postagem anterior, meus pais tinham uma situação mais simples nessa época e, por isso, eu costumava me virar correndo pelas ruas atrás de alguma pipa que alguém tivesse “mandado”. Não sei se essa expressão ainda é utilizada nos dias de hoje, mas “mandar” significava que alguém tinha cruzado a sua pipa com a de alguém e, assim, cortado a linha do oponente.

Era uma correria minha pelo bairro. Sempre acompanhando o movimento do vento que, às vezes, levava as pipas por diversos quarteirões de distância. Não importava. Para mim aquele seria o meu brinquedo. Aquela era a minha diversão (como portador de TDAH, hoje entendo que eu precisava daquela correria toda).

Certo dia, para minha “sorte”, uma das pipas caiu exatamente no telhado de uma estufa que meu avô possuía nos fundos da casa. Na estufa, meu avô tinha diversos tipos de plantas e flores que ele cultivava. E lá estava ela. Pousada, como que intencionalmente, sobre aquele teto (eram telhas!).

Sem me preocupar com o perigo, fui subindo igual um gato pelas árvores e muros da casa, de forma que alcançasse a cobertura da estufa. Nessa época eu era bastante ágil; bem diferente dos dias de hoje. Não adiantavam os gritos de minha tia Maria para que eu descesse dali, pois era perigoso subir naquele lugar. Afinal de contas, eu precisava pegar aquela pipa.

Chegar ao telhado foi fácil. Mais fácil ainda foi atravessar as telhas e vir cair diretamente sobre um banco de Kombi que estava cheio de plantas, flores, xaxins, samambaias e sei lá mais o que ali havia. Lembro-me apenas da dor que senti quando já me encontrava estatelado no chão. Graças a Deus por aquele banco que amorteceu minha queda. Mas não foi o suficiente para evitar os diversos arranhões e contusões que obtive naquele dia.

Como era um final de semana, meus pais apareceram ao final do domingo para me buscar. A cena, creio que foi até engraçada, pois eles me encontraram da cabeça aos pés coberto de mercúrio. Para aqueles que não sabem, o mercúrio tem um tom avermelhado. Sendo assim eu devia estar bem bonito mesmo. Com o corpo todo arranhado e coberto daquela cor que não combinava nem um pouco com o meu branco (leite) natural.

Nesse dia não apanhei, afinal de contas pra quê? Eu já estava bem machucado e o tombo já havia servido como castigo. Não pensem vocês que aquela foi a última vez que corri atrás de um papagaio. Tampouco que foi a última vez que subi naquele telhado. Afinal de contas eu tinha que voltar lá para provar que conseguia andar sobre ele...


Um abraço a todos.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Ser Pai.

Uma das coisas mais marcantes na minha vida foi o nascimento de minha amada filha. Esse será o meu primeiro “dia dos pais” e mesmo sabendo que essa data é mais comercial do que qualquer outra coisa, não deixarei de aproveitar cada momento com a “menina dos meus olhos”.

Acredito que uma das grandes mudanças que temos percebido na atualidade é a maneira como os homens têm se portado diante da paternidade. Nós estamos experimentando um novo papel de pai.

Podemos hoje perceber pais que não se importam mais de ter sua masculinidade questionada tão somente por participarem ativamente da vida de seus filhos, quer seja trocando uma fralda, ou dando uma mamadeira para a criança ou até mesmo levando o bebê para passear. Essas atitudes passaram de descriminadas para serem então incentivadas pela sociedade.

Como temos mulheres cada vez mais entretidas com atividades profissionais, nosso papel dentro de casa passou a ter uma importância maior. Temos que ter orgulho de poder partilhar as atividades domésticas e principalmente de sermos ativos na criação de nossos filhos.

Espero poder ser futuramente visto pela minha filha como um colaborador do seu desenvolvimento intelectual, emocional e social. Quero fazer parte de cada momento de sua vida sem ser para ela um empecilho. Nada demais em poder contar uma história, cantar uma canção de ninar, “assoprar o dodói”, dar um beijo de boa noite. Quero que minha filha se sinta amada por mim.

Posso então deixar algumas dicas para nós, os pais de primeira viagem (ou quem sabe até para aqueles que se julgam experientes):

· Estejam atentos às necessidades dos filhos. Precisamos ouvi-los, falar com eles.
· Valorizem seus filhos. Precisamos ajudá-los nos deveres de casa, na formação acadêmica, na criação de amizades. Devemos estar presentes em cada momento da vida deles.
· Saibam dizer não aos filhos. Não precisamos nos sentir culpados por isso. Faz parte da educação. Eles vão encontrar limites durante o seu crescimento. Temos que orientá-los quanto aos desafios e decepções da vida.
· Sejam amigos de seus filhos.
· Tenham, juntamente com o parceiro, opiniões coerentes diante das situações. Nada pior que dois pais que divergem quanto aos assuntos referentes aos filhos.

FILHA, PAPAI TE AMA.

Já disse isso aqui em uma oportunidade anterior. Mas isso não me cansa. Semana que vem volto para compartilhar como foi essa experiência de 1º Dia dos Pais.

Um abraço a todos.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

"Mentes Inquietas"

Segue link com indicação de um bom livro a ser lido por aqueles que estão envolvidos com algum portador de TDAH ou desejam saber mais sobre esse transtorno.

"Até pouco tempo atrás, achava-se que o transtorno era exclusivo de crianças, principalmente meninos, com remissão espontânea até o final da adolescência. Hoje, sabe-se que aproximadamente 70% dos portadores levarão o DDA para sempre, trazendo grandes prejuízos em seus setores vitais: social/afetivo, acadêmico ou profissional" - afirma a especialista.

Quem foi? Eu não!

Quando era pequeno, não vou me recordar a idade exata, as brigas com meus irmãos (mais velhos) eram constantes. Lá em casa nenhum dos três filhos tem o temperamento manso. Aliás, ninguém puxou meu pai. Ao contrário, todos nós nascemos bem parecidos no jeito de ser, com minha mãe.

Brigas entre irmãos é uma coisa comum. No meu caso específico mais ainda. Nunca fui, e continuo não sendo de levar desaforo “pra casa”. Acontece que em relação ao meu irmão, sempre levei desvantagem por causa da idade. Pra que se tenha idéia, meu irmão completou recentemento 40 anos. São sete anos de diferença, o que numa briga, quando criança, me levava a apanhar bastante. Mas não naquele dia.

Como lhes disse, não tenho na memória a idade exata e também a data. O que me vem na lembrança é que era um daqueles poucos dias em que meu pai estava por aqui (não sei se já contei anteriormente, mas meu pai viajava muito).

Quem está em desvantagem numa contenda sempre procura ter às mãos qualquer subterfúgio que o auxilie na batalha. Eu sempre procurava, ao brigar com meu irmão, encontrar no ambiente de batalha algum objeto que me auxiliasse contra ele. Naquela briga, foi uma faca.

Quem gosta de apanhar? Eu não. Talvez os masoquistas e isso, certamente não sou. Meu irmão também não era daqueles muito piedosos e, por isso mesmo, sempre que brigávamos, não hesitava em me dar uma boa surra. Sendo assim, para me defender, corri na cozinha e me armei com uma faca.

Foi um corre, corre pela casa. Ele atrás de mim e eu me esquivando e ao mesmo tempo apontando a faca para ele e fazendo ameaças. Em um determinado momento ele conseguiu me encurralar no corredor que levava à porta da sala. Recuado, ameaçado como um cão diante da carrocinha, estava pronto para tudo. Não precisou.

Em uma investida contra mim, meu irmão tentou tomar a faca da minha mão. O que ele não imaginava é que eu não estava segurando-a apenas pelo cabo. Ao tomá-la para si, ele percebeu que havia cortado a palma da minha mão. Não fosse apenas isso, meu pai, que estava na rua, entrou pela porta no exato momento em que eu começava a chorar.

Sem pensar duas vezes, e chorando bastante, falei para meu pai que meu irmão acabara de me cortar com uma faca. Waldir, sem reação, pois estava com a “bendita” em suas mãos, mal teve tempo de tentar se explicar. Lembro como se fosse hoje dele apanhando. Digo a vocês que nunca fomos de apanhar do meu pai. Aquela foi uma exceção.

Mais uma vez, recordo a todos os sintomas de um portador de TDAH:

Hiperatividade, Impulsividade, Agitação, Inquietude, Desatenção, Distração.

Um abraço a todos.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Qualidade de Vida

Todo projeto na vida precisa de um modelo. Imagine um edifício. Antes de ser construído ele precisa ser desenhado e arquitetado. Esse processo ocorre com qualquer produto que se deseje bem elaborado. O modelo determina o controle de qualidade.

Nosso eu, embora livre e flexível, também precisa de modelos. Sempre teremos características próprias, mas necessitamos de modelos para espelhar a formação da nossa personalidade. Pais, professores, tios, avós são pessoas que admiramos e assim tornam-se fonte de estímulo que é registrado em nossa memória. Todos eles influenciam e influenciaram nosso desenvolvimento psíquico.

Podem ter certeza que sem nenhum modelo a seguir, seríamos como os homens das cavernas, com linguagem pobre, sem escrita, sem cultura. Pareceríamos animais.

Diariamente armazenamos a sabedoria, a agressividade, a alegria, a tristeza, o bom humor, o amor, o ódio e assim por diante. Mesmo que indiretamente, arquivamos os comportamentos daqueles que nos moldam e assim interpretaremos nosso papel na sociedade.

Bem, como vocês repararam, não foram apenas as características boas que assimilamos dos nossos modelos. Isso acontece por que aqueles em quem nos inspiramos também cometem falhas. Todos eles cometem erros e essas falhas são repassadas a nós. Todavia antes um modelo com falhas do que a ausência dele. A vida é um eterno aprendizado. Sempre precisamos aprender com os outros. Observar sua história para assim escrevermos a nossa.

Assim sendo, por que então não nos baseamos na pessoa que foi o Mestre da qualidade de vida? Por que não nos inspirarmos em quem viveu, na plenitude, todos os princípios mais excelentes da psicologia? Existe alguém que viveu o topo da saúde intelectual, emocional e social. E isso tudo num ambiente propício a ele ser deprimido e ansioso. Por isso ele viveu o ápice da tolerância, da solidariedade, da paciência.

Vocês já devem imaginar que estou falando de Jesus Cristo. E Jesus o homem, não o filho de Deus. Não aquele que fez milagres, mas aquele que foi perfeito em sua arte de pensar. O Homem que chorou, que foi rejeitado, que suportou a humilhação, que foi ferido e preso. Que foi morto.

Deixo aqui essa orientação, se assim posso dizer. Tentem ter como modelo o Homem que foi inteligente, que sabia pensar antes de reagir. Que sabia expor e não impor suas idéias. Aquele que sabia amar. Que apostou sua vida em nós, seres humanos.

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens. E, achado na forma humana, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz.” (Fp 2:5-8)

Um abraço a todos.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Baseball

Meus anos no colégio Pitágoras, como disse aqui anteriormente, foram dos mais conturbados. Desde a sexta série (era assim que se chamava naquela época) que meus pais tinham que comparecer anualmente ao colégio para assinar um termo de compromisso dizendo que eu me comportaria de acordo com um padrão estabelecido nas normas escolares. Não é a toa que na oitava série fui convidado a me retirar para estudar em outro estabelecimento de ensino.

Essa história de termo de compromisso, se bem me recordo, começou quando eu tinha 11 anos. Acabávamos de mudar de “setor” dentro da escola e tudo era novo para nós. A minha turma era a 5ª A. Basicamente fomos todos transferidos para mesma sala. Só que agora não estávamos mais no primeiro andar do Pitágoras.

Naqueles dias as brincadeiras como pique pega, pique esconde, dentre outras, já nos pareciam infantil demais. O futebol que jogávamos todos os dias pela manhã e após a aula ficou para trás. As quadras já não podiam ser utilizadas fora do horário de educação física. Isso tudo, para um portador de TDAH, foi mais frustrante ainda, vez que a atividade física é essencial para dissipar a Hiperatividade.

Sem ter muito que fazer quando chegava na escola, sempre procurava algo de diferente para me distrair. Podia ser o que for. Na verdade não. Tem determinadas coisas que não devemos nos deparar com elas. Eis que lhes conto uma delas.

Certo dia encontrei caído, no parapeito da janela da sala, um vidro que havia se descolado da mesma. Curiosidade de menino me levou a brincar com aquele pedaço de vidro. Ele devia ter uns 60 cm de comprimento por uns 20 cm de largura. O bastante para que eu o imaginasse como um bastão de Baseball. Bastão de Baseball? Um pedaço de vidro? Exatamente. Boa coisa não podia sair dali.

Pedi para um colega de sala que pegasse pedaços de giz, que ficavam no quadro negro, e os jogasse para mim para que assim eu os rebatesse. Foram um, dois, três pedaços. No quarto veio a tragédia. Eu não podia imaginar que aquilo aconteceria. Será mesmo?

Ao tentar rebater o quarto pedaço de giz, o vidro se espatifou voando pedaço para todos os lados. Para minha infelicidade, como sempre, um desses pedaços foi parar na cabeça de uma garota da sala. O nome dela é (ou era) Elisa. Fiquei atordoado com aquela imagem. Ela ali parada com um pedaço de vidro preso na cabeça. Reação óbvia foi a de retirar o vidro de sua cabeça o que, logicamente, fez escorrer bastante sangue. Engraçado como a cabeça, apesar de “dura”, ter tanto sangue assim (risos).

Corremos para a enfermaria da escola para que fosse feito um curativo na cabeça dela. Mais tarde, quando as coisas já haviam esfriado, fui parar na sala do vice-diretor (como se tornou costume a partir daquele dia) e levei a minha primeira suspensão no colégio. No início você se assusta, mas acaba acostumando (estou brincando). Mas essa foi a minha realidade daquele dia em diante. Foram ocorrências atrás de ocorrências e essas sucedidas de suspensões. Isso tudo culminou na minha saída do Pitágoras. Mais para frente contarei outros episódios que aconteceram naquela instituição.


Um abraço a todos.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Boa Vontade

Quando nos relacionamos com alguém, a paixão é manifesta através de carinho, desejo sexual, ternura, dentre outros gestos. Todavia com o passar do tempo essa paixão pode se transformar em uma hostilidade contínua.

Num relacionamento, a boa vontade é a cola que une os parceiros. Acontece que como quase tudo na vida, a “boa vontade” não vem de uma fonte inesgotável. Ela pode acabar, tal como numa ampulheta na qual os grãos de areia vão descendo bem devagar. Essa situação pode levar as pessoas a se separarem simplesmente por terem esquecido aquilo que um dia as uniu.

Muitas vezes ao invés de receber um alerta de que algo está deteriorando o relacionamento, o processo é tão gradual, que quando a pessoa se dá conta, já é tarde demais. Por isso digo que é muito importante a atenção ao fato da “boa vontade” estar evaporando.

Portanto, sempre que um parceiro para de agradar ou fazer com que o outro se sinta especial, o provável significado para isso é que a “sua boa vontade”, tal como um filtro de água está nas “últimas”. Precisa ser recarregado. Preenchido novamente.

O amor necessita de expressões verbais e não-verbais para ser percebido pelo outro. Ele precisa ser comunicado, alimentado e principalmente retribuído. As pessoas necessitam que suas uniões amorosas sejam amigáveis acima de tudo.

Então, a quantas anda sua taxa de boa vontade? Será que seu tanque não está na reserva?

Um abraço a todos.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Por muito pouco

O acontecimento que narrarei aqui aconteceu há alguns anos atrás e por motivo de manter um certo sigilo ou discrição, vou me ater apenas aos fatos sem mencionar data específica e nomes envolvidos.

Pensei bastante antes de fazer essa postagem, afinal poucas pessoas que convivem comigo sabem do fato que se segue:

Era noite de um sábado. Estava na casa de um conhecido conversando sobre um assunto que considerava pendente naquela data. Algo me incomodava em relação a um episódio que tinha acontecido entre nós dois e por isso mesmo estávamos tendo aquela conversa.

A noite avançava e a conversa já havia mudado de assunto. Estávamos descontraídos, pois tínhamos resolvido a questão, quando lá pelas dez da noite ouvimos um barulho de alarme de carro soando na rua. Tinha a certeza que era o do meu carro. Sem nenhuma demora, corri para ver o que estava acontecendo. Para que se tenha idéia, desci as escadas descalço como estava.

Chegando na rua percebi que a porta do meu carro estava arrombada. A sensação de ter um bem violado é totalmente frustrante. É revoltante como são frágeis essas portas de carro hoje em dia. Tem determinados veículos que a pessoa com as próprias mãos consegue empenar a porta.

Fiquei desnorteado a procura de quem havia arrombado meu carro. Olhava para os lados para ver se encontrava alguém. Já estava sem esperanças quando meu companheiro desceu as escadas para se encontrar comigo. Ele trazia consigo, por segurança, um revólver calibre 38. Esse foi o problema.

Sem pensar duas vezes, peguei a arma das mãos dele e fui até as esquinas à procura de alguém. Por não conseguir encontrar a pessoa, resolvi entrar no carro para ver se encontrava aquele bandido. Dirigimos por alguns quarteirões procurando algum suspeito. Não encontramos nada.

Ao voltarmos para casa, lembrei que pouco adiante tinha um lote vago no qual o bandido poderia estar escondido. Fui então naquela direção, sem me preocupar com as conseqüências. Entrei no meio do mato e por precaução mantive a arma engatilhada. Ali também não encontrei ninguém, mas talvez pela adrenalina da situação, me esqueci que o gatilho estava puxado. Num gesto de desânimo abaixei o braço tocando levemente a minha perna com a arma. Esse foi o início do meu próximo drama.

Uma arma engatilhada é extremamente sensível e um leve toque pode fazê-la disparar. Pois foi o que aconteceu. Aquele barulho ensurdecedor me assustou bastante e, se não bastasse o susto, ao olhar para o meu pé, percebi que o projétil havia acertado o meu próprio dedo. Que sensação ruim. Sem muito que fazer, corri para o carro, onde o meu companheiro me aguardava ao volante (aterrorizado, diga-se de passagem) e disse a ele apenas que precisávamos ir para o hospital. Ele não sabia o que falar, mas conseguiu me perguntar o que havia acontecido. Quando lhe contei partimos em direção ao hospital. Vou resumir um pouco daqui por diante, pois acabei passando por dois hospitais até chegar ao Madre Tereza (na Raja Gabaglia).

Se já não bastasse a situação toda, ainda tive que prestar esclarecimentos à polícia, uma vez que qualquer acidente envolvendo arma de fogo deve ser comunicado aos órgãos competentes. Tive que ouvir até piada dos policiais. Mas fazer o que? Tinha sido uma burrice mesmo. A minha esperança era que não fosse nada muito sério. Engano meu.

Ao verificar diversos raios X que foram tirados, o médico me disse que precisaria fazer uma cirurgia, pois o osso havia trincado e eu poderia correr um risco de infecção.

Bom, vou terminar por aqui (risos). O que se seguiu àquela notícia foi um pesadelo. Desde o fato de ter que avisar meus pais que eu estava no hospital (baleado), até a manhã do dia seguinte, ao término da cirurgia, os momentos foram uns dos piores da minha vida. Para não deixar de relatar, como seria óbvio, ouvi do meu irmão... “e aí artista, o que você aprontou dessa vez?”.


Até breve.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Estresse

Hoje pela manhã acordei um pouco desanimado. Quando sentei na frente do computador não sabia se realmente gostaria de postar algo no Blog hoje. Todavia não tenho a intenção de deixar espaços vazios nesse projeto e, por isso, resolvi deixar uma breve mensagem.


“Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu; não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros, e, contudo, o vosso Pai Celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?” Mateus 6:25-26.


A ansiedade e o estresse roubam a alegria de viver. Quando uma pessoa está angustiada, as demais ao seu redor são diretamente atingidas e já não conseguem produzir com alegria. A carga de estresse tem um limite para cada um de nós. O indivíduo vai suportando-a até que já não agüenta mais. Normalmente ele explode. Estar ansioso é um fardo muito pesado e a angústia é prejudicial para aqueles que conosco convivem.

Pois bem, mais uma vez (me baseio em mim) vou deixar alguns conselhos aos leitores do Blog. Evitem a rotina, façam exercícios regulares, se alimentem nas horas certas, evitem brigas em família, tentem entender o seu chefe. Tenham paciência no trânsito. Quando disse que me baseio em mim é por que tais considerações faço principalmente para mim.

Portanto meus caros amigos:

Não trabalhem exageradamente
Não levem trabalho para fazer em casa
Procurem ir ao cinema, teatro, sair com os amigos e família
Conversem fiado com seus amigos
Tirem férias (quem me dera)
Procurem ir ao clube
Descentralizem as coisas de suas vidas

Ao final, posso dizer: Reserve tempo para pensar, para se divertir, para ler (muito importante), para ter um amigo, para sonhar. Reserve tempo para amar e ser amado (isso falta a muitos de nós). Não deixe de reservar um tempo para ser útil aos outros. Nossa vida é demasiadamente curta para que sejamos egoístas. E não menos importante, reserve tempo para rir, afinal o sorriso é a música para nossa alma.

Um abraço a todos.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Irresponsabilidade

Adolescência. Todos sabem que essa época, na vida de qualquer um, é cheia de atribulações. Imagine então para um portador de TDAH como deve ser? Contarei hoje um dos eventos que me marcaram quando era jovem.

Aos 14 anos eu ainda estudava no Pitágoras. Por sinal aquele seria o ano do meu desligamento da escola. Ao final do calendário escolar fui “convidado” a me retirar da escola. Por que será que eles usavam esse nome “convidado”? Talvez pelo fato da expulsão causar transtornos na hora de se conseguir outra escola para estudar. Bem isso não vem ao caso agora. Meus grandes companheiros àquela época eram o Kaká, Max e Sapão. Nós vivíamos aprontando todas. Cada dia era uma aventura diferente. Mas uma delas foi o limite da irresponsabilidade.

Todas as noites do final de semana tínhamos o costume de sair para os bares da vida. Todavia, antes de pararmos em algum lugar, precisávamos aterrorizar um pouco a cidade. Nosso principal “divertimento” era entrar nos prédios de diversos bairros e roubar os extintores de incêndio dos mesmos. Sempre aos pares. Um de água outro de pó. Como fazíamos para entrar? Fácil. Antes dos portões eletrônicos serem abertos com controle remoto, existiam pequenos postes nas entradas das garagens que eram abertas por chaves. Então bastava que fizéssemos xixi dentro do buraco da fechadura para que um curto circuito acarretasse na abertura dos portões. Assim feito, era só entrar e pegar o que queríamos.

Vocês devem estar curiosos para saber o que fazíamos com os extintores, certo? Pois bem, andávamos pelas ruas da cidade pedindo informações aos cidadãos que transitavam nas calçadas. Bastava que um deles se aproximasse para que fosse atingido por um jato de água e outro de pó. Nessa época nossa alegria era ver as pessoas sujas e desesperadas pelo que fizemos a elas. Penso: como podíamos ser tão cruéis assim?

Mas em um daqueles dias, estávamos fadados ao desastre. Saímos pela cidade a procurar pessoas para nos distrair. Ao passarmos pela Rua Timbiras, quase esquina de Afonso Pena, encontramos com um grupo de jovens rapazes que andavam distraídos. Pedimos informação a eles e, antes que pudessem reagir, os jatos de água e pó já os tomavam por inteiros. Sem demoras arrancamos o carro com o grupo correndo atrás de nós. Sem que percebêssemos, um outro grupo atravessava a avenida Afonso Pena. Um dos rapazes, sem reação, ficou parado no meio da rua e infelizmente foi atingido pelo carro. Sem saber bem o que deveríamos fazer, ficamos atordoados com as pessoas mandando a gente encostar o carro. Não havíamos percebido que o grupo atingido pelos jatos de extintor subia a avenida correndo em nossa direção. Chegaram até nós batendo e chutando o carro. Desesperados, só nos restou arrancar com o veículo tendo tempo apenas de ver que o jovem atingido pelo automóvel estava de pé sendo auxiliado por seus amigos.

Aquele foi o último dia em que “brincamos com extintores de incêndio”. Devíamos ter parado antes. Não me orgulho de muitas coisas que fiz durante a minha vida. Esse dia foi um dos que me marcaram para sempre. Como portador de TDAH eu não tinha a noção dos riscos que corria ao agir de forma impulsiva, sempre na busca de adrenalina para o meu organismo. Se pudesse voltar atrás, teria feito muitas coisas de maneira diferente. Agora, me resta apenas lamentar os feitos lastimáveis que fiz.

Até breve.

Já ia me esquecendo. O Kaká naquele ano, mesmo sendo menor de idade, fora presenteado com sua mãe em seus 15 anos com um carro zero Km. Era um gol prata. Esse era o veículo que usávamos pelas ruas.